O começo da música pop moderna
Escrevi lá no meu blog no UOL porque Rubber Soul, lançado há 50 anos, é um dos discos mais importantes dos Beatles – e da história.
Escrevi lá no meu blog no UOL porque Rubber Soul, lançado há 50 anos, é um dos discos mais importantes dos Beatles – e da história.
Eis mais uma novidade dos 20 anos deste site: o Noitão Trabalho Sujo! Sim, fechei uma parceria com o pessoal do Cine Belas Artes e no dia 11 de dezembro, uma sexta-feira, realizo a primeira incursão Trabalho Sujo relacionada a salas de cinema. São três salas com a minha curadoria começando um pouco antes da meia-noite até o dia raiar -e com direito a café da manhã e outras novidades, que anuncio até lá. Numa delas, a Sala Cândido Portinari, exibimos toda a trilogia De Volta para o Futuro, de Robert Zemeckis, que completa trinta anos em 2015 e a Darkside Books, para quem traduzi o livro De Volta para o Futuro – Os Bastidores da Trilogia vai oferecer alguns exemplares para serem sorteados entre o público. Na Sala Villa Lobos temos uma sessão dedicada aos Beatles cujo conteúdo é surpresa (hehe) mas vai até as primeiras luzes do dia. E na Sala Carmen Miranda uma sessão tripla de anime scifi, que começa com o clássico Akira, de Katsuhiro Otomo, passa pelo não menos clássico Ghost in the Shell de Mamoru Oshi e conclui com o Metropolis de Osamu Tezuka que Otomo adaptou para o cinema em 2002.
Às vésperas de mais um lançamento, desta vez em vídeo, a grande banda do século 20 começa a mostrar as imagens remasterizadas de seu próximo DVD – e elas estão lindaças. Publiquei seis vídeos deles lá no meu blog no UOL.
Que imagem! Vi aqui.
Ringo Starr resolveu remexer em suas coisas e achou um monte de foto inédita dos Beatles – todas tiradas por ele mesmo. Um monte de imagem foda, a maioria delas registrando os quatro ingleses em momentos de intimidade e descontração que só alguém do circuito muito interno do grupo teria acesso. E quando você é o baterista dos Beatles…
As imagens deram origem ao livro Photograph, em referência a um dos maiores hits da carreira solo de Ringo, que será lançado este mês mas já está em pré-venda.
Peguei essas fotos do Huffington Post.
E a novidade que os Beatles estavam ameaçando com uma contagem regressiva era mesmo um lançamento relacionado à coletânea de singles Beatles 1 – na verdade uma compilação de vídeos remasterizados reunidos em um disco duplo. Falei mais disso lá no meu blog no UOL.
Que contagem regressiva é essa que os Beatles estão fazendo? Falei de como eles podem voltar à infame coletânea Beatles 1 lá no meu blog no UOL.
Nos anos 90, quando os três Beatles remanescentes começaram a mexer oficialmente no próprio passado, com o projeto Anthology, ficou combinado que a série de relançamentos incluiria três CDs duplos com raridades da história da banda e que cada disco viria com uma música inédita retrabalhada por Paul, George e Ringo. Os volumes 1 e 2 de Anthology seguiram essa premissa (recriando velhas demos de John Lennon como “Free as a Bird” e “Real Love”, em cada disco respectivo), mas o terceiro CD duplo veio sem música inédita. Os três não chegaram a um consenso sobre a música escolhida – entre “Grow Old with Me” e “Now and Then” – e a desculpa oficial dizia respeito à qualidade da gravação.
As duas faziam parte de uma fita que Yoko Ono entregou para Paul McCartney que vinha com a anotação “for Paul” (“para Paul”) e talvez indicasse uma possível retomada da parceria da dupla. Gravada no mesmo 1980 em que John Lennon foi assassinado, esta fita nunca veio a público de forma oficial, embora hoje, depois da morte de George Harrison, Paul admita que o guitarrista foi responsável pelo veto da música. E que talvez ele mesmo regrave a canção em um disco próprio, compondo letras para esta que seria a última parceria entre John e Paul. Eis a versão demo de “Now and Then”:
E esta regravação, feita por um fã, reúne elementos de outras gravações dos Beatles e circulava como sendo a versão que deveria ter saído no terceiro Anthology. Mas esta versão nunca aconteceu:
“Grow Old with Me” também tem uma versão retrabalhada circulando online, que mostraria que os três Beatles gravaram sobre a demo original de John. Mas, da mesma forma, é uma versão feita por fãs, sem nenhum envolvimento dos Beatles.
David Gilmour regravou uma versão correta – mas com aquele solo – de um clássico do Revolver, “Here, There and Everywhere”, para seu próximo disco solo, Rattle That Lock, mas a versão apareceu antes no CD que vem de brinde na revista inglesa Mojo deste mês.
O que me lembra que eu ainda tenho de falar sobre o fim do Pink Floyd…
Quem mandou essa foi Keith Richards, que está lançando disco solo, em uma entrevista à revista Esquire:
“Os Beatles soavam ótimos quando eles eram os Beatles. Mas não há muitas raízes naquela música. Acho que eles se deixaram levar. Por quê não? Se você fosse os Beatles nos anos 60 você se deixaria levar – você se esqueceria do que queria fazer. Você começa a fazer o Sgt. Pepper. Tem gente que acha que é um disco genial, mas acho que é um apanhado de merdas, meio como o Satanit Majesties – ‘Ah, se eles podem fazer um monte de merda, nós também podemos’.”