Sobre a importância de Richard Linklater

, por Alexandre Matias

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Um dos diretores mais importantes de sua geração, o norte-americano Richard Linklater talvez não tenha sido reconhecido como tal devido à vastidão de sua obra. São 18 filmes entre o marco Slacker, de 1991, e o ousado Boyhood, deste ano, que incluem uma trilogia existencial (o trio Antes do Amanhecer, Antes do Pôr-do-Sol e Antes da Meia-Noite), vários filmes sobre adolescência (Jovens, Loucos e Rebeldes, Suburbia. Escola do Rock e Tape, além de Slacker e Boyhood), dois delírios filmados em animação (sendo um deles, O Homem Duplo, uma ficção científica inspirada em Philip K. Dick), dois sobre beisebol (um deles um documentário), dois filmes de época (Newton Boys e Eu e Orson Welles), um filme contra a fast food, um seriado e um filme para a TV e uma comédia de humor negro que ninguém viu (Quase um Anjo, talvez a melhor atuação de Jack Black).

A amplitude de temas parece dispersar, mas Linklater fala sobre o fim do século norte-americano à luz de sua desiludida geração – sem que soe pessimista ou frustrado, como seus pares. O documentário 21 Years: Richard Linklater dirigido por Michael Dunaway e Tara Wood tenta encontrar sentido por trás da obra do autor em entrevistas com seus principais colaboradores, principalmente os atores Ethan Hawke, Jack Black, Keanu Reeves, Billy Bob Thornton, Matthew McConaughey, Jason Reitman e Julie Delpy e deve ser posto à venda digitalmente ao mesmo tempo em que chega aos festivais de cinema, no próximo mês de novembro.

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