A tempestade de Bob Dylan

, por Alexandre Matias

Um disco forte, que termina com uma música dedicada ao Titanic e outra a John Lennon – escrevi sobre o novo disco do Dylan pro blog do Instituto Moreira Salles:

A carreira de Bob Dylan, 71 anos, pode ser vista como uma montanha russa de reviravoltas musicais e estéticas, com uma trajetória que vê seu protagonista sair do papel de enfant terrible da folk music nova-iorquina e se tornar a lenda viva da cultura do século 20. Neste percurso, reúne fãs e desafetos, seguidores e devotos, adjetivos e epítetos que o tornam uma figura dúbia e contraditória.

Mas esta versão é a de quem acompanhou sua biografia de perto, vendo-o converter-se ao Cristianismo para cantar gospel com propriedade, virando-se de costas para o movimento pelos direitos civis com uma guitarra elétrica em riste, trancando-se com a The Band em busca das raízes dos Estados Unidos. Mas se sua produção cultural for analisada como uma só – discos, singles, shows, filmes, livros e até telas -, percebemos que, em vez de capítulos isolados em determinados arcos ou períodos da carreira, temos um artista contando o impacto do século norte-americano no próprio país.

Segue lá.

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