O lançamento da Apple da semana

Cê entendeu o iCloud, que a Apple anunciou hoje? Explico no vídeo acima – e amanhã falo mais disso.

Vinteonze: Epitomizai-vos todos

A Banda Mais Bonita da Cidade e Belle & Sebastian, Y: The Last Man, Aldous Huxley, a Marcha da Maconha, bibliotecas e enciclopédias, Gaspard and Lisa, Anelis Assumpção, Paul Thomas Anderson e Darren Aronofsky, Gonçalves Dias, Bob Dylan, Belchior e Odair José, Senhor dos Anéis, Sylvia Plath para crianças, Cachalote, Robert Altman, psicodelia californiana e londrina, Fernando Catatau e o Pessoal do Ceará e até o Big Lebowski: tudo fica em segundo plano quando nós dois nos encontramos com a querida mãe dO Pintinho, Alexandra Moraes, que nos acompanha para um papo ao som do Wild Honey, dos Beach Boys, e do segundo disco do Baiano & Os Novos Caetanos, este escolhido por ela.

Ronaldo Evangelista & Alexandre Matias + Alexandra Moraes – “Vinteonze #0008 (MP3)

E tem o Festival da Cultura Inglesa nesse finde…

Acima, eu e o Lucio durante a festa de lançamento do Festival da Cultura Inglesa, nessa quinta de noite. O festival começa agora e eu cuidei da parte de shows (domingo, de graça, desde o meio-dia até às 20h, no Parque da Independência, com Gang of Four, Mockers, Cachorro Grande tocando The Who, Miles Kane e Blood Red Shoes) enquanto o Lucio ficou com a programação de casas noturnas (trazendo o Alan McGee pra tocar nessa sexta no Studio SP e o Glen Matlock no Beco 203). Vai ser altos!

Chegando na cidade da Banda Mais Bonita da Cidade

Bate-volta em Curitiba, pra uma sessão dupla em plena terça: primeiro trocando uma idéia no Ciclo de Palestras de Comunicação, na Sala Atos do Sesc Paço das Artes.

Serviço:
Endereço: Praça Generoso Marques, 189, 80020230 Curitiba
Telefone: 41 3234 4200
Palestrante: Alexandre Matias
Data: 24/05
Horário: 19h
Local: Sala de Atos
Lugares: 60
Preço: R$ 5 comerciário e estudantes / R$ 10 usuários (é necessária a carterinha do SESC)

Depois, colo no Kitinet onde ponho algumas das idéias da palestra em prática. Quem anima?

Terça Clássica
Claudinho Yuge recebe Alexandre Matias (Trabalho Sujo), Heitor Humberto (Banda Gentileza), Alec Ventura (Copacabana Club) & Denis Pedroso (INMWT).
24/05 # 21hr # R$3
Kitinete (rua Duque de Caxias, 175. São Francisco)

Impressão digital #0060: Crítica musical e jornalismo cultural

Minha coluna no Caderno 2 desse domingo foi sobre o debate que participei na quinta passada.

Mudança inevitável
Crítica musical e internet

Na quinta-feira da semana passada, participei do 3.º Congresso Internacional de Jornalismo Cultural, evento que ocorreu no Sesc Vila Mariana e trouxe nomes como o cineasta alemão Werner Herzog, o filósofo esloveno Slavoj Zizek, a ensaísta norte-americana Camille Paglia e o escritor cubano Pedro Juan Gutiérrez. Estive em uma mesa cujo tema era A Produção Musical Contemporânea e a Crítica Especializada e, comigo, participavam os jornalistas Pablo Miyazawa, editor da versão brasileira da revista Rolling Stone, e Marcus Preto, do jornal Folha de S. Paulo, e o músico Zeca Baleiro.

Muitos podem estranhar a presença de um editor de um caderno de tecnologia – que é o que faço, caso alguém não saiba (edito o Link, publicado todas as segundas-feiras neste jornal) – em uma mesa que se propunha a discutir produção cultural e crítica musical, mas bastou o papo começar para perceber que não dá para dissociar o que está acontecendo tanto em termos de criação quanto de avaliação – artistas e críticos estão sendo igualmente afetados pelo impacto que as mídias digitais (não só a internet, mas principalmente ela) vêm causando em suas atividades.

Pablo falou da dificuldade em falar de lançamentos de discos numa época em que estes aparecem primeiro na internet e depois nas lojas – antes, até mesmo, de chegar aos jornalistas, que, em outros tempos, recebiam os álbuns previamente para que pudessem publicar suas matérias simultaneamente ao lançamento comercial. Zeca Baleiro concordou e disse que a melhor crítica musical feita no Brasil atualmente – e a pior – vem acontecendo longe dos jornais e sim em blogs.

Citei que tive a felicidade – ou melhor, a sorte – de cobrir música na época em que o Napster apareceu, em 1999. O primeiro programa de trocas de MP3 revolucionou a forma como consumimos música até hoje e em menos de um ano depois de seu lançamento, seus criadores já sentavam em bancos de tribunais sendo acusados de ter facilitado a pirataria.

E ao mesmo tempo em que os autores do software eram processados, o Radiohead lançava seu quarto CD, que vinha sendo aguardado devido ao sucesso de seu antecessor, OK Computer. Só que, pela primeira vez na história, aconteceu um fenômeno novo: o disco apareceu na internet meses antes de ter sido lançado comercialmente. Sem refletir, a indústria cravou que o disco seria um fracasso de vendas, pois muitos dos fãs que comprariam o disco já o teriam em casa, em seus computadores, de graça. Para piorar, Kid A, o disco que havia vazado, era experimental e hermético. Mas a indústria errou – e o álbum foi um dos mais vendidos daquele ano, mesmo tendo aparecido gratuitamente antes de ser lançado.

As mudanças que vêm sendo impostas pela digitalização quase sempre são recebidas com ceticismo ou temor, sem que se pense em como os ouvintes – agentes culturais sem nome, mas tão importantes quanto a indústria, a crítica e o artista – vão recebê-las. Por isso, me sinto felizardo por ter começado a cobrir tecnologia a partir de mudanças que ocorreram na área cultural. E, assim, posso participar de uma mesa sobre crítica musical, mesmo que não exerça essa função.

Mais sobre jornalismo cultural

E logo depois da mesa de ontem, me puxaram para participar de um programa ao vivo, transmitido via web, direto do próprio Sesc Vila Mariana. O Estúdio Aberto é exatamente o que diz ser: um estúdio de TV foi montado no meio do Sesc e quem estiver passando pode acompanhar os diferentes processos de transmissão de um programa instantaneamente. Apresentado pela Lorena Calábria, o programa ainda teve, além da minha participação, as presenças do professor Carlos Vogt e do jornalista Ricardo Calil. Foi nesse bate-papo que falei a frase que criou uma micropolêmica ontem no Twitter, mas aí dá para entender o contexto melhor (espero).

A produção musical contemporânea e a crítica especializada

O Sesc foi sagaz e já subiu online a íntegra (quase duas horas!) da mesa que participei ontem no 3º Congresso Internacional de Jornalismo Cultural, realizado pela revista Cult, em que conversei sobre o papel da crítica musical nos dias de hoje, ao lado do Marcus Preto, do Pablo Miyazawa e do Zeca Baleiro. Põe o fone, aperta o play e deixa o papo rolar. Vale inclusive passear pelo canal do YouTube deles, que tem todas as íntegras das mesas do evento. Muito bom.

Think Tank 2011: “Creative Commons: Criei e Te Como”

Mais uma parte do primeiro Think Tank do ano. Só falta mais uma.

Think Tank 2011: “Não estranhamos mais politizar a discussão da música”

Vamos à quarta parte do debate interminável.

Think Tank 2011: “Os envolvidos no negócio da música não são mais pessoas que gostam de música”

Conforme prometido, segue a parte três do longo papo que foi o último Think Tank. Ainda tem mais!