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A vida é feita de escolhas e tive que ficar com o Planet Hemp a ir ao Morumbi ver a primeira apresentação que Dua Lipa fez de sua nova turnê no Brasil. E perdi a oportunidade de vê-la cantando músicas da Timbalada ao lado de Carlinhos Brown e Caetano Veloso. Mas a passagem de Dua Lipa pelo Brasil está rendendo para além desta primeira apresentação e falo mais sobre isso em breve. Mas será que consigo vê-la no Rio sábado que vem? Quem poderá cantar com ela nesse show? Façam suas apostas! Eu aposto no Gil!

#dualipa #caetanoveloso #carlinhosbrown #timbalada #morumbi

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Há pouco mais de um mês a dupla Magdalena Bay vem conduzindo um interessante experimento pop, lançando, quase semanalmente, duas músicas novas. Nessa sexta-feira eles chegam com mais duas (a doce “This Is The World (I Made It For You)” e a etérea “Nice Day”) que se juntam ao conjunto de seis músicas que lançaram há pouco tempo (pra quem não tá anotando, “Black-Eyed Susan Climb”, “Unoriginal”, “Paint Me A Picture”, “Human Happens”, “Second Sleep” e “Star Eyes”). Com oito músicas eles já têm um EP tranquilamente, talvez até um álbum, mas falta da um título comum que entrelace essas canções para além da estética visual, enunciada no clipe de “Second Sleep” e seguida nas artes de cada uma das músicas. Mas precisa ser uma obra conjunta? É uma fase de transição? Sobras do disco passado ou prenúncios de um novo álbum? Lançando músicas com pouco intervalo de tempo, os dois encontram uma forma esperta de manterem-se em público sem necessariamente estarem fazendo shows ou alimentando as redes sociais. É um bom teste sobre como mostrar um novo trabalho para seu público e tentar ampliá-lo sem precisar realizar um grande evento, como a expectativa do lançamento de um novo álbum ou nova turnê. O mais importante é que as músicas são boas e vasculham novos aspectos do universo musical da banda – elas são o centro dessa discussão, não há truque, gracinha ou sacada pra vender o que eles sabem e gostam de fazer.

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Courtneyzinha lançou single novo há um mês e não deu mais nenhum pio pra dizer se tem algo novo em vista ainda pra esse ano ou se só lançou “Stay in Your Lane” pra nos deixar pilhados em relação a 2026. E ela reforça o lançamento ao lançar um vídeo que fez numa sessão que gravou no estúdio do Levon Helm no fim do mês de setembro. Como essa mina é foda…

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Pulp no Tiny Desk!

Olha que maravilha esse Tiny Desk com o Pulp: além de reunir sua banda com direito a cordas e tudo, Jarvis Cocker ainda fez uma bela seleção pinçando músicas de diferentes fases da banda num minirrepertório que abre de forma surpreendente com “This is a Hardcore”, passa por uma das minhas favoritas da banda (“Something Changed”, que eles não têm vergonha de recomeçar depois de se confundir) e puxa uma do disco desse ano (“A Sunset”) e outra de um passado pré-britpop (“Acrylic Afternoons”). É pedir demais que o Pulp tenha ao menos um quinto da popularidade que o Oasis conseguiu em seu revival? Porque bagagem pra isso eles têm de sobra…

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“Elegante e brutal”: a descrição que John Cale fez no pacto com Lou Reed para criar o Velvet Underground, descrita no documentário com o nome da banda dirigido por Todd Haynes em 2021, mexeu com Charli XCX a ponto de, quando foi convidada para compor uma das músicas da trilha sonora da nova versão para o cinema de O Morro dos Ventos Uivantes (dirigida por Emerald Fennell, o mesmo de Saltburn), ela chamar ninguém menos que o próprio Cale para trabalhar junto. A descrição também serve para “House”, música que marca sua nova fase cinematográfica (ela está envolvida em oito – ! – longa metragens, além de ter hypado sua conta no Letterboxd) e que ela revelou essa semana e que consagra sua parceria com o mestre do Velvet Underground e que é o avesso de sua fase dance, eternizada com o Brat que marcou o ano passado. Fino demais.

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Às vésperas de completar o aniversário de um ano do lançamento de seu primeiro disco, Muitos Caminhos Prum Lindo Delírio, a banda paulistana Miragem resolveu fazer um evento para consolidar as versões alternativas conduzidas pelo grupo em suas festas particulares, quase sempre conduzidas pela líder da banda, a guitar heroine Camilla Loureiro, assumindo as músicas ao piano. “Tantas vezes vi Camilla desconstruir e reconstruir as canções do disco ao piano, floreando e dramatizando os arranjos conforme ditava o clima e o grau de embriaguez dos presentes ao redor…”, explica Mariana Nogueira, que começou na banda cuidando da parte de audiovisual e entrou para o grupo em alguns shows como tecladista. Ela idealizou a ideia de uma sessão audiovisual de aniversário, que estreia nesta quinta-feira e que o grupo antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo. Serão quatro músicas que compõem Outros Delírios (Fim de Festa): “Ócio”, “Apelo”, “Nada é Urgente” e a faixa-título, escolhida para ser mostrada antes do lançamento. Continue

TV Clara Bicho

A sensação indie Clara Bicho vai encerrando um bom 2025 já pensando nos planos pra 2026, mas antes lança mais uma música nova, que vem acompanhada de seu primeiro clipe, que antecipa em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. “Confesso que no início fiquei meio perdida porque nunca tinha gravado nada desse tipo, mas a Mariana Barbosa e a equipe da produtora Slimbi foram muito prestativos e me ajudaram a me entender na gravação”, diz a it girl mineira, que surge no clipe fazendo o papel de si mesma dando uma entrevista ao programa que batiza a nova música, “Telejornal Animal”. Assim ela reforça a ideia no título de seu primeiro EP, Cores na TV, da televisão como uma mídia retrô, ultrapassada e, por isso mesmo, digna de ser revisitada. Foi um jeito que ela encontrou de ampliar também seu universo imaginário, essa psicodelia light via Hanna-Barbera que vem estampada em suas ilustrações: “Parece que, nesse clipe, eu tinha entrado na minha cabeça, com meus personagens, cores e cenários vivos”, explica.

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Big day coming!

Yo La Tengo e Stereolab num mesmo domingo foi um presente que a Balaclava deu aos indies brasileiros que poucos poderiam esperar – e pelas apresentações que os dois grupos já estão fazendo pelo continente vai ser uma noite de chorar. Continue

Vocês estão acompanhando a ascensão do Geese? A banda nova-iorquina existe há quase dez anos, mas só após o lançamento do primeiro disco solo de seu vocalista Cameron Winter, Heavy Metal, no fim do ano passado, começou a chamar atenção da mídia alternativa nos EUA, que começou a perceber que a banda vinha conquistando um público cada vez maior com músicas longas e difíceis, um vocalista de timbre estranho, um baterista animal e apresentações fulminantes. Seu quarto e recém-lançado disco, Get Killed, está dividindo opiniões entre as pessoas que não acham que eles sejam tudo isso, gente que tem certeza que eles são os próximos Strokes e outros que acham que a banda é uma armação. O fato é que eles são a primeira banda da geração Z a ganhar destaque nos Estados Unidos e isso conversa com um movimento que está acontecendo no mundo todo – novos adolescentes que, um pouco antes ou durante a pandemia, descobriram o prazer de tocar juntos sem que isso fosse pensado como uma carreira formal ou uma forma de ganhar dinheiro – e a energia desse encontro atrai cada vez mais gente da mesma faixa etária encantada com esse superpoder que é ter uma banda de rock que parece ter caído no esquecimento do mercado e da mídia. É o mesmo movimento que tenho registrado aqui no Brasil no Inferninho Trabalho Sujo, uma das inúmeras iniciativas – entre selos, casas noturnas, festas, sites e fanzines – que tentam acompanhar essa novidade que a mídia convencional literalmente ignora. O disco novo não me bateu tanto quanto o solo de Cameron, mas o caso do Geese não é só questão de gosto: eles estão cada vez mais populares e o hype tem gerado notícias constantes sobre o grupo, que acaba de gravar uma improvável versão para o único hit dos New Radicals, “You Get What You Give”, na rádio BBC. Dá uma sacada… Continue

O Radiohead deu início à sua volta aos palcos com o primeiro dos quatro shows que fará em Madri, na Espanha, nesta terça-feira – e o grupo inglês não economizou no repertório, dando uma bela geral em diferentes fases de seu repertório com ênfase em seus maiores clássicos – OK Computer, In Rainbows e Kid A -, além de erguer Hail to the Thief a essa estatura, tocando a mesma quantidade de músicas (seis) que seu disco de 1997 (tanto In Rainbows quanto Kid A vem com apenas quatro cada). Embora não trouxesse nenhuma grande surpresa (tirando “Sit Down, Stand Up”, que não tocavam há mais de vinte anos, e “Subterranean Homesick Alien”, pela primeira vez desde 2017), o grupo fez bonito ao escolher “Let Down”, favorita da geração Z, para começar o show. E algo me diz que eles vão mudar radicalmente o repertório a cada apresentação. Já o segundo show do Radiohead em Madri – o segundo show de sua volta aos palcos desde 2018 – seguiu o padrão que parecia desenhar desde o primeiro, com o grupo desfilando canções de diferentes fases de sua carreira, como se a turnê fosse uma versão viva de uma coletânea de greatest hits que o grupo nunca quis lançar: afinal, a caixa com os seis primeiros álbuns e a coletânea The Best of Radiohead, ambas de 2008, foram lançadas pela antiga gravadora do grupo à sua revelia, para pegar carona no sucesso do primeiro disco independente do grupo, o “pague o que quiser” In Rainbows. Em vez de uma tentativa versão definitiva do que seria o melhor do grupo transforma-se num espetáculo em movimento, desta vez com mais músicas do In Rainbows do que os outros discos e o segundo álbum, The Bends, vem com bem mais músicas que o show anterior, que só trouxe uma desse disco – e agora empata com o número de músicas do OK Computer, ambos com quatro. Dos dois primeiros o grupo pinçou “Jigsaw Falling Into Place” e do segundo “(Nice Dream)”, músicas que não tocavam ao vivo desde 2009. A banda ainda comemorou o aniversário do guitarrista Jonny Greenwood no palco. Nas duas últimas noites, dias 7 e 8, as novidades foram a volta de “Just” para o repertório ao vivo na sexta-feira, e a estreia de “Optimistic” no show de sábado. A próxima etapa da turnê são quatro shows na Itália a partir da próxima sexta. Felizmente alguns heróis filmaram o show na íntegra – e dá pra assistir aí embaixo: Continue