Todo o show: Blur ao vivo em Santiago, 2015

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O grupo inglês Blur esteve em plena turnê pela América do Sul essa semana: fez show no Chile semana passada e dois na Argentina e agora volta ao hemisfério norte pelo México e depois para os EUA – e nenhuma alma brasileira se dignou a trazer o show pra cá. Nos resta nos conformar com o vídeo com a íntegra do show em Santiago, cujo setlist vem a seguir.

“Go Out”
“There’s No Other Way”
“Lonesome Street”
“Bedhead”
“Ghost Ship”
“Coffee & TV”
“Out of Time”
“Beetlebum”
“Thought I Was a Spaceman”
“Trimm Trabb”
“For Tomorrow”
“Tender”
“Parklife”
“Ong Ong”
“Song 2”
“To the End”
“This Is a Low”

Bis
“Stereotypes”
“Girls & Boys”
“The Universal”

Todo o show: Toro y Moi ao vivo na KEXP, agosto de 2015

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Mais um curto show gravado na rádio de Seattle KEXP registra a banda de Chaz Bundick em seu 2015 solar, quando seu líder e vocalista assume as guitarras leves e sinuosas acompanhadas pelo característico teclado oitentista e um baixo pesado que formam a aura psicodélica e juvenil do delicioso What For?, um dos grandes discos desse ano. Entre as músicas, o papo com o homem Toro y Moi foi de Uber à série The Wire e sua banda foi intimada a tocar os temas de Beavis & Butt-head e Seinfeld no papo entre as quatro músicas, todas do disco desse ano: “Empty Nesters”, “Buffalo”, “Lilly” e “Half Dome”.

Delírio

Todo o show: Built to Spill ao vivo na KEXP, 2015

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Uma apresentação curta, quatro músicas apenas, mas que são suficientes pra banda de Doug Martsch dar conta do recado nesse show ao vivo na rádio KEXP.

Todo o show: o primeiro show acústico do Wilco pra download

Wilco-Solid-Sound

Não agradeça a mim, agradeça ao já clássico blog NYC Taper, responsável por registros piratas dos grandes autores indies de nossa época. Desta vez coube ao site registrar a íntegra do primeiro show acústico da história do Wilco, que o grupo fez no fim do mês passado, na edição deste ano de seu evento pessoal Solid Sound Festival. Eles separaram a faixa “Hesitanting Beauty” em que Jeff Tweedy festejou o casamento gay no meio da canção.

O show inteiro (setlist a seguir) pode ser baixado aqui e a foto que ilustra o post é de Robert Loerzel, da Underground Bee.

Todo o show: A volta dos 13th Floor Elevators, 50 anos depois

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Um dos grandes nomes da psicodelia norte-americana, o grupo 13th Floor Elevators nunca havia se apresentado ao vivo depois de 1969, mas o festival Austin Psychic Fest (que agora chama-se apenas Levitation) conseguiu reunir a decana banda para comemorar seu aniversário de meio século em um de seus palcos. E uma alma caridosa filmou todo o histórico show, abaixo:

Todo o show: Blur ao vivo em Nova York

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E como fez em Londres há um mês e meio, o Blur foi para Nova York fazer um show pequeno, no Music Hall of Williamsburg, no Brooklyn, na primeira sexta deste mês. Lá, o grupo inglês mostrou basicamente todas as músicas de seu disco deste ano, The Magic Whip, em versão ao vivo, mais alguns brindes (“Beetlebum”, “Trouble in the Message Centre” e “Song 2”, todas no bis) como havia feito na Inglaterra. Compilei os vídeos a seguir:

Todo o show: Blur ao vivo no Canal Plus em Paris, 2015

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E ainda falando no Blur, é tão bom ver que o grupo inglês está fazendo toda sua maratona de divulgação de seu novo Magic Whip com as músicas deste disco, em vez de usar o novo lançamento apenas como deixa para regurgitar hits do passado. Semana passada eles passaram por Paris, onde gravaram todo um show – cheio de músicas novas – para o Canal Plus francês – e a emissora disponibilizou a íntegra da apresentação do grupo no programa Album de la Semaine.

Album de la semaine du 02/05 – Blur
Blur – Mirrorball – Le live du 27/04
Blur – I broadcast – Le live du 27/04
Blur – Go out – Le live du 27/04

Mas eles não são xiitas do disco novo e inevitavelmente tocaram músicas do passado, como a óbvia “Girls and Boys” e a excelente “Trouble in the Message Centre”, que o grupo não tocava ao vivo desde os tempos do Parklife e parece ter voltado ao repertório no novo show.

Blur – Girls and boys – Le live du 27/04
Blur – Trouble in the message centre – Le live du 27/04

Todo o show: B-52’s ao vivo em Boston, 1979

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Do nada, o B-52’s desenterrou esse show que fizeram no dia 24 de agosto de 1979, no Berklee Center de Boston, para relançá-lo pela Rhino. A banda explicou o contexto do novo lançamento em sua página do Facebook:

“Abrimos pro Talking Heads apenas seis semanas depois do nosso primeiro disco ter sido lançado. Estávamos um pouco com medo do público, por isso mantivemos nossas cabeças baixas e com foco (…) Ricky estava tão afiado na guitarra – tão intenso – e era tão cru e vivo, amamos.”

O disco será lançado este mês, mas dá pra ouvir aí embaixo:

Todo o show: Blur tocando a íntegra do Magic Whip para 300 pessoas

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Postei lá no meu blog do UOL a íntegra do show que o Blur fez na sexta-feira para 300 fãs e que transmitiu ontem à tarde pelo YouTube: Blur pega o mundo de surpresa e lança online disco que “só” 300 ouviram.

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Protagonista das guerras do Britpop nos anos 90, o Blur é uma das bandas inglesas mais importantes dos últimos 25 anos. Não só por engalfinhar-se na teatral briga com o Oasis durante a última década do século passado, mas também por fotografar como poucos as mudanças de comportamento e do inconsciente coletivo de seu país. Nascido em plena era indie dance (quando apareceu com o irresistível hino de pista “There’s No Other Way”), o Blur traduziu perfeitamente as alegrias e anseios ingleses dos anos Blair na tríade Modern Life is Rubbish, Parklife e The Great Escape, além de cantar sob à sombra americana em sua tríade final (Blur, 13 e Think Tank). Em 2004 seu guitarrista Graham Coxon abandonou a banda, que manteve-se apenas como pessoa jurídica, sem gravar ou fazer shows até 2009, quando Coxon voltou à formação e a banda voltou a excurisionar e até a gravar duas músicas inéditas.

Mas não havia sinal de discos novos, até agora. 2015 começou com a notícia que a banda já havia gravado um novo disco no ano passado – em Hong Kong! – e que o disco sairia no próximo mês de abril.

O anúncio surpresa não é mais novidade nesta segunda década do século 21. Cada vez mais artistas vêm preparando novos discos completamente na surdina para tomar o mundo de surpresa com sua nova aparição. Uma tendência que começou com o Radiohead em 2007 e continuou mais recentemente com lançamentos de pesos pesados como Daft Punk, David Bowie, My Bloody Valentine, Beyoncé e os Racionais MCs. Quando menos se espera, vem a notícia de que o disco novo de um grande artista não só está pronto como já pode ser ouvido e na íntegra. Foi uma alternativa que diferentes nomes estabelecidos no mercado de música encontraram para conseguir capitalizar a própria reputação em centro das atenções de uma paisagem cultural cada vez mais intensa. Em vez de dourar o título lentamente – anunciando as gravações, o fim das gravações, a masterização, o título, a capa, a data de lançamento, o primeiro single -, estes artistas preferiram juntar o impacto de todas essas informações ao mesmo tempo e pegar o público de surpresa.

Cada um utilizou um método. O Radiohead, com seu In Rainbows em 2007, anunciou que tinha acabado de gravar o disco uma semana antes de colocar o álbum pra download gratuito, lançando a lógica do “pague o quanto quiser” que o grupo abandonaria no disco seguinte. O Daft Punk usou um trecho instrumental da música “Get Lucky” em dois comerciais – um na TV e outro em um festival – para anunciar que estava voltando, revelando, aos poucos, e em menos de um mês, que o disco teria uma série de participações especiais ao mesmo tempo em que iam mostrando a totalidade da primeira música, que tornou-se um dos singles do ano graças a esse conta-gotas. David Bowie saiu da reclusão com um clipe e o anúncio de um novo disco em dois meses. O My Bloody Valentine, sem gravar desde 1991, anunciou o novo disco alguns dias antes de colocá-lo à venda pela internet. Beyoncé esperou listas de melhores do ano saírem no início de dezembro de 2013 para anunciar seu disco homônimo, que além das canções, ainda trazia um clipe para cada música.

No período em que desativou o Blur, seu líder Damon Albarn experimentou diferentes rumos na música. Montou bandas diferentes com músicos improváveis: com o baixista do Clash Paul Simonon, o guitarrista do Verve Simon Tong, o baterista do Fela Kuti Tony Allen criou o The Good the Bad and The Queen; com o mesmo Allen e o baixista do Red Hot Chili Peppers Flea montou o Rocket Juice and the Moon. Além disso gravou discos com músicos africanos, montou três óperas, lançou seu primeiro disco solo sem deixar de lado o projeto Gorillaz, a banda de desenho animado que inventou com o criador da Tank Girl Jamie Hewlett.

Os experimentos pop anteriores de seu líder e o anúncio-surpresa do novo disco indicam que o Blur está experimentando também com o lançamento de The Magic Whip. A gravação do disco em Hong Kong não é o único flerte com o público consumidor oriental – a capa do disco vem escrita em chinês. A banda também começou a liberar músicas aos poucos em vídeo pelo YouTube para o público (outra tendência atual, bem mais aceita entre artistas de menor porte) antes do lançamento oficial do disco, mas no fim de semana passado ousaram com uma novidade que será consagrada nesta quarta-feira, dia 25, quando o grupo mais uma vez usa o YouTube como plataforma de lançamento do disco, que será finalmente conhecido pelo grande público após ser apresentado a um pequeno séquito de fãs na sexta passada.

No último dia 20, o Blur reuniu 300 fãs para um show em que tocaram apenas a íntegra do novo disco. Imagine a felicidade deste fã: ver sua banda favorita tocando músicas que nunca ninguém fora do círculo interno da banda ouviu. Mais do que um teste de mercado é um teste de fidelidade – referendado pelo fato de nenhum vídeo da apresentação de sexta-feira passada ter aparecido online. Não sei se os fãs assinaram um contrato de confidencialidade ou apenas assentiram a um pacto de sigilo informal feito com a banda, mas o fato é que ninguém mais assistiu àquele show. Até amanhã.

Nesta quarta-feira, dia 25, o Blur exibe a íntegra de seu novo disco ao retransmitir o show de sexta-feira através do canal do YouTube do Beats By Dre (sim, aquela marca de headphones do Dr. Dre que foi comprada pela Apple). O show será transmitido às 8 da noite em Londres, cinco da tarde no horário de Brasília.

Quando terminar a quarta-feira, o Blur terá feito o mundo inteiro ouvir seu novo disco sem que ele tenha vazado anteriormente. E tocado ao vivo, em vez de ouvido apenas gravado. Tenho a impressão que é a primeira vez que isso acontece.

Muito esperto, esse Blur… E acho que isso é só o começo desta brincadeira.

Todo o show: Metronomy ao vivo na rádo Kexp, 2014

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A rádio KEXP, de Seattle, acaba de publicar a íntegra da apresentação que o Metronomy fez nos estúdios da emissora há exatamente um ano. O reportório, claro, ficou em cima do disco Love Letters – um dos melhores discos do ano passado -, que ainda não havia sido lançado, com um tratamento mais intimista. O único problema é que o show é curto – são apenas quatro músicas.