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Ave Mancha!

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Nós da trupe Sussa – eu, Danilo, Pattoli, Babee e Klaus – fomos chamados pra dar início aos trabalhos do Fora da Casinha, o festival de oito anos da Casa do Mancha, que consagra a atual cena independente brasileira com o primeiro festival de indie rock realizado em São Paulo neste século. Na real é uma desculpa pra aplaudirmos pessoalmente este sujeito incrível que, na raça, vem adubando cada vez mais uma cena local e autoral, além de criar uma das melhores bolhas de otimismo da cidade (a incrível foto acima, com Samurai e a Ana de papagaios de pirata, foi tirada pela Kátia e eu tunguei de uma ótima história oral do Mancha contada na Vice). São dez atrações – Twinpine(s), Gui Amabis, Carne Doce, Supercordas, Maurício Pereira, Holger, Soundscapes, Stela Campos, O Terno e Boogarins – que mostram a amplitude e especificidade deste gênero, que também reunirá um verdadeiro quem é quem do indie rock brasileiro nesta década – não apenas de São Paulo, pois tem gente vindo de tudo quanto é lugar. Pra comemorar, vamos tocar só música brasileira. O festival começa às 16h deste domingo no Centro Cultural Rio Verde e os ingressos estão quase no fim!

O Ecossistema da Música com Tulipa Ruiz

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A querida Tulipa Ruiz é a primeira artista convidada da versão Ecossistema Singles do curso O Ecossistema da Música no Século 21 que coordeno lá no Espaço Cult. Tulipa é uma das artistas brasileiras que melhor entendeu a internet e ela compartilha sua experiência em uma conversa comigo no dia 8 de outubro, no Espaço Cult, na Vila Madalena, em São Paulo. Durante a aula, ela falará sobre os dilemas e os prazeres do artista na era digital, que ao mesmo tempo que tem um contato direto com seu público, tem que assumir o papel de empreendedor. As inscrições podem ser feitas no site do Espaço Revista Cult e a ementa do curso vem a seguir:

Como aliar criação e produção artística

A chegada da internet mudou completamente o mercado de música reconfigurando completamente os hábitos de fruição e de consumo de música, obrigando a todos os diferentes agentes deste meio a se reinventar para encaixar-se neste novo cenário. Mas ninguém foi mais abalado do que o artista – ponto central da produção musical que, de repente, se viu obrigado a lidar com questões que antes ficavam com a gravadora, o produtor e o empresário. Mais do que ponto de partida e de chegada de um processo comercial, o artista hoje é o principal veículo da própria obra, pelo simples fato de estar em contato mais intenso com seu público graças às facilidades do mundo digital.

E na versão brasileira deste cenário, Tulipa Ruiz é uma das artistas que melhor soube encarar o desafio do empreendedorismo aliado à produção artística, participando e atuando diretamente em todas as decisões sobre sua carreira. E ela é a primeira artista convidada a participar do curso Ecossistema Singles – versão de aula única do curso O Ecossistema da Música no Século 21, ministrado pelo jornalista Alexandre Matias, do site Trabalho Sujo, no Espaço Cult. Durante a aula, Matias conduz a conversa com Tulipa, que além de contar as importantes decisões feitas durante sua carreira, explica as lições que tirou neste processo e como as aplicou em outras ocasiões.

O curso abordará as seguintes faces da carreira da artista:

1) Lançamento da carreira

– Qual priorizar: show ou gravação?

– O início da formação do público

– Como entrar no circuito de shows

– Como gravar suas músicas do jeito certo

– Como lançar os primeiros materiais para o público

– Quando é preciso ter um empresário

– Qual é a melhor hora de lançar um disco

2) O disco

– Os passos anteriores ao lançamento do disco

– Como lançar um disco

– Como distribuir um disco

– Como fazer o disco ser ouvido

– CD, vinil, streaming, YouTube, download gratuito – como utilizar os meios digitais neste lançamento

– O papel do show de lançamento do primeiro disco

3) Vida na estrada

– A importância da fidelização do público

– Como divulgar um show em tempos de internet.

– É possível fazer uma turnê pelo Brasil apenas com um disco?

– O que fazer com os registros feitos pelos fãs durante os shows

– Como é o contato com os fãs depois dos primeiros shows

4) Alçar maiores voos

– O que fazer quando o período do disco e dos shows termina

– Como reter a atenção do público de um artista nessa avalanche de informações atuais

– Como lidar com a mídia tradicional e com as mídias sociais

5) Consolidação profissional

– O artista tem que ser empreendedor no século 21?

– A necessidade de entender todos os desdobramentos do mercado relacionado à sua carreira

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas aqui.

Eu e PC, PC e eu

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Participo nessa quarta-feira do YouPixCon, a nova encarnação do YouPix, num bate-papo com o novo bróder PC Siqueira. Vamos discutir os dramas e dilemas da produção individual de conteúdo no século 21 – e anunciar uma novidade. O papo acontece no palco How to Stage e tem o seguinte resumo:

Terapia de conteúdo: estou criando o que eu amo?

Consistência x liberdade criativa. Chega um momento na vida de um criador de conteúdo em que ele fica refém do formato que ele mesmo criou no início do seu canal, blog e afins. O que fazer quando o seu estilo saturou? O que fazer quando você já não se identifica com o próprio conteúdo que você cria mas a sua audiência quer o de sempre? Como pivotar e se reinventar sem perder os fãs do seu trabalho?

Com PC Siqueira (youtuber do canal MasPoxaVida e d’O Role Gourmet) e Alexandre Matias (jornalista, editor e fundador do Trabalho Sujo)

Nossa participação é às 12h30 e dá pra acompanhar ao vivo pelo site do evento.

Conversando sobre música nova

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Participei do programa Ouve Essa, que o Ricardo Alexandre está apresentando na 89 FM toda segunda-feira à meia-noite e, como o mote do programa é mostrar como tem música nova boa sendo feita hoje em dia (que é quase um lema aqui no Trabalho Sujo), fui lá mostrar velhos conhecidos de quem me acompanha por aqui – então tome My Magical Glowing Lens, Cidadão Instigado, Unknown Mortal Orchestra, Lana Del Rey, Tame Impala e Letuce.

Kim Gordon, versão brasileira

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Dos prazeres da vida a dois: traduzir um livro juntos. Eu e Mariana, minha mulher, estamos passando por essa experiência há um tempo (já estamos indo para o quinto livro traduzido juntos), discutindo sentido de expressões, termos técnicos e que adjetivo funciona melhor para o que o autor quis dizer. Essa atuação ganhou um coração a mais quando nos juntamos na leitura e tradução de casal de um dos livros de uma de nossas “ídolas” – Kim Gordon, que lançou seu livro de memórias Girl in a Band no início do ano e que tivemos a honra e o prazer de traduzi-lo, chega às livrarias nacionais com nossa assinatura de tradução pela editora Rocco. Um livraço tanto para fãs do Sonic Youth, para quem tem Kim como ideal feminino quanto para quem se interessa por feminismo e cultura alternativa e independente como um todo.

Também escrevi a orelha do livro, que reproduzo abaixo:

Com o baixo (e depois guitarra) em punho, Kim Gordon era um dos alicerces que sustentou por trinta anos o Sonic Youth, uma das principais instituições do rock independente mundial e da vanguarda pop global de nossa época. Fundada em 1981 ao lado do então namorado (e depois marido e pai de sua filha) Thurston Moore e do amigo Lee Ranaldo, a banda passou três décadas experimentando os limites entre o punk rock e a música erudita contemporânea, enquanto explorava outras áreas, da televisão ao cinema, da moda às artes plásticas, a dança e a publicidade, reunindo fãs enquanto gravavam discos, faziam clipes e shows por todo o mundo.

O Sonic Youth terminou ao mesmo tempo em que o o casamento de Kim. A ficha sobre o fim das duas relações caiu para a artista quando o grupo se apresentou pela quarta vez no Brasil, no final de 2011. Em frente a uma multidão de desconhecidos e entre bandas pop que nada tinham a ver com o histórico de sua banda, ela percebeu que um ciclo havia se encerrado e, como numa sessão de terapia, começa sua festejada autobiografia Uma Garota em Uma Banda pelo fim, ao acrescentar o ponto final a uma banda que começou tocando em moquifos mal frequentados de Nova York no meio de uma tempestade em festival pop no interior de um país em outro hemisfério.

Um ciclo improvável para uma garota da Califórnia filha de intelectuais que liam beatniks e ouviam free jazz, e que cresceu vendo os últimos anos do sonho hippie se transformar num pesadelo imaginado por Charles Manson. Convivendo com uma família formada por um pai recluso e erudito, uma mãe criativa mas frustrada e um irmão com sérios problemas, ela descreve sua tortuosa trajetória para tornar-se uma artista, que a levou de uma costa à outra dos Estados Unidos e de escolas de arte para a boemia pós-punk da capital cultural do ocidente no fim do século.

E durante este percurso, ela percebe o duro fardo de ser uma mulher em uma sociedade machista em todas suas esferas. Uma Garota em Uma Banda não é apenas a biografia de um ícone indie nem uma sessão de descarrego emocional: é um libelo feminista em forma de relato, que mostra que mesmo que tenhamos evoluído muito nestes termos, ainda temos muito caminho pela frente. E Kim Gordon sabe o quanto isso é recompensador.

Como foi a Noite Trabalho Sujo na Trackers

A fila estava de praxe, mas lá dentro tudo fluiu naquela dimensão que conhecemos – e termos colocado o Wilson pra segurar o som do lounge inaugurou uma terceira pistinha que teve até “Banho de Cheiro”, da Elba Ramalho. Na pista preta, a dupla Sam y Mayo começou o showcase do Easytiiger deixando tudo redondo pra bordoada que foi o set do Carlos Costa. Na pista azul, a dupla Angus foi da disco music ao novo R&B fazendo todo mundo rebolar, quando eu e Danilo assumimos o som apresentando os hits da próxima temporada. A Carol ainda entrou pra tocar com a gente e emendou bordoadas do BaianaSystem com “Could You Be Loved?”, Buraka Som Sistema e Edson Gomes, enquanto o Guab virava a pista do avesso com direito a um momento “All My Friends” delírio completo. As fotos da Natalia dão uma ideia da vibe da festa.

E a próxima já está marcada para o dia 10 de outubro. Aviso quando tiver novidades sobre local e novas atrações, mas já garanta sua presença.

Noites Trabalho Sujo de volta à Trackers!

trackers12setembro2015

Voltamos para mais uma edição do nosso experimento psíquico-social em que estimulamos a euforia, a autoestima e o bem estar através de ondas sonoras que fazem seres exaustos e entendiados, ansiosos por luzes no horizonte de sua alma, se mexerem em transe hipnótico e arrebatador. Nesta volta ao mítico prédio da Associação Brasileira de Empresários de Diversões no centro histórico da mais intensa cidade da América Latina, os pesquisadores Alexandre Matias e Danilo Cabral, do laboratório noturno Noites Trabalho Sujo, induzem o público cobaia a uma entrega total ao alto astral com a presença de ilustres convidados: a dupla Angus, formada pelos estudiosos da good vibe Gustavo Abreu e Andrey Bertella; os cientistas do instituto de aceleração de corpos Easytiiger Carlos Costa, André Palugan e Guto Nunes e o eminente acadêmico dos quadris Guab. A presença no experimento só pode ser confirmada mediante a participação por correio eletrônico no endereço noitestrabalhosujo@gmail.com até às 18 horas do 12 de setembro de 2015, data da atividade, e recomendamos chegar um pouco antes da meia-noite para evitar desconfortos na sala de espera vertical ao ar livre. Uma vez lá dentro, quem foi já sabe…

Noites Trabalho Sujo na Trackers
Lançamento da coleção de hits primavera/verão 2015 / 2016
Sábado, 12 de setembro de 2015
No som: Noites Trabalho Sujo (Alexandre Matias e Danilo Cabral), Guab ,Sam & Mayo (André Palugan & Guto Nunes), Carlos Costa e Angus (Gustavo Abreu e Andrey Bertella)
A partir das 23h45
Trackertower: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30 só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com (os 100 primeiros pagam R$ 20 pra entrar)

Hoje é dia de ecossistema singles: Assessoria de imprensa

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Nesta quinta é dia de mais mais uma edição da versão Singles do curso Ecossistema da Música, que coordeno no Espaço Cult. Filhote do curso O Ecossistema da Música no Século 21, a versão “single” das semanas de imersão no mercado da musica foca em apenas um assunto, com um único professor e em apenas um dia. A aula de hoje novamente é com a Piky deu de assessoria de imprensa no primeiro semestre. As inscrições podem ser feitas no site do Cult. Mariana “Piky” Candeias, grande amiga e profissional de primeira, já trabalhou com MTV, Warner, Abril Music, Trama, Deck e hoje segue carreira solo à frente de seu escritório Batucada Comunicação. E ela vem dividir sua experiência numa aula direta, concisa e super alto astral – como é a Piky. Segue a ementa do curso:

Divulgação e assessoria de imprensa para música

O curso tem como objetivo oferecer as ferramentas necessárias para que o aluno possa fazer um bom planejamento de divulgação, levando em conta não só os grandes veículos, mas também as redes sociais e internet. A situação da mídia atual e do mercado de música serão os principais pontos explorados nas aulas.

1) O novo ecossistema da mídia e o artista do século 21

Qual a situação da música na midia de hoje? Qual a diferença do impacto da divulgação nos veículos tradicionais, na internet e nas redes sociais? Onde estão, hoje, os formadores de opinião?

● A importância dos veículos tradicionais
● Como utilizar a internet e mídias sociais
● Qual é o papel dos blogs
● Como abordar um formador de opinião
● Qual jornalista tem a ver com que tipo de trabalho

2) O passo a passo da divulgação

Qual o momento certo de um artista ter um assessor de imprensa? Como começar a divulgar um artista na imprensa musical? Há um cronograma básico?

● A hora de começar a divulgação
● Como abordar o jornalista
● A importância de um release
● O CD como cartão de visita
● O papel das fotos de divulgação
● Como divulgar shows e lançamentos

O curso pode ser feito tanto por quem quer divulgar o seu próprio trabalho quanto para quem quer aprender mais sobre essa vertente da comunicação neste novo século. As inscrições podem ser feitas lá no site do Espaço Cult. Ou na hora, no próprio Espaço, que fica na Rua Aspicuelta, 99, na Vila Madalena, em São Paulo.

Os sete escolhidos para tocar no Rock in Rio

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O Miranda convidou o Marcelo (do Scream & Yell), Tony (do Tenho Mais Discos que Amigos) e eu pra escolher sete bandas na pré-classificatória de um concurso da Oi para colocar uma banda no palco do Rock in Rio e os escolhidos foram The Baggios, Camarones Orquestra Guitarrística, Nevilton, Camila Garófalo, Jéf, Molho Negro e Kid Foguete, que se apresentam ao vivo pela internet na tarde desta quinta para a semifinal que vai ser decidida entre o Kid Vinil e o Lucio Ribeiro. Tô na torcida por alguns aqui…