Amy Winehouse (1983-2011), por Juliana Cunha
A Ju lamenta:
No final de década de 50, Billie Holiday (1915–1959) estava no fundo do poço. Duas décadas de carreira, maluquice, drogas e álcool deixaram sua voz – antes potente e perfeita -, esburacada, tosquiada mesmo.
Quando a Columbia Records tirou essa diva decadente do limbo para gravar um novo álbum, todo mundo riu. Assim como riram das decadentes Betty Davis (1908–1989) e Joan Crawford (1905–1977) quando elas, já velhas e meio esquecidas, filmaram What Ever Happened to Baby Jane? (1962).
O disco gravado pela Billie decadente – Lady in Satin (1958) – se tornou um dos mais conhecidos dela. As músicas são o contrário de perfeitas: a voz falha, desafina, derrapa, parece que vai sumir. Billie tinha só 43 anos, mas as letras muito tristes e o estado físico faziam qualquer um chutar uns 60, 70.
Billie morreu menos de um ano depois da gravação de Lady in Satin. Eu sempre achei que algo parecido aconteceria com Amy Winehouse (1983–2011).
E assim segue no Já Matei Por Menos.
Tags: amy winehouse, juliana cunha