Abstinência digital
Bem boa a capa do Ilustríssima dessa semana, em que o compadre Cardoso vê-se obrigado a passar uma semana desconectado. Justo ele…
“Minha droga favorita sempre foi o e-mail. Não sei precisar quantos já escrevi no total, mas só de 2004 pra cá foram mais de 300 mil. Estimo que na época do “CardosOnline”, fanzine por e-mail (!) que editei entre 1998 e 2001, deve ter sido muito mais.
Eu passava de 8 a 10 horas por dia apenas lendo e escrevendo e-mails. A média caiu um pouco nos últimos anos, mas ainda hoje passo mais tempo lendo e respondendo e-mails do que fazendo qualquer outra coisa quando estou on-line. Até porque, no fundo, é como diz aquela gostosa canção cheia do groove sensual que exsuda dos muitos lábios de Janet Jackson: “You don’t know what you’ve got ‘till it’s gone” (algo como “você só sabe o que tem em mãos quando a coisa acaba”).
Uma semana sem internet. Tentei me lembrar das várias vezes em que isso devia ter me acontecido, mas não consegui. Muitos anos atrás, quando ainda existia uma separação bem visível entre os mundos on-line e off-line, era mais possível.
Internet só no computador, conexão discada, planos de horas (eu tinha 30 por mês). Atualmente, com internet sem limites no celular, no videogame, nos parques, restaurantes e até na geladeira, difícil é não estar conectado.
Quer dizer, difícil pra você. Pra mim beira o impossível.
A íntegra do texto segue no site da Folha e a foto que ilustra o post é a foto que o Cardoso tirou, via Instagram, da ilustração que o Laerte fez para seu texto – e que não sei porquê não está na versão online do caderno. Vacilo, ajeitem aê.
Tags: cardoso, folha de s. paulo, ilustrissima, internet