Superchunk no Brasil!
A Inker tá confirmando o Superchunk na Virada Cultural, do dia 14 para o dia 15 de maio desse ano. Vi eles em outubro, no aniversário de 21 anos da Matador em Las Vegas e eles foram a única banda que passou o próprio som, em vez de chamar roadies – como todas as outras, seja Sonic Youth, Yo La Tengo, Belle & Sebastian ou Jon Spencer Blues Explosion. E também não custa lembrar que o Superchunk é a banda dona da gravadora Merge, uma das principais gravadoras indies do mundo, que acaba de faturar o Grammy de Melhor Disco do Ano – porque, nos EUA, o Arcade Fire é da Merge. Ou seja: os caras podiam estar cuidando da grana e em vez disso tão vindo pro Brasil. Tru.
E se você, como eu, estava lá no final dos anos 90 e presenciou sua mega turnê pelo Brasil, um conselho: o show é um incrível flashback para aquela época, uma vez que a banda parece não envelhecer – o baterista Jon Wurster, parece que rejuvenesce, é bizarro. Aliás, Wurster também é humorista (e dos bons, também o vi em Vegas, apresentando uma das noites), não seria nada mal tentar uma apresentação dele em algum lugar, hein… São Paulo já está grandinha pra assistir a programas em inglês.
Clássica a turnê do Superchunk do fim dos anos 90, que passou pelo Rio, BH, São Paulo, Londrina, Piracicaba, São Bernardo, Recife e Brasília acho que Porto Alegre, pertencia a uma fase em que bandas gringas só vinham para o Brasil em grandes festivais – quando vinham. Na época, a Motor Music de Belo Horizonte agitava shows de bandas indies e alternativas norte-americanas e conseguia fazer giros pelo país que valesse a pena para os envolvidos. Como as bandas eram pequenas, sempre topavam. E o Superchunk foi a banda que inaugurou essa série de shows.
Naquele tempo o Trabalho Sujo era uma coluna de papel num jornal em Campinas e uma das brincadeiras que sempre fazia era mudar o logotipo da coluna. Como o Superchunk estava dando esse primeiro rolê pelo país, propus uma cobertura em várias cidades, com textos escritos por amigos meus e cujo logo do Sujo fosse “segurado” pela banda.
A foto é do Serjão. Que época, viu…
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