Hurtmold + Paulo Santos

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Há quatro sem lançar disco novo, o clássico grupo de jazz contemporâneo paulistano Hurtmold volta à ativa este mês, quando lançam o disco que compuseram ao lado do multiinstrumentista Paulo Santos, um dos integrantes do mítico grupo instrumental mineiro Uakti. Curado, cuja capa você vê pela primeira vez aqui no Trabalho Sujo, será lançado em um show no dia 16 deste mês, às 21h, no teatro do Sesc Belenzinho.

“Os processos artísticos foram bem diferentes”, explica o guitarrista Mario Cappi, falando sobre o disco e a capa, que, como todas as capas do grupo, é de sua autoria. “Pra gravação do disco, nós já havíamos preestabelecido algumas coisas. O Hurtmold meio que se trancou numa sala de ensaio na Pompeia pra compor, houve um comportamento prévio. O Paulinho também, lá em BH, havia composto algumas coisas. Conversávamos bastante com ele por e-mail sobre estruturas, tempo, mudanças e aberturas… Tentamos não fechar as ideias totalmente antes da entrada em estúdio. Pra todo mundo, era clara a importância de um espaço pra criar simultâneo à gravação.”

“O lance com as ilustrações foi outro”, continua. “Eu comecei de maneira aleatória a desenhar enquanto estava nas minhas folgas durante as gravações. Nesses momentos, sempre havia alguém gravando ou escutando o que havia gravado. Quando percebi que existia um padrão nos traços, decidi seguir desenhando enquanto ouvia as gravações do dia. Ali no estúdio os traços traduziram, de certa forma, a intensidade e a estética que aquelas músicas possuem.”

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“Olhando agora, meses depois, vejo que a sonoridade das músicas e as ilustrações continuam num diálogo interessante”, explica o guitarrista. “São imprevisíveis, insinuam várias possibilidades de compreensão. Estou trabalhando bastante com pinturas e ilustrações abstratas, portanto, essa arte é bem diferente das demais do Hurtmold. Mas acho isso bom, porque musicalmente esse disco também é diferente dos anteriores.”

O grupo apresentou algumas das músicas novas em seu show no festival Fora da Casinha, que aconteceu no mês passado. Consegui filmar todo o show, assista:

Mas o show do dia 16 é com o próprio Paulo Santos. Promete.

A vinda de Liniker e Os Caramelows

Márcio Bortoloti, William Zaharanszki, Liniker Barros, Renata Éssis, Pericles Zuanon e Rafael Barone

Márcio Bortoloti, William Zaharanszki, Liniker Barros, Renata Éssis, Pericles Zuanon e Rafael Barone

O disco de estreia da banda-sensação Liniker & Os Caramelows já está pronto e tem data de estreia: Remonta chega ao público no dia 16 de setembro e seu lançamento oficial acontece nos dias 1° e 2 de outubro, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. É o fim do primeiro capítulo e o começo da discografia de uma banda que até o ano passado era apenas reconhecida pelo nome e hoje começa a atingir o status de culto, principalmente devido ao carisma ao microfone de Liniker.

Produzido pelo baixista de Tulipa Ruiz Marcio Arantes, que já havia produzido o disco que José Miguel Wisnik e Ná Ozetti gravaram no ano passado, Remonta foi um processo de desconstrução do trabalho da banda, como explica o baixista e diretor musical do grupo Rafael Barone: “A maioria das músicas do álbum estavam sendo tocadas há oito meses na estrada, e quando nos internamos com o Marcio na casa da (vocalista) Renata Éssis, em Mauá, para pensar como seriam os arranjos para o álbum, passamos por um processo de desapego muito grande de como estávamos tocando as músicas até então.”

Liniker vai mais fundo: “Eu tenho esse álbum na minha cabeça desde os meus 16 anos. Remonta vem de um apanhado de relações que eu tive e tentei colocar nessa obra de forma poética e viva. Foi como desfazer um quebra-cabeça e fazer esse quebra-cabeça. Desconstruir para construir. É um grande processo que agora vai nascer.” A capa, minimalista, é esta abaixo, mostrada em primeira mão para o Trabalho Sujo.

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“A capa do disco surgiu de inúmeras maneiras em nossa cabeça, mas sempre faltava algo”, explica Rafael. “Liniker está com esse álbum há cinco anos na cabeça, e nós há um ano e meio, e não dava pra pensar em uma capa única que simbolizasse Remonta para todos. A capa simboliza os cadernos onde surgiram a maioria das letras, com a caligrafia da própria Lini, mas também simboliza o espaço em branco, o espaço onde cada um pinta seu próprio conceito. Percebemos que tanto os integrantes do grupo quanto os fãs tem suas próprias leituras sobre a ideia de Remonta, essa filha que surge de Lini, é parido junto com os Caramelows e o Marcio Arantes pra ser adotado pelos vários fãs do projeto.” Remonta tem participações da própria Tulipa e de Xênia França (do Aláfia), de parte da metaleira do Bixiga 70 e de Thiago França do Metá Metá.

A Força das capas

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Separei lá no meu blog do UOL uma série de capas clássicas de discos misturadas à mitologia de Guerra nas Estrelas.

O Orgunga de Rico Dalasam: orgulho de ser negro, gay e rapper

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Rico Dalasam prepara o lançamento de seu primeiro álbum, Orgunga, palavra que inventou para selar seus três maiores orgulhos: ser rapper, ser negro e ser gay. “Esse disco conta a história dos meus maiores orgulhos, hoje eu olho com mais grandeza dentro do país em que vivo. ‘Orgunga’ representa uma transição do EP. Eu não sou uma outra coisa, eu sou a continuação dele”, me explicou. O disco será mostrado pela primeira vez ao vivo no dia 29 de maio, em show no Auditório Ibirapuera, aqui em São Paulo (mais infos aqui), antes mesmo do disco chegar às plataformas digitais. E essa capa lindaça você confere em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. A capa foi feita pelo grande Oga Mendonça sobre uma foto do Henrique Grandi – o figurino é do próprio Rico, produzido por Max Weber e Orlando Junior.

A arte de Evandro Fióti

O primeiro single do trabalho solo de Evandro Fióti, irmão e empresário de Emicida, sai nesta sexta-feira – mostrei um preview da faixa “Gente Bonita” no início da semana, além da primeira vez em que ele tocou o samba “Vacilão” ao vivo. Agora segue em primeira mão a capa do EP, que sai só em maio, e foi inspirada na clássica série de coletâneas de música brasileira lançada nos anos 70, o que dá uma ideia do que esperar do disco.

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O 2016 de Céu

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A cantora Céu terminou seu quarto álbum de estúdio e anuncia a capa de Tropix, produzido por Pupillo e Hervé Salters, do General Eletriks. O que é que vem por aí…

Nelson Cavaquinho, por Romulo Fróes

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Romulo Fróes não para! Depois de lançar um disco com músicas que fez para outras interpretes no fim do ano passado e de lançar o vinil de seu Barulho Feio, ele anuncia notícias para 2016, quando lança Rei Vadio, um disco inteiramente dedicado à obra do visceral Nelson Cavaquinho. A previsão de lançamento é para o mês que vem…

“Tá favorável?”, “Oh well, whatever…”

A Ideal Shop fez essa imagem pra anunciar uma promoção de camisetas mas não fez uma camiseta com essa imagem?

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Favorece aí!

Antes da chegada de Violar

O segundo disco do Instituto, chamado Violar, será lançado nessa sexta-feira e o grupo, reduzido apenas aos produtores Tejo Damasceno e Rica Amabis uma vez que Daniel Ganjaman oficializou sua saída liberou o trailer do disco, incluindo vários trechos das participações especiais (que eu antecipei aqui ontem).

Esse vídeo também é a capa do novo trabalho e mostra o artista plástico Alexandre Orion (com quem o grupo já havia feito o vídeo “Ossário”) colocando um grafitti-neon com o nome do disco enquanto é abordado pela polícia no processo. Uma das cenas do vídeo é a capa da versão digital do disco, mas a versão analógica, em vinil, terá várias destas imagens do vídeo como sua capa, veja só:

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E o grupo também liberou a faixa “Alto Zé do Pinho”, cujos vocais do rapper Sabotage foram gravados no Recife e que conta com as participações da Nação Zumbi, Sombra e Otto. Pesada!

Violar, o novo disco do Instituto, será lançado nesta sexta

Violar

Essa é a capa do segundo disco do Instituto, Violar, que aparecerá no Spotify a partir da próxima sexta e segue online no site oficial do coletivo na semana que vem, agora uma dupla, reduzida a Rica Amabis e Tejo Damasceno. O novo disco repete o desfile de grandes nomes e compadres que caracterizou a estreia do antigo trio (já que Daniel Ganjaman não faz parte mais do grupo), Coleção Nacional, de 2002, e dessa vez reúne gente de alto calibre, um verdadeiro quem é quem na atual música brasileira, como a Nação Zumbi, os Metá Metá, Fred Zero Quatro, M. Takara, Lanny Gordin, Karol Conká, Tulipa Ruiz, Fernando Catatau, BNegão, Guilherme Held, Curumin, Sombra, Criolo e um vocal inédito de Sabotage, além da participação dos gringos Mike Relm, Tony Allen, Rob Mazurek, Lyrics Born, entre outros. Segue a ordem das faixas e as participações em cada uma delas, exclusivo pro Trabalho Sujo.

“Polugravura” (com Tejo Damasceno, Pupillo, Dengue e Thiago França)
“Vai Ser Assim” (com Rica Amabis, Criolo, Junior Areia, Tony Allen, Lanny Gordin, Axé, Gustavo Da Lua, Thiago França e Fred Zero Quatro)
“Alto Zé do Pinho” (com Sabotage, Nação Zumbi, Otto, Sombra, Rica Amabis e Tejo Damasceno)
“Mais Carne” (com Tulipa Ruiz, Karol Conká, Rica Amabis, Tejo Damasceno, Alexandre Basa e Mike Relm)
“Na Surdina” (com Jorge du Peixe, Rica Amabis , Luca Raele, Dengue e Rob Mazurek)
“Bossa Chineva” com Rica Amabis, Dengue e M.Takara)
“Pacto com o Mato” (com Curumin, Rica Amabis, Marcelo Cabral, Gui Amabis e Mike Relm)
“Tudo Que Se Move” (com Tulipa Ruiz, Rica Amabis, Lúcio Maia , Dengue e Gui Amabis)
“Seco’ (com Tejo Damasceno, Rica Amabis, Lyrics Born, Joyo Velarde, BNegão, Thiago França e Klaus Sena)
“Ossário” (com Rica Amabis, Marcos Gerez, Tejo Damasceno, Fernando Catatau e Luca Raele)
“Isso é Sangue” (com Tejo Damasceno, Daniel Ganjaman, Rica Amabis, Kiko Dinucci e Jorge du Peixe)
“Irôco” (com Rica Amabis, Klaus Sena, Guilherme Held, Kiko Dinucci, Thiago França e Juçara Marçal)
“Baía” (com Tejo Damasceno, Thiago França, Tony Allen e Maurício Alves)

E o disco, que será lançado pela YB, tá tão bom… Depois eu conto.