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Show

Cícero 2012

Eu não tenho dúvidas de que o Cícero vai ser um dos grandes nomes de 2012.


Foto: Eugênio Vieira.

A participação de Thomas Rohrer em um dos shows da temporada que o Marginals fez no Espaço +Soma em fevereiro do ano passado terminou 2011 como sendo um dos grandes momentos da música brasileira ao vivo do ano. Tanto que os próprios Marginals fizeram questão de colocá-lo para rodar, disponibilizando o set de MP3 abaixo, que vi no blog do Ronaldo.

Filmei um pouco esse show:

Coisa fina…

Dizem que tá pronto, mas nada de sair ainda… Enquanto esperamos…

Prodigy no gogó

Muito fera.

O que é que deveria ser isso naquela época…

Sério, acho que não dá nem pra imaginar…


Foto: dudavieira

Pressão! Que banda!

Não sacou?

Os boatos estão correndo soltos: o show seria no dia 7 de maio, no Luna Park. E com a história de que o Morrissey tá vindo pro Chile na mesma época, não duvide que os dois desembarquem por aqui no Brasil… Eu vi o Portishead ano passado e talvez seja o único show que rivalize com o do Radiohead no quesito “show mais importante do mundo hoje em dia”.


Portishead – “Wandering Star”

Além desses dois, tem mais vídeos que eu fiz aqui.


Portishead – “Over”

O Morrissey eu já vi ao vivo nos anos 90, não me apetece, não vou com a cara da carreira solo dele. Se ainda fosse o tal revival dos Smiths…

O primeiro grande momento de 2012
Sesc Pompéia @ São Paulo
5 de janeiro de 2012

Showzaço do Criolo com o Emicida no Sesc Pompéia nesse fim de semana, com a banda do Criolo – regida pelo Ganjaman – servindo de base para o encontro dos dois principais nomes do rap nacional atualmente. Velhos de guerra, os dois dominaram os dois últimos anos desbravando novas fronteiras para o velho gênero – que, por mais que já tenha seu quarto de século de vida, ainda está preso ao estigma da periferia e no estereótipo paulistano do gênero. Embora tanto Criolo quanto Emicida não neguem suas origens (não é este o ponto), eles impulsionam o diálogo da cultura hip hop para frente, para o alto e além, puxando novos ouvintes para a cena e fazendo questão de ter assento no conselho de segurança da música brasileira, exigência que já deveria ter sido feita há pelo menos dez anos.

Daí a importância do encontro que não foi propriamente um encontro, mas uma seqüência alternada de músicas de cada um dos dois, com o outro por vezes dando o ar de sua graça, quando não ficava, em geral, na posição de backing vocal. Meu excesso de expectativa talvez esperasse Emicida rimando sobre “Não Existe Amor em SP” ou Criolo cantando o refrão de “A Cada Vento”, mas a primeira parte do show foi basicamente um revezamento dos talentos de ambos, passando por seus principais hits. Confesso minha empatia maior por Emicida – seu flow é equivalente à sua presença de palco e ele não parece ser muito diferente dentro e fora de cena. Já Criolo parece assumir um personagem, que dança esquisito e faz poses e caretas. Há quem diga que aí reside parte de seu carisma (a outra vem inegavelmente quando ele canta e conversa com o público), mas, comigo, não bateu.


Emicida + Criolo – “Fogo na Bomba” / “Tik Tak” / “Sr. Tempo Bom” / “Os Mano e As Mina” / “Capítulo 4 Versículo 3” / “UBC” / “Pule ou Empurre” / “Sou Negrão” / “Rap é Compromisso”

Num show surpreendetemente longo, o groove foi comendo lentamente, com todos os músicos trabalhando para não se superporem ao vocalista. Mas as coisas desequilibraram mesmo a partir da segunda parte do show, quando os dois passaram ao centro do palco continuamente, chamando outros vocalistas convidados (os dobras de Criolo e Emicida, Dandã e Rael da Rima, respectivamente, além de Juçara Marçal) para o meio da roda e, finalmente, emendar uma seqüência inacreditável de clássicos do rap brasileiro, recapitulando a história do gênero dos Doctors MC’s ao Sabotage, passando pelos Racionais, RPW, Thaíde & DJ Hum, SNJ, Xis e Rappin Hood, no primeiro grande momento musical de 2012. Showzaço.

Tem mais vídeos que eu fiz do show aí embaixo:

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