Taí uma boa dica pra 2009 *
E aí, descansou? Eu sim – cinco dias completamente desplugados no meio do mato, alternando caminhadas, refeições, música, filmes e livros ao lado da melhor companhia do mundo, completamente zerado para começar mais um ano que promete, pra variar, ser melhor que o anterior. Alheio ao que acontecia na Faixa de Gaza, se vai rolar mesmo o lançamento de Watchmen ou como vai ser a próxima Campus Party, retomo a realidade na marra e começo os preparativos para encarar o ano novo.
OEsquema chegará ao fim de sua primeira fase em breve. A casa que estou construindo com o Bruno, o Arnaldo e o Mini, por sua natureza digital, não pressupõe necessariamente um fim em si – nem sequer sua natureza unicamente digital. Mas essa versão dos nossos quatro saites que estreou no dia 8 de agosto do ano passado não teve o nanquim aplicado por enquanto. O conteúdo propriamente dito já está valendo, mas a moldura ainda é um rascunho, um esboço. Estamos finalmente arte-finalizando OEsquema neste mês e logo estrearemos sua nova cara. Não é muito diferente dessa que vocês estão vendo, mas os detalhes estarão na cara (seria mais fácil meter um “fase beta” debaixo do logo, mas achamos besteira.
E essa não vai ser a única novidade dOEsquema no ano, fiquem certos.
Mas, por enquanto, vou acionando as novidades do meu terreno. Então segue um mashup de bula com manual de instruções do Trabalho Sujo durante 2009. Todos os dias, de segunda a sexta, funcionarão assim: pela manhã eu trago músicas e imagens. É claro que sempre pode pintar um texto, uma notinha, um post aleatório. Mas como neguinho ainda tá acordando pela manhã (independente de estar ou não no trabalho), vou deixar o clima mais na buena e exigir menAs cacetração. Então tome mixtape, trocadilho visual, gif animado, banda nova, fotojornalismo sampleado, JPG motivacional, remix, pôsteres, disco que vazou, fotos antigas, música lembrada em cima da hora, Flickr alheio, estampa de camiseta, nostalgia e novidade. Nada com horário estabelecido ou fluxo de publicação determinado – tem que vir pra ver.
Durante a tarde e a noite começam a pintar os textos, que tentarei deixar mais compactos e direto ao ponto – desde resenhas de filmes, discos, quadrinhos, livros e shows a comentários aleatórios sobre as notícias, o que acontece em São Paulo ou por onde passo. Mas é claro que não abandono os textos gigantescos – vocês sabem como eu gosto deles. Mas, uma vez que estou enfurnado cinco dias por semana em uma redação, não dá tempo de discorrer demais – daí os posts curtos. Os mais longos ficam arquivados na categoria Fora de Controle (caso você nao saiba).
E lembrando também que rolam algumas mudanças na programação semanal, ó só:
* Toda segunda-feira eu sigo linkando as matérias do Link, caderno de tecnologia e internet que edito no Estadão. Vem novidades nessa área ainda esse mês, já pra começar o ano bem.
* Vida Fodona agora é toda segunda-feira e a a partir de hoje mesmo eu já começo.
* Toda terça-feira tem os Cinco Vídeos para o Meio da Semana.
* Quarta, que era o dia original do Vida Fodona, continua com versões esporádicas do podcast. Quando der vontade, ele volta no meio da semana. Mas, junto com a quinta-feira, a quarta vira um dia de improviso. Rola o que der na telha, o que estiver rolando durante a semana, a mania da quinzena, o exorcismo que precisar.
* Sexta-feira tem o já clássico Uma Sexta-Feira, Um Mashup.
* Sábado vira dia de folga: a Mixtape de Sábado vai para o domingo e eu só apareço por aqui se me der na telha – ou quando tiver Gente Bonita.
* Domingo é dia de Palavras para o Domingo e da antiga Mixtape de sábado. Como as duas seções passarão por transformações, elas devem ganhar novos nomes e formatos, que eu defino até o domingo que vem. E também é dia do Link Eldorado, o programa que apresento com o Fabião e o Otávio as novidades do Link da segunda-feira.
Lembrando que estou no meio da retrospectiva de 2008, que a partir de janeiro sai dos discos e músicas e começa a compilar shows, livros, filmes e acontecimentos do ano passado. Além disso, vou resgatar uma seção que eu tinha no Trabalho Sujo dos tempos de papel, o Alerta – Sangue Novo, em que eu apontava o nascimento de bandas brasileiras novas (a primeira foi o Sala Especial, mas lembro de ter falado do Los Hermanos, do Butchers’ Orchestra, do Autoramas e do MQN, entre outras bandas). Fora o compromisso com o passado: além de resgatar o primeiro semestre de 2008 (que perdeu-se no transplante do Gardenal pra casa nova), vou começar a retaguear e a recategorizar tudo que ficou para trás – além de ressuscitar textos do arco da velha. Mas isso é um processo lento, longo e sem prazo definido – pois ainda incluirá todas as edições impressas do Sujo em seus tempos de coluna de jornal.
Seções fixas – como o Leitura Aleatória (que aparecia a cada dez posts – ou você não havia percebido?) e o 4:20 (que vai parar de funcionar no fim de semana) – deixam de ser tão rígidas assim. E outras surgirão no meio do caminho. Essa é mais ou menos a programação pra esse ano.
Desde o final de 2007 retomei o ritmo de postagens no Sujo a partir de uma provocação do Mr. Manson em relação à qualidade dos blogs. A alfinetada, que faz sentido, dizia que blog bom é feito por quem não tem mais nada pra fazer – na hora em que o blog virava emprego, ficava chato e sem graça. Resolvi transformar o tempo que passava na frente do computador na redação em uma forma de voltar a alimentar o Sujo, que vinha funcionando mais como um repositório de frilas, matérias, festas, debates e palestras que eu andava fazendo do que um canal com conteúdo próprio. Muito por conta do crash do Gardenal em 2005, que deletou três anos de postagens da história e, de certa forma, foi o big bang dOEsquema. Quando eu, Bruno e o Arnaldo perdemos tudo naquele blecaute digital, já começamos a conversar sobre a possibilidade de sairmos do aluguel (mesmo que o Gardenal não fosse pago) e montarmos nossa própria casa, que é OEsquema. Desde 2005 não me empolgava com o Sujo quanto no último ano – período que, além da perda dos arquivos do Sujo, ainda coincidiu com a minha estada na Trama e com a morte do meu velho carrinho, que, olhando agora em perspectiva, foi crucial para o nascimento do Vida Fodona e da Gente Bonita, minhas paixões nos últimos anos.
Mas 2008, o décimo terceiro, foi ano de retomar o Sujo, entender e inventar mecanismos de postagens e transformar o saite em mais do que uma vitrine para o meu trabalho. Hoje, ele é uma ferramenta que me ajuda a pesquisar o que está acontecendo; me obriga a me atualizar em áreas que, se eu deixasse, fugiriam do meu radar; me conecta inevitavelmente com algumas das pessoas mais legais hoje em dia e, óbvio, me diverte.
E é isso que importa. Por isso, não leve tudo tão a sério – é uma dica que serve pra qualquer hora.
E feliz 2009. Você sabe, vai ser “o” ano!
* A imagem que ilustra esse post saiu do livro/site Designing Interactions, do Bill Moggridge, um livro que acho que o Mini e o Eduf iriam adorar se dar de presente.
Chegou nas bancas no finde passado (primeiro Rio e SP, depois o resto do Brasil) o guia 300 Filmes para Ver Antes de Morrer, mais um frila com a chancela de qualidade Trabalho Sujo. E não só a minha: o livro foi editado ao lado do Maron e tem textinhos de bambas como Fred Leal, Vladimir Cunha, Dafne Sampaio e Arnaldo Branco. Aqui tem uma pagininha não-oficial com alguns exemplos de páginas e dando uma geral no livrinho que, custando 20 pilas, é, fácil, o melhor guia de filmes publicado em bancas de jornal no Brasil.
O Jeroen Revalk, do programa de rádio belga Cucamonga, esteve no Brasil no começo de 2006, para fazer entrevistas sobre a atual cena de São Paulo. O resultado é a série SamPa Beats, e tem dois trechos diferentes (dá pra ler e ouvir) de uma entrevista que ele fez comigo no hall do 7 Colinas (meu lar em Recife), quando eu tava no Porto Musical. Além deste seu correspondente, há entrevistas com o Maurício Takara, Tom Zé, Cunha Jr., Sérgio Dias, Hermano Vianna, Maurício Bussab, Arnaldo Antunes, Cadão Volpato, Apollo 9, Rica Amabis (do Instituto), Zeca Baleiro, Bid, Guilherme Barrella (da Peligro), Rodrigo Brandão, Stela Campos, Otto, Alexandre Youssef, João Marcello Bôscoli, Loop B, Suba, Gilberto Gil, Rodrigo do Pex Baa, Claudio Silberberg (da ST2), Rob Mazurek, Caetano Veloso, Jorge Ben, Jair Oliveira, Benjamin Taubkin, João Parahyba, entre outros… Bom trabalho, Jeroen.
No final do ano passado (retorno de Saturno, uns vão dizer; ano cinco, dirão outros; nova década, completarão uns terceiros), uma série de acontecimentos pôs fim a uma curva que lentamente redesenhou o curso da minha vida – mudando tudo sem mudar. Entre o fim de um casamento de quase dez anos, a efetivação da era ciborgue, uma amizade mecânica que terminou num poste e a transmutação da Vida Fodona para a existência plena, o servidor original do Gardenal deu pau e deletou todo o passado de seus saites – entre eles, este seu incofesso favorito. Assim, me vi com a tela do futuro branca na frente, tanto real quanto virtual (são a mesma, lóki, se liga), quando recomecei o Sujo aos poucos, perdendo toda aquela base de dados (tanto minhas quanto os comments) que tinha desde os tempos em que ele era uma página na contracapa de um caderno de cultura de um jornal em Campinas.
Quer dizer, não toda: recuperei os arquivos entre 2001 e 2004 e vou começar a recolocá-los online, usando isso como desculpa para reativar seções que estavam paradas, como Fora de Controle, P&R, Resenhol, Euvi, além das marginais Carrossel, Daiol e Rapeize. Vou restaurar aproveitando o gancho da volta dos, er, Mutantes, com a entrevista que eu e o Fernando fizemos com o Duprat em 99. E à medida em que elas forem saindo da home, vão ganhando sua data original, num lento processo de reconstrução… Tá com pressa não, né? Mesmo porque a mão ainda tá nos 70% loading…
‘- Cecília reativou o blog;
– Pedro manda notícias sobre seu doc sobre o Rec Beat (com a minha participação especial entrevistando a Nação);
– Maceió começa a respirar o mesmo ar do resto do Brasil (depois eu conto direitinho, mas, por enquanto, dá uma sacada no podcast do Coelho);
– Bruno aos poucos vira vidraça;
– China transforma uma comunidade de Orkut em algo útil;
– O Bonde do Rolê aparece na Rolling Stone;
– Mateus é o garoto da capa do Link;
– Imunização Racional pra download no UOL;
– Arnaldo lança sua candidatura à presidência.
– O Eduf também aderiu ao podcast.
Alguém mais?
O ano tá só no começo.
Mais um defunto no meu obituário pessoal: meu PC Tranqüilo, que me acompanha desde 1998, pediu arrego terça passada. Dedos cruzados pro HD não ter ido pro saco, mas se tiver, paciência. Zerar é sempre bom pra cabeça.
Enquanto seu substituto não sai da parteira, estou freqüentando lan houses, esse antro subcultural de jogos em rede e meninas adolescentes que acessam o MSN em dupla. Como eu me sinto numa bowa por aqui…
De volta à metrópole, deixo a capital pernambucana com um aperto no coração – mas sempre há uma hora de se reaclimatar à minha querida Aclimação, onde o vento é brisa, a chuva refresca, o sol doura e o céu resplandece. Recife, mesmo sem vento, com seu calor táctil, seus temporais de verão, um sol que castiga e um céu que queima os olhos de tão brilhante, vai deixar saudades em 17 dias de pura loucura adolescente mesclados com o pós-intelectualismo de sempre e o afã das fãs junto com certo élan de bizness carburado em temperaturas próximas aos quarenta graus. Se você acompanhou o Vida Fodona (que assim que o computador novo nascer, torna-se outra home) tem uma vaga noção do que estou falando. Senão, aqui vão alguns pontos a se destacar:
– Que mané Coachella: Recife no Carnaval tem mais bandas por metro quadrado do que qualquer Roskilde da vida. Artistas do primeiro (Lenine, Antônio Nóbrega, Mombojó, Alceu Valença, Mundo Livre S/A, Martinho da Vila, Elba Ramalho, Nação Zumbi, Cordel) e do segundo (Gabriel O Pensador, Vanessa da Mata, Lula Queiroga, Leci Brandão, Zéia Duncan) escalão do pop nacional (o referencial sou eu, lembre-se!), mestres da velha guarda (Lia de Itamaracá, Carimbó Uirapuru, Riachão e o inacreditável Erasto Vasconcellos) e várias bandas novas do pedaço (Playboys, Barbis, Turbo Trio, 3ETs, La Pupuña, entre várias outras) dividem espaço com rodas de break, emboladores, pagodes de playboy, carros bombando axé music, bandas de frevo, velhinhos tocando marchinhas, repentistas, letras de duplo sentido, rodas de samba, maracatus fakes e de verdade. Fora sua própria Salvador particular – Olinda bomba como se não existisse diferença entre o cordão e a pipoca nos trios elétricos da capital baiana, como se a indústria do axé ainda não tivesse sido inventada, como se o carnaval de Ouro Preto fosse abençoado pelo frescor litorâneo. E toneladas de gente. Pra todos os lados. Uma experiência imperdível;
– Nova safra de velhos pernambucanos tinindo trincando: além do Futura da Nação e do Bêbadogroove do Mundo Livre S/A ainda deu pra saborear os novos do Eddie (Metropolitano), Bonsucesso Samba Clube (Tem Arte na Barbearia) e Mombojó (vai dizer que você ainda não sabe o nome…), além de uma pérola musical que deu a tônica da turnê: “O Baile Betinha”, de Erasto Vasconcellos;
– Mais do que traçar as diretrizes da relação da música brasileira com o mundo, pauta semioficial do Porto Musical, o evento consolidou-se como pólo magnético de atração de algumas das melhores cabeças da cena independente brasileira – do baiano Big Bross ao gaúcho Fernando Rosa, passando pelo Lariú, Thaís Aragão, Alex Antunes, Briuno Ramos, Fabrício Nobre, Luciano Mattos, Messias do Brincando de Deus, Marcos Boffa, Frank Jorge, o pessoal da Funtelpa de Belém… Muita gente boa atraída pela importância do evento, que praticamente criaram um outro Porto Musical, paralelo às salas de conferência;
– Comidas para todos os níveis de paladar: do queijo coalho na Pitombeiras à frescura roots do Chica Pitanga, passando pelo filé de carne de sol d’O Bode, a sinfonia marítima (é o nome do prato) no Camarão do Zito em Brasília Teimosa, a macaxeira de Noca e o incrível LaçaCheddar – só comi mal no tal do Parraxaxá;
– Duas grandes naites comigo na trilha sonora: primeiro na Pitombeiras, em Olinda, dividindo CD players com o Bruno Pedrosa, o cearense Guga e o breasiliense radicado em Petrolina Thales, tocando na última Sonora do verão 2005/2006, pra gringos e famosos locais; depois no bar PoEtico, na primeira balada per se da casa, que fica atrás do árabe Salamaleque, na Casa Amarela. Desta vez, dividi os CDJs com o bamba Fred Leal, e a noite ainda contou com Dani, Flávio e Mone nas picapes, tocando para perdidos na noite, indies recifenses, teens a granel e a galera do psy-trance – noite que amanheceu no papadefunto Garagem, um clássico do rock pernambucano (uma borracharia que vende cerveja);
– Grandes companhias em 17 dias: Fernanda, Renato, Pedro, Vicente,Priscilla, Joli, Naomi, China, Fabinho, Pedrosa (vamo ver aqui em São Paulo), Guga (duplo salvador!), Jenny, Luiz, Débora, Bactéria, Cardoso e Gui, Luciano (cobaia!), Mari, Kélita, Chiquinho, Dani (festão, hein), Aninha, Vivian, Melina, Lariú, Cris, Paulo André, Marcelo Machado, Sérgio, Xico, Gina, Gui Moura (CDF por escrito, mas um tremendo fanfarrão pessoalmente) e Hugo, Hélder, Renata, Nobre, Sílvio, Felipe, Diego e Otávio, Flávio (santo da carona), os Jumbos, Gutie, Frank London, Karine (comentarista fiel!), Marinilda (parceira de entrevista), Marcelo Campello (vi o vídeo! Bizarro!), Pupilo, Bruno, Fernando, Thaís, Aninha e Leide, Carol, Marcela, Yuno, Hermano, Mariana do Estéreoclipe, Carla (relämpago!), Samuel, Tejo, Belma, Shi e Ju, Basa, Zizi e as gringas do Pipa Avoando, Junio Barreto, o Galo e o Rei. E as fãs, de todas as idades, que se desprenderam de suas vergonhas para abraçar a passagem do cronista aleijado por Recife (poizé, era eu de tipóia no meio da multidão) – também, quem mandou aparecer no jornal.. Além de, claro, o buda da malemolência, o Fausto Wolff indie, o monstro Michelin da indústria do cigarro, Fred Leal, hospedeiro do podcast, idealizador da ida a Pernambuco e descolador do chatô Goodtrip, além de parceiro-mor sem rumo de casa, só na autodestruição complacente e ressecamento das juntas oleosas entre as sinapses.
– Teve muito mais coisa, se der, eu lembro depois;
– “Longe de casa há mais de uma semana/ Milhas e milhas distante do meu amor”. Ela estava me esperando na volta, mas eu inda não consegui matar as saudades…
– E fica a pergunta no ar: George Israel é judeu?
Enquanto minha mão não volta ao normal, vamos de voz. Tou eu e Fred Leal, o capo da Badtrip, aqui na terra do mangue beat e eu tou mandando flashes de áudio do que acontece em Pernambuco. É meio beta, mas depois vou me enveredar sério por esse rumo. São as tais major changes começando.
Pra decorar: www.badtrip.com.br/vidafodona/
Taí o cadáver do meu fiel comparsa, rocinante mecânico dos cerrados de minh’alma. Você com certeza lembra dele, cheirando à cinza, cheio de jornal, quase sempre na reserva, antes de ele passar dessa pra melhor, no último primeiro de dezembro, menos de uma semana depois do Trabalho Sujo ter feito dez anos. Valeu, bróder, tou te esperando reencarnado no meu próximo coche.
Mais um Crumb com meu nome na ficha técnica, mas dessa vez a tradução foi do Galera. Eu só revisei a tradução dele, ou seja, tive pouco trabalho. Minha Vida é um álbum inédito no mundo e reúne as egotrips do mister Robert. Coisa fina, como tem sido em geral a edição da Conrad pra quadrinho adulto.