Um clássico.
Aqui, ele fala com a imprensa no dia em que soube da morte de John Lennon:
Aqui, ele não agüenta – e se segura:
E aí?
O Torturra fez uma longa entrevista com o Amarante pra Trip (e botou fotos em seu Flickr). Nesse trecho ele fala do Los Hermanos:
Pergunto sobre isso porque já fui a shows do Los Hermanos e tinha hora que parecia o Menudo, gente se descabelando, um tipo de fã, ou fama, que vai além da mera exposição. Minha pergunta é: o fato de você ter visto isso acontecer mudou sua visão de como você entende a cabeça das pessoas?
[Pensativo] Eu não sei se mudou a forma como vejo o ser humano. Acho que, mais do que mudar a minha visão das pessoas, mudou a mim profundamente. Por causa da exposição. Você está aqui me entrevistando, e para mim é um exercício de expressão que tem a sua violência. Me obriga a ter clareza, a fazer algum sentido, me obriga a ser aberto, mas não ser bobo. O fato de ser famoso me fez aprender a lidar com isso, a saber no que acredito e no que eu não acredito. Essa é uma reação da interação que tenho com as pes soas, entendeu? Não posso acreditar quando um fã vem e diz que sou um gênio.Mas isso mexe com o teu ego?
Claro! É isso que estou te dizendo, o campo de ação disso é o ego. Então o crescimento que eu tive é por causa dessa violência com o ego, de ter que me entender através disso, de acreditar ou não no que está sendo dito por mim e sobre mim. Na imprensa ou num adolescente que fala alguma coisa. Então é um filtro ou uma espécie de espelho, totalmente imprevisível e louco. Acho que tive a oportunidade de crescer com isso desde os 21, quando comecei a subir em um palco para pessoas que pagaram um ingresso para me ver tocar.E os egos dentro da banda não entravam em conflito?
No Los Hermanos, isso foi uma coisa muito importante, a gente sempre teve uma postura entre nós muito franca e de questionamento de toda a estrutura do astro, da celebridade e de tudo isso. Sempre tivemos um pé atrás para observar essas coisas, dividir as nossas observações. Sem dúvida eu não estava sozinho nesse processo todo.Era uma boa turma?
Era uma ótima turma! E essa postura veio logo por causa de a trajetória do primeiro single, “Anna Julia”, ter sido aquele sucesso todo, a gente teve um choque de exposição muito grande. Então foi bom porque, na primeira tateada, a gente falou: “Opa, peraí, talvez isso aqui seja mentira”. Quando alguém nos dizia: “Ó, se você não for nesse programa de televisão, sua carreira está acabada”. Ou então: “Pro pessoal de determinado canal, sabe como é, não pode dizer não”, esse tipo de coisa. E a gente começou a falar: “Será isso? Vamos ver se é verdade?”. E começou a experimentar, e viu o que era e o que não era real. Aí, da mesma forma, isso se refletiu na relação com as pessoas, com os fãs. Estar no Los Hermanos me deu um pé no chão.E o que aconteceu com a banda? Foi uma separação tranqüila mesmo?
Foi. Porque, como eu falei, a gente sempre conversou. Quando a gente estava para fazer o quinto disco, não tinha repertório. O Marcelo [Camelo] e eu estávamos sem um grupo de canções que fosse substancial. No caso do Marcelo, eu sempre disse que ele tinha que fazer um disco sozinho, ele sempre teve várias músicas que não cabiam na banda, não combinavam com o formato, mas eram lindas. Só que ele nunca teve tempo, era sempre disco, turnê, disco, turnê, então vimos que era hora de fazer outras coisas.Para quem estava de fora, foi estranho, pois foi não só repentino mas no meio de uma fase muito boa.
A gente tinha contrato para entregar um disco, uma turnê pra fazer, o lance da máquina. No sentido comercial não fazia sentido. Mas nunca foi por causa disso que a gente fez música. Sem tesão não há solução, já dizia Roberto Freire. Então foi por causa da música… a gente não queria enganar ninguém. Se fosse assim a gente faria mais um disco, ganharia mais uma grana. Pode funcionar para outras bandas, mas para a gente não. Ainda mais com os fãs que a gente tem, que são incríveis, que têm a maior dedicação, o maior carinho. A gente não quis fazer qualquer coisa.E foi triste o último show?
Foi ótimo. Teve uma melancoliazinha, né? Uma estranheza de pensar: “Pô, a gente está aqui tocando e não sabe quando vai tocar de novo”. Mas é assim, cara, a vida é isso aí.
Mas tem mais aqui, ó. E aqui tem um videozinho com trechos de um show do Little Joy:
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Via Catatau.
E já no clima do terceiro show do Kraftwerk no Brasil…
Essa versão de “Robots” tá num disco de 1992 da Balenescu Quartet, da Romênia. O desenho do Super-Homem (Electric Earthquake) é do Max Fleischer, de 1942.
Help!, pra mim, é sinônimo de férias. Como os feriados de fim de ano são o mais próximo de férias que todo mundo pode ter hoje em dia, o 4:20 orgulhosamente apresenta, durante o fim de semana, o segundo filme dos Beatles. Obrigatório.
Songs for Drella – A Fiction foi o réquiem que Lou Reed e John Cale compuseram em 1990 para a passagem de Andy Warhol pro outro lado. Os dois não tocavam juntos desde o lendário concerto no Bataclan parisiense, em 1972, e resolveram deixar as desavenças de lado pra pagar tributo pro sujeito que bancou o Velvet Underground – lançando oficialmente suas carreiras (quer dizer, Cale já tinha história nas costas) O resultado é uma obra-prima e uma aula, um disco muito além da média do pra lá de medíocre ano em que foi lançado, composta apenas ao piano, viola e guitarra. O disco virou um vídeo na época e eu colei ele tá todo aí embaixo (as letras tão aqui).
“Small Town”
“Open House”
“Style it Takes”
“Work”
“Trouble with Classicists”
“Starlight”
“Faces and Names”
“Images”
“Slip Away (A Warning)”
“It Wasn’t Me”
“I Believe”
“Nobody But You”
“A Dream”
“Forever Changed”
“Hello It’s Me”
Aproveitando o papo sobre Lost iniciado no RadarPop, aproveito pra linkar a tal matéria da Superinteressante, em que o Versignassi parece ter levantado outra ótima lebre. Depois que o Carlão cogitou a possibilidade de a ilha se encontrar na parte de dentro do planeta Terra (!!), a nova teoria se baseia, principalmente, no filme que a dupla Lindelof e Cuse revelou na Comic Con passada. Teoricamente, a ilha serviria como uma base de experimentos de viagens no tempo e os passageiros do vôo 815 podem estar presos em uma outro tempo-espaço.
Mais: o misterioso Jacob pode ser ninguém menos que o próprio Locke depois de uma viagem no tempo (!! – veja a montagem acima). Boa especulação, mas só uma certeza: a quarta temporada já começou. E bem na época em que a caixa da terceira temporada chega ao Brasil – e aqui o Carlão dá uma geral nos extras e nos easter eggs.
E aqui embaixo, um dos teasers da quarta temporada, marcada pra fevereiro do ano que vem. Sente o clima.