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#t-boys

Demorou, já tinha sido até cogitado pelo Vinícius, mas finalmente foi oficializado pela Bia. Começa agora a era dos T-Boys, a versão masculina do jogo de celebridades pop vestindo camisetas com estampas mais pop ainda. E ela começou com uma carta meio baixa, sem acreditar nem mesmo na estampa de seu modelo escolhido, aquele tal John Mayer – um músico maizena desses que só americano gosta – vestindo uma roupa do Mickey. Mas posso te dizer uma coisa, motivada até pela minha busca incansável de gatas conhecidas vestindo camisetas com estampas conhecidas pela internet – tem muito material por aí. Foi nessas que eu encontrei o t-boy acima, que, por uma estranha coincidência, veste a mesma estampa que o t-boy escolhido do Vinícius (que é justo o código pro machista utópico, o apaixonante cafajeste one-liner McGyver bretão – Carlos Gustavo Jung sorri no inferno).

Paul cantando “Birthday” pro Ringo

Caralho, invejei o Diego, que filmou ontem o vídeo acima. Dá pra imaginar a emoção do cara – e até pra desculpar ele cantando por cima do Paul. E ainda teve uma seção de “With a Little Help from My Friends” com a Yoko fazendo dancinha e tudo.

Que foda…

Ringo Starr, 70 anos

Are you a mod or a rocker?
– No, I’m a mocker

É hoje que o Beatles mais velho entra na sétima década de existência.

Ringo, pra mim, é a essência do que é ser um Beatle. John era o beatle espertinho, Paul o beatle bonitinho, George o beatle tímido (ou, anos depois, o beatle revolucionário/chato, o beatle playboy/bon vivant e o beatle místico/rancoroso, respectivamente). Ringo, não. Ringo era só um Beatle, ponto. Os outros três olhavam para ele e viam a essência do que eram enquanto grupo – vejam a cara de Pete Best e veja se Brian Epstein não teve razão em trocá-lo:

É cruel, mas é o showbusiness – e os Beatles não só reinventaram o rock’n’roll para o resto do planeta como reinventaram o showbusiness para uma geração recém-chegada, os adolescentes. E, por mais triste que a saída de um integrante de banda possa ser, a medida foi crucial. Com Pete Best, os Beatles tinham uma âncora que os limitava como meros imitadores de um som norte-americano. Com Ringo, eram uma banda inglesa pronta para engolir o mundo. Se a cara de Best contrastava com o dos outros três, isso era só reflexo de quem ele era na banda. Com Pete, eles ainda não eram um grupo, uma turma como queriam ser.

Ringo deixou-se levar e liberou-os para um tipo de humor que não era permitido no rock americano – mas que é próprio do pop inglês. Com um baterista disposto a fazer o papel de bobo (tolo, “fool” – não é a mesma coisa que burro ou idiota, perceba), os Beatles liberavam-se para brincar e se divertir junto com o público. A geração de Elvis tinha que ser cool e suave o tempo todo, os risos eram de canto de boca, as brincadeiras eram manobras de palco (a dança do patinho de Chuck Berry, o piano em chamas de Jerry Lee). Nos Beatles, tudo era permitido, até mesmo fazer bobagem, rir sem parar, sair pulando por aí feliz da vida.

O Terron separou uns melhores momentos do cara num post lá no With Lasers e diz que poderia continuar “com muitos outros exemplos – todos dedicados aos ignorantes que insistem em dizer que Ringo não era bom o suficiente para os Beatles”. Assino embaixo e linko portanto outros grandes momentos do cara nos Beatles no decorrer deste post, encerrando com meu o momento Ringo favorito, abaixo, na introdução de “A Day in the Life” – repare na bateria logo após John cantar “He blew his mind out in a car…”

Sem o Ringo, não preciso nem pensar muito pra saber que o mundo seria bem mais chato hoje em dia. Parabéns, mestre, muitos anos de vida.

CUIDADO!

Uma compilação genial de cenas de infomercial que escancaram a fragilidade do ser humano. A trilha sonora é épica.