
Mais uma vez, meu comentarista político favorito:

Enquanto a terceira temporada de Black Mirror não dá as caras, ficamos com um especial de natal com Jon Hamm, Rafe Spall e Oona Chaplin, numa trama que mistura, pra variar, tecnologia, paranóia e (in)segurança, com aquele clima irônico e amargo típico das produções de Charlie Brooker.
O programa vai ao ar na semana que vem. E se você ainda não viu o Além da Imaginação de nossa era, faça-se esse favor…

O Cunha Júnior do Metrópolis saiu na rua pra perguntar se o pessoal reconhecia o disco novo do Pink Floyd, Endless River, e me chamou pra perguntar o que tinha achado do disco.


Cerimônias de premiação transmitidas para milhões de pessoas servem como termômetro para o mercado que gira em torno dos indicados e vencedores da noite. O American Music Awards, como muitos outros, é apenas isso: uma vitrine dos principais nomes que movimentam o mainstream no pop americano. Este vem passando por uma fase ótima, conseguindo reciclar-se e trazer novos nomes à baila que pouco se escoram em sonoridades do passado, buscando sua própria voz num tempo em que a internet é mais importante que o rádio para o mercado de música.
Alguns dos shows da edição de 2014 do prêmio, que aconteceu no último domingo dão uma amostra de como o mercado fonográfico está conseguindo recuperar o nível artístico que parecia perdido após o embate com a internet, há 15 anos – conseguindo fazer música pop com um mínimo de tutano. Essa dobradinha entre a Ariana Grande e o The Weeknd, desacelerando o hit “Problem”, é um ótimo exemplo disso:
Outro bom exemplo foi a apresentação de outro dos grandes hits do ano, “Fancy”, com a australiana Iggy Azalea, que chamoy sua parceira na faixa, a inglesa Charli XCX, para dar uma palhinha:
A norte-americana Taylor Swift, atual rainha do pop de seu país, cumpriu seu papel à risca:
E a neozelandesa Lorde, uma espécie de contraponto indie-nerd de Taylor, mostrou sua “Yellow Flicker Beat” pela primeira vez ao vivo:
Rolaram vários outros shows, mas esses quatro mostram que aos poucos o mercado parece ter voltado a entender que o que as pessoas querem ouvir é música. E é interessante notar que a presença feminina é cada vez mais a regra, virando a mesa do mercado em termos de gênero.

Faz tempo que eu não falo de séries aqui, né? Chegou a hora – pois o episódio da semana passada de Agents of S.H.I.E.L.D. justificou a existência da série, literalmente. Pois foi foi no episódio “The Writing on the Wall” que eles fecharam a dúvida que deu origem ao seriado (como o Agente Coulson ressuscitou?) ao mesmo tempo em que decifraram o “código secreto” que inventaram no início dessa temporada de forma bem interessante. Resta saber o que acontece a partir dessa semana, quando, como foi aventado no início desta fase, parece que a senhorita Carter, ex-namorada de Steve Rogers (o Capitão América) na Segunda Guerra Mundial, volta a participar do seriado, antecipando o que pode ser o primeiro filme da Marvel estrelado por uma heroína (Agente Carter?).
O interrogatório acima também faz referência aos “visitantes” que podem ter dado origem ao universo Marvel como o conhecemos no cinema (e estar ligado tanto ao supersoro do Capitão América quanto ao projeto Taiti que, além de reviver Coulson, também pode estar associado à origem de outro grupo de heróis da editora, cujo filme já foi anunciado, Os Inumanos).

“Eles certamente não são desconhecidos, mas é um conjunto de livros que acho que todos se beneficiariam de sua leitura”, explicou o produtor e roteirista Jonathan Nolan em entrevista ao site Indiewire, referindo-se a um dos maiores clássicos da ficção científica, a trilogia Fundação, escrita por Isaac Asimov. O site Wrap confirmou que o irmão de Christopher Nolan, que já está desenvolvendo um remake para o clássico robô Westworld, de Micharl Crichton, junto à HBO, irá transformar a saga de Asimov em seriado através da grife da emissora. Fundação quase foi adaptado há alguns anos, quando a Sony incumbiu Roland Emmerich de tentar transformar em filme a história do psicohistoriador Hari Seldon que prevê a decadência do Império Galático e o início de uma era de trevas de 30 mil anos e refugia-se com outros artistas, intelectuais e engenheiros no planeta Terminus, para tentar criar uma sociedade que sobreviva a um futuro nada otimista.

Há muito tempo o Adult Swim não mandava uma bola tão dentro quanto essa pequena obra-prima chamada “Too Many Cooks” – uma longa introdução para um seriado fictício dos anos 80 que consegue funcionar como uma homenagem estética àquela década de plástico, com certa ênfase na bad vibe mais pro final. A cada minuto que você acha que conseguiu entender a piada, ela vem e te vira do avesso mais uma vez…

O pessoal da TV Cultura colocou no ar a íntegra da boa tarde que passei com a Roberta Martinelli em seu Cultura Livre, quando eu falei das coisas de sempre – música brasileira, cultura independente, tecnologia e internet e jornalismo – veja só:
