Minhas férias: Pixies – “I Bleed”

Chromeo em São Paulo

E o show dos caras foi animal, olha os vídeos que eu fiz…


“Outta Sight”


“Bonafide Lovin'”


“Don’t Turn the Lights On”


“Tenderoni”


“Night by Night”


“Fancy Footwork”

O papo é que eles voltam no ano que vem pra tocar em mais de uma cidade. Aê Lucio!

“Sunny days… Happy times…”

Fico quatro dias fora de novo – e só volto na quarta-feira. Deixo-lhes com a Margo Guryan aqui no meu som.

Sunny days, happy times
Take a picture so we can remember
The way it feels to love each other
Just in case of cloudy days to come

See the smile on my face
Take a picture so we can remember
The things you do to make me smile this way

Ask a stranger to take a picture
We should have one side by side
Look at me, and say `I love you’
Aren’t I the picture of pride

Sunny days, happy times
Take a picture so we can remember
The things we share, the dreams we’re dreaming of
Come and take a picture of love

Juízo, hein. E até.

Vintedez?!

E por falar no Ronaldo, vale lembrar que estamos às vésperas do lançamento do sucessor do Comentando Lost, cujo primeiro teaser foi gravado no Rio de Janeiro, semana passada, quando nos encontramos nos bastidores de evento de TV. No vídeo acima, dá para decifrar algumas frases como “olhando o pop cara a cara” e “esse é o primeiro Vintedez”, que darão o tom do novo negócio. Esperem aí.

La Maroquinerie, Paris

Esse La Maroquinerie que eu linkei no post sobre a Céu e o Martinho da Vila é uma casa noturna exemplar em Paris, onde assisti ao show do Bloody Red Shoes (vídeo acima) que eu falei na terça. Fica num minicomplexo todo bonitinho (ah, Paris…) escondido numa rua que parece uma Teodoro Sampaio que fica bem vazia de noite. Num corredorzinho de nada, você entra numa espécie de vilinha que tem uma área de convívio a céu aberto e um lugar em que dá pra comer um lanche rápido, tomar um café ou comer um prato pequeno. Os shows começam cedo (às oito) e às dez e meia o lugar já está vazio. O palco fica em uma portinha pequena que leva a um enorme porão, que tem sua base inclinada – de forma que os artistas ficam no centro de uma espécie de teatro grego (imagine a metade do teatro do Sesc Pompéia só que com a metade da lotação). Todas as luzes ficam no palco – os artistas estão quase em cima do público. É um lugar feito para artistas de pequeno e médio porte, perfeito para os novos tempos. Achei uns showzinhos filmados na casa pra dar uma idéia do clima… Gente do tamanho do Datarock, Battles, General Elektrics, Bon Iver, Janelle Monàe, Why?, Radio 4, Joakim, J-Rocc, Little Joy, e até artistas que depois cresceram, como o Peter Doherty e a Katy Perry. Saca só:

Isso tudo pra falar três coisas: 1) São artistas deste porte que irão movimentar o mercado de música do futuro, quem crescer muito mais do que isso vai ter que lidar com publicidade, marketing e contas que vão além da música – de vez. 2) Por que São Paulo não tem mais espaços deste tipo? e 3) Quando for a Paris, dê um pulo no Maroquinerie. Depois conta.

E por falar no Neu…

Nesta sexta tem Gente Bonita no clube do Dago e do Gui pela primeira vez. Aí em cima tem um vídeo direto da cabine de comando GB durante a festaça que rolou no Rio no mês passado. Sexta eu volto a lembrar, mas deixa marcado aí na agenda.

Vem aí o disco novo do Of Montreal

Chama-se False Priest e sai em setembro, mas uma música já está disponível – a mesma “Coquet Coquette” que eu assisti no show deles ano passado, em Nova York. A música praticamente não mudou nada do palco pro estúdio, se liga.


Of Montreal – “Coquet Coquette” (MP3)

E que tal Of Montreal no Terra, hein? Prum festival que já confirmou Passion Pit, Phoenix e Hot Chip, o grupo de Kevin Barnes cairia como uma luva nesta escalação.

Midnight Juggernauts em São Paulo


Midnight Juggernauts – “Shadows”

Fui no show do trio australiano Midnight Juggernauts, que tocou no Hot Hot, no centro de São Paulo, no final de abril. E ao contrário do que eu previa, o fato de um show de rock – digo, baixo, bateria e… teclado – acontecer em um clube para DJs não foi um problema. Dava para assistir à apresentação de vários pontos diferentes da casa. O preço do ingresso deve ter ajudado a diminuir a lotação (medida de contenção?), mas o lugar encheu sem lotar. Subi os vídeos no YouTube há um tempão e fiquei enrolando pra publicar aqui. Olha eles aí.


Midnight Juggernauts – “Road to Recovery”


Midnight Juggernauts – “Ending of an Era”


Midnight Juggernauts – “Tombstone”


Midnight Juggernauts – “Into the Galaxy”

Brainstorm sobre o fim de Lost: “Sea of Love”, Cat Power

Eu sei, eu sei, eu tou vendo coisa até onde não deve…

Jonathan Richman em São Paulo


Jonathan Richman – “Cosi Veloce!” / “Let Her Go Into The Darkness”

Aproveito a deixa do Coachella do Bruno para falar de dois shows que vi nas últimas semanas. O primeiro foi o de Jonathan Richman, pai dos Modern Lovers, um dos sujeitos responsáveis por manter acesa a tocha do foda-se entre o Velvet Underground e os Ramones no início dos anos 70. Desde os Modern Lovers – e isso faz teeeempo -, que o sujeito não volta ao rock de verdade, preferindo ficar na posição de trovador ao violão, cantando músicas próprias e alheias ao violão como um velho bardo da Idade Média enquanto se dirige ao público batendo papo o mesmo tanto que toca música. Além do inglês nativo, Richman já gravou em francês, italiano, espanhol e hebreu, e ele curte a conversa com sua platéia enquanto se apresenta ao lado do baterista Tommy Larkins. Eu já tinha visto o sujeito se apresentando nesse formato em Paris, cidade em que ele tem um culto forte, e o clima de reencontro pairava mais sobre o show do que qualquer outro – eram fãs revendo o velho ídolo de sempre, as músicas completadas pela audiência como um diálogo (veja versão que filmei de “I Was Dancing in a Lesbian Bar“, com um clima quase um karaokê de turma), quase todo em francês. Por isso fiquei curioso – e um tanto quanto cético – quando soube que Richman viria ao Brasil e estava sendo vendido como um velho ídolo punk. Além de ser o oposto do tipo de apresentação que ele faz hoje, some-se a isso o fato de que ele não sabia falar a nossa língua e pronto, tínhamos uma receita para uma falha de comunicação – e não para um diálogo.


Jonathan Richman – “Blowing in the Wind” / “I Was Dancing in a Lesbian Bar” / “Pablo Picasso”

Não que o show não tenha sofrido com isso, mas o atrito foi bem menor do que o possível – e em grande parte devido à benevolência do público, disposto a cooperar. E foi preciso que Richman enrolasse a letra de “Blowing in the Wind” para que os presentes entendessem a lógica do show. Desculpando-se por não falar português com frequência, Richman compensava a falta de entrosamento racional com dancinhas e cocalhos, numa tentativa ridícula – mas felizmente eficaz – de conectar-se com o público. Em vinte minutos todos já tinham entendido qual era – e depois de mais uma hora Richman fechou o show como se estivesse se despedindo de um público que já conhecia faz tempo.


Jonathan Richman – “Arrivederci”