Episódio fraco, provavelmente por ter sido a estréia de Ron D. Moore na direção, The Disquiet Follows My Soul fez Battlestar Galactica voltar àqueles momentos de muita falação, política e movimentação interna – seria um episódio normal caso acontecesse em temporadas anteriores, mas com apenas nove episódios para a série terminar de vez, pode ser classificado como uma senhora encheção de lingüiça. Continuamos acompanhando a decadência das autoridades de Roslin e Adama ao mesmo tempo em que descobrimos que o filho de Tyrroll não é um cylon e que o bebê de Saul e Six pode ser o primeiro de “nação cylon” (ecoando referências à nação ariana que o nazismo aspirava). Nada sobre o quinto cylon (uma bola fora do jovem Adama, mas dita sem contexto – quando ele soube que Ellen era o cylon final? – e sem desdobramento no próprio episódio), nada sobre a mitologia, sobre o cataclisma nuclear na Terra ou sobre pra onde a frota está indo. Fora isso, o segundo episódio da safra final do seriado pode ser resumido em algumas poucas cenas e em um único fato: vem um motim aí. Mas não precisava gastar tanta película para contar isso. E agora faltam só oito episódios pra tudo acabar.
Falando nisso, o Delfin que veio com uma boa teoria sobre o final de Battlestar (mas não postou… Tsc): que a série é sobre o fim da humanidade e que o tal “The Plan” dos cylons alardeado desde o primeiro episódio é simplesmente matar todo mundo. Faz sentido e é algo tão ousado quanto os movimentos já propostos pela série. Mas pode dar uma impressão de deus ex-machina (tipo “era tudo um sonho”) pro final da série que eu acho que pegaria malzaço – incluindo para a audiência dos subprodutos já agendados (o longa The Plan e a série Caprica).
So say we all.
Ana que mandou.
Falando em séries, quarta tem…
Doczinho de vinte minutos que fizeram sobre a quinta temporada do seriado. Cuidado que tem spoilers, hein…
Na trilha rola MGMT, Killers, Arctic Monkeys e Ting Tings! Dica do Carlão.
O de hoje é o nono antes de tudo acabar!
Passagem de som do Saturday Night Live e o ator Jorma Taccone estraga todo o clima…
“Look, everything is going to make sense. I promise”
Os dois primeiros episódios da quinta temporada de Lost foram ao ar ontem – nos EUA e para todo o planeta, afinal, vários sites de retransmissão de sinal de TV sintonizaram na ABC americana, fazendo com que tanto “Because You Left” e “The Lie” fossem exibidos em tempo real para o mundo todo. Mas os torrents demoraram a cair na rede: o primeiro a aparecer foi o do segundo episódio, às três da madruga, e o primeiro mesmo só foi dar as caras hoje pela manhã, às sete.
Na verdade, os dois podem ser vistos com um mesmo episódio – mais extenso para dar tempo para o público reassimilar as peças. A quinta temporada já começou com personagens novos, velhos conhecidos dando as caras em momentos inesperados, gente saindo do túmulo, Richard Alpert, sangue, ameaça de decaptação, viagens no tempo, um acidente de avião (outro?), Iniciativa Dharma nos anos 70, tiros, tensão, flechas, teorias científicas sem tempo para serem discorridas, correria, fugas, mortes, e, sim, algumas explicações, ainda que superficiais. Nada muda muito depois das duas horas de ontem pra hoje: os dois episódios serviram só para reaquecer a audiência e fazê-la retomar o ritmo do final do ano passado.
Mas o melhor é o Hurley querendo convencer que não é louco com essa história:
“Okay. See we did crash. It was on this crazy island. We waited for rescue, but there wasn’t any rescue. And then there was a smoke monster and these other people on the island. We call them the Others. And they started attacking us. And we found some hatches. And there was a button you had to push every 108 minutes or…Well, I was never really clear on that. But the Others didn’t have anything to do with the hatches, that was the Dharma Initiative. They were all dead, the Others killed them. And then they were trying to kill us. And then we teamed up with the Others because worse people were coming on a freighter. Desmond’s girlfriend’s father sent them to kill us. So we stole their helicopter and we flew to their freighter, but it blew up and we couldn’t go back to the island because it disappeared. So then we crashed into the ocean and we floated there for awhile until a boat came and picked us up. By then there was six of us. That part was true. But the rest of the people who were on the plane, they’re still on that island”
E pra provar a minha teoria que os dois episódios funcionam como um só, perceba que as grandes revelações acontecem no começo do primeiro e no final do segundo – e com uma mesma frase.






