Aquele sábado está chegando… No próximo dia 20, eu, Clarice, Camila e Claudinho nos reunimos para mais uma sessão de celebração intensa e acabação saudável quando transformamos o amplo espaço do nosso querido Bubu em uma das pistas mais felizes da cidade. É o dia do Desaniversário, em que enfileiramos hits de todas as épocas para fazer todo mundo dançar sem parar. Você já sabe que além do astral altíssimo, nossa pista também é a favor da redução de danos para nós jovens adultos que queremos aproveitar o domingo, por isso começamos cedo – às 19h – para acabarmos cedo também – por volta da meia-noite. O Bubu fica na marquise do Estádio do Pacaembu (Praça Charles Miller, s/n°) e estaremos te esperando nesse sábado pra se acabar de dançar com a gente!
Duas bandas distintas, de gerações e formações diferentes, sintonizaram vibes parecidas nessa sexta-feira no Inferninho Trabalho Sujo. Antes da entrada da banda Ondas de Calor foi a vez do quarteto Celacanto, grata surpresa que foge do indie rock que vem sendo feito no Brasil com letras e melodias complexas que fogem das referências de sempre. O show ainda contou com a participação de Lauiz Orgânico, tecladista e produtor do grupo Pelados que acaba de produzir o primeiro álbum da banda. Formado por Miguel Lian Leite (vocal e guitarra), Eduardo Barco (guitarra e acordeão), Matheus Arruda (baixo) e Giovanni Lenti (bateria), o Celacanto tocou pela primeira vez no Picles e está pronto para desbravar mais palcos da cena independente paulistana – e do Brasil. Fique atento.
Depois do Celacanto foi a vez do grupo Ondas de Calor tocar no Inferninho Trabalho Sujo, fazendo a segunda apresentação de sua carreira. Apesar de novíssima (a banda não tem nem conta no Instagram), o Ondas é formado por músicos veteranos da cena que começaram a tocar juntos acompanhando a cantora Soledad. Todos são multiinstrumentistas e passaram o show trocando de instrumentos: Davi Serrano ia da guitarra pro baixo e pro teclado, Xavier Francisco ia da bateria pra guitarra e pro baixo, Allen Alencar ia da guitarra pro baixo e pro teclado e Igor Caracas ia do teclado e percussão pra bateria e pra guitarra, todos tocando músicas compostas individualmente e arranjadas de forma coletiva. O show ainda teve a participação de Julia Valiengo, vocalista da Trupe Chá de Boldo, que contou a história da banda antes de entrar na versão que o grupo fez para “Portentosa”, da própria Soledad. Dois ótimos shows que deixaram a noite em ponto de bala pra eu e a Fran atravessar a madrugada fazendo todo mundo dançar… Foi bonito.
Outra sexta-feira, outro Inferninho Trabalho Sujo no Picles – e a noite tá naquela condição ideal de temperatura e pressão. Começamos os trabalhos com dois shows de duas bandas novíssimas, Celacanto e Ondas de Calor, cada uma delas com uma proposta diferente, mas que encontram pontos em comum em vibes distintas. Depois eu e Fran incendiamos a madrugada adentro como aquela saraivada de hits que faz a pista do Picles suar as paredes! Vamos lá? O Picles fica na Cardeal Arcoverde, 1838, e o primeiro show começa às 21h30.
Na sexta aula do curso Bibliografia da Música Brasileira, que eu e Pérola estamos dando no Sesc Avenida Paulista, finalmente entramos no século 21 mostrando como a internet ampliou o número de focos e pólos de nossa música ao mesmo tempo em que novas cenas surgiam a partir das novas tecnologias digitais que entravam nas rotinas tanto dos artistas quanto do público. Voltamos um pouco no tempo para falar sobre mangue beat e música brega (citando autores como José Teles, Lorena Calábria, Paulo César de Araújo e Ronaldo Lemos) e como estas duas cenas estavam apontando para as transformações que viriam após a chegada da internet. Com o novo século, puxamos uma tese do livro O Som e o Sentido de José Miguel Wisnik e encaixamos com a do livro Música de Montagem de Sérgio Molina para falar sobre a mudança do formato canção e como a nova cena musical brasileira vem sendo retratada em livros cada vez mais raros.
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Na primeira aula do segundo mês do curso Bibliografia da Música Brasileira, que estamos ministrando no Sesc Avenida Paulista, eu e Pérola encerramos o século 20 ao falar sobre como o sucesso do rock brasileiro dos anos 80 ajudou a pavimentar a sensação de mudança que aconteceu no fim da ditadura militar e como este mesmo período viu o aquecimento do mercado editorial sobre música tanto com a publicação de revistas quanto com a série de Songbooks lançados por Almir Chediak. A partir desta década, o Brasil começa a experimentar músicas que fizeram sucesso nacional que não pertenciam apenas ao eixo Rio-São Paulo, abrangendo tanto a música sertaneja, a música da Bahia, rotulada como axé music e a música do norte do país, enquanto o rap, o funk e o pagode conectavam culturas periféricas do Brasil inteiro boa parte destes movimentos já registrados em livros,, algo que foi potencializado com a chegada da internet, que é o assunto da nossa aula da próxima semana.
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Inferninho Trabalho Sujo sextou e sextou BONITO. Depois de pouco mais de um semestre esquentando as quintas-feiras, mudamos a festa pra sexta e não poderia ser em melhor companhia. Pra começar, pelo fato de sermos a sede pra primeira Paixão de Castro em anos, este evento de proporções bíblicas que não acontecia literalmente há anos pois seu protagonista esteve fora dos palcos. Não mais! Tal Jesus dois dias depois, Rafael Castro está de volta, mostrando que não morreu e segue vivão vivendo vívido, dedicando o repertório de seu grande retorno unicamente ao disco que compôs e gravou em fevereiro deste ano, o sensacional Vaidosos Demais, um clássico contemporâneo desde o dia de seu lançamento. E reuniu no palco os mesmos cúmplices, tanto banda quanto convidados, que o ajudaram a erguer o disco, uma das vantagens do calor da hora. Outra era que todos os presentes bem sabiam da importância daquele momento. Além da reunião de dinossauros proporcionada por este instante único (praticamente uma Santa Ceia da Casa do Mancha, repleta das santidades da cena independente dos anos 00), todos sabiam cantar todas as músicas, o que deu uma profundidade emocional a hits instantâneos como “A Esquerda Errou Nesse Sentido” (uma crítica mais profunda que a do Vladimir Safatle), “O Algoritmo Te Escolheu”, “Pessoal da Claro”, “Fiscal de Foda”, “Nunca Em Nome de Satã” e a já imortal “Bar e Lanches”, que abriu o show e voltou no bis, como seu próprio protagonista! Que noite!
E depois recebemos o quarto show da carreira solo da vocalista dos Pelados e do Fernê. Manuela Julian subiu mais uma vez aos palcos acompanhada pela guitarra de Thales Castanheira e desfilou canções novíssimas, músicas de suas duas outras bandas e uma versão excelente para “Você Não Vai Passar” da Ava Rocha. Bom ver que, mesmo pilotando teclado e guitarra às vezes na mesma música, ela está se soltando e vindo pra frente, como faz em seus outros trabalhos, deixando de usar os instrumentos como escudo cênico e encarando – e hipnotizando – o público com sua voz grave e seu domínio de cena, fazendo todos acompanharem seu show melancólico atentamente (ou “pianinho”, como ela pediu no começo) mesmo depois da catarse que foi o show do senhor Picles. E a festa começou quando eu e Fran assumimos a discotecagem logo após seu show, fazendo o público dos shows tornar-se a pista fervida que pede toda sexta-feira – e foi só a primeira! E vem mais novidades por aí!
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Agora o sextou subiu alguns degraus quando nosso efervescente Inferninho Trabalho Sujo deixa as quintas-feiras para atingir um novo patamar ao abrir o fim de semana. E a primeira festa no novo dia não podia ser mais ilustre, pois marca o retorno aos palcos de Rafael Castro, o senhor Picles ele mesmo, lançando seu vigésimo disco, Vaidosos Demais. A noite ainda tem mais uma apresentação da vocalista das bandas Pelados e Fernê, Manuela Julian, aos poucos moldando sua carreira solo e, claro, depois da meia-noite, eu e Fran incendiamos a madrugada com hits pra não deixar ninguém parado – inclusive músicas do disco novo da Beyoncé, claro! Vamos nessa? O Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde, em Pinheiros, e a noite vai ser booooa…
Na quarta aula do curso que eu e Pérola estamos ministrando no Sesc Avenida Paulista, Bibliografia da Música Brasileira, avançamos no tempo rumo aos anos 60 e 70 para dissecar a sigla MPB a partir de obras de Zuza Homem de Mello, Nelson Motta, Santuza Cambraia Naves e Ana Maria Bahiana que estabeleceram que aquela segunda geração de bossa novistas seria o futuro da música brasileira (a partir de uma sigla criada inspirada numa expressão forjada no título de um livro de Oneyda Alvarenga e adotada pela referência ao partido de oposição da ditadura militar). Na próxima quinta-feira chegaremos ao fim do século 20 com a ascensão do rock brasileiro dos anos 80, a invenção do pagode, a história da axé music, a popularização do sertanejo e os primeiros passos do rap e do funk no Brasil.
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Na terceira aula de nosso curso Bibliografia da Música Brasileira, que aconteceu nesta quinta-feira no Sesc Avenida Paulista, eu e Pérola nos debruçamos sobre o samba, contando a história de como ele deixou de ser sinônimo de arruaça e tornou-se um dos símbolos de identidade nacional, que chega até o século 21 se transformando constantemente. A partir de obras de Lira Neto, Hermano Vianna, Muniz Sodré, Almirante e José Ramos Tinhorão, entre outros, mostramos como o gênero foi usado por questões políticas, em momentos de ditadura durante o século 20, para justificar a coesão cultural de um país continental ao mesmo tempo em que sempre se reinventou a partir de inovações sônicas e graças a algumas personalidades, que o conectaram com o resto do país. Na próxima aula falaremos sobre a sigla MPB.
Tá com saudade daquela pistinha, né? Nesse sábado, reunimos a turma mais uma vez pra nossa acabação saudável de todo mês, quando eu, Clarice, Claudinho e Camila comemoramos mais um Desaniversário ali no Bubu. O clima é aquele que você já conhece: todo mundo dançando sorrindo músicas que vocês nem lembravam que gostavam. E dessa vez oficializamos a hora da música lenta, quem foi na última teve essa experiência. A festa segue aquele padrão adulto: começamos às 19h pra acabar um pouco depois da meia-noite e garantir o domingo de todos. O Bubu fica ali no Pacaembu, Praça Charles Miller s/n°, do lado de fora do estádio. Vem dançar com a gente!
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