A vinda de Liniker e Os Caramelows

, por Alexandre Matias
Márcio Bortoloti, William Zaharanszki, Liniker Barros, Renata Éssis, Pericles Zuanon e Rafael Barone

Márcio Bortoloti, William Zaharanszki, Liniker Barros, Renata Éssis, Pericles Zuanon e Rafael Barone

O disco de estreia da banda-sensação Liniker & Os Caramelows já está pronto e tem data de estreia: Remonta chega ao público no dia 16 de setembro e seu lançamento oficial acontece nos dias 1° e 2 de outubro, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. É o fim do primeiro capítulo e o começo da discografia de uma banda que até o ano passado era apenas reconhecida pelo nome e hoje começa a atingir o status de culto, principalmente devido ao carisma ao microfone de Liniker.

Produzido pelo baixista de Tulipa Ruiz Marcio Arantes, que já havia produzido o disco que José Miguel Wisnik e Ná Ozetti gravaram no ano passado, Remonta foi um processo de desconstrução do trabalho da banda, como explica o baixista e diretor musical do grupo Rafael Barone: “A maioria das músicas do álbum estavam sendo tocadas há oito meses na estrada, e quando nos internamos com o Marcio na casa da (vocalista) Renata Éssis, em Mauá, para pensar como seriam os arranjos para o álbum, passamos por um processo de desapego muito grande de como estávamos tocando as músicas até então.”

Liniker vai mais fundo: “Eu tenho esse álbum na minha cabeça desde os meus 16 anos. Remonta vem de um apanhado de relações que eu tive e tentei colocar nessa obra de forma poética e viva. Foi como desfazer um quebra-cabeça e fazer esse quebra-cabeça. Desconstruir para construir. É um grande processo que agora vai nascer.” A capa, minimalista, é esta abaixo, mostrada em primeira mão para o Trabalho Sujo.

remonta

“A capa do disco surgiu de inúmeras maneiras em nossa cabeça, mas sempre faltava algo”, explica Rafael. “Liniker está com esse álbum há cinco anos na cabeça, e nós há um ano e meio, e não dava pra pensar em uma capa única que simbolizasse Remonta para todos. A capa simboliza os cadernos onde surgiram a maioria das letras, com a caligrafia da própria Lini, mas também simboliza o espaço em branco, o espaço onde cada um pinta seu próprio conceito. Percebemos que tanto os integrantes do grupo quanto os fãs tem suas próprias leituras sobre a ideia de Remonta, essa filha que surge de Lini, é parido junto com os Caramelows e o Marcio Arantes pra ser adotado pelos vários fãs do projeto.” Remonta tem participações da própria Tulipa e de Xênia França (do Aláfia), de parte da metaleira do Bixiga 70 e de Thiago França do Metá Metá.

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