Steve Albini (1962-2024)

, por Alexandre Matias

Que porrada essa notícia da morte do Steve Albini. Um dos sujeitos que definiu a ética sobre produção independente e um dos principais faróis na luta contra a comercialização industrial da música, ele também ajudou a talhar o conceito de produtor musical moderno e os timbres de pelo menos três décadas de rock nos Estados Unidos – e no resto do mundo, seja à frente de suas bandas, primeiro o Big Black, Rapeman e depois o Shellac, seja forjando discos que estão no subconsciente de três gerações – Surfer Rosa, In Utero, Rid of Me, Things We Lost in the Fire, No Pocky For Kitty, Pod e discos menos clássicos mas igualmente fortes, como o Life Metal do Sunn O))), Ys da Joanna Newsom, Attack on Memory do Cloud Nothings, o Further Complications do Jarvis Cocker, o Magnolia Electric Co. do Songs:Ohia, o Ocean Songs do Dirty Three, entre outros. Além de entrevistas didáticas e detalhistas, fica também na lembrança os verdadeiros shows de stand-up que fazia entre as músicas nos shows do Shellac. Um herói. Morreu de infarto aos meros 61 anos, em seu próprio estúdio, o Electrical Audio, em Chicago, nos EUA.

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