E o Mayer, que toca essa semana no Rio e em São Paulo, apareceu no meio do set do Breakbot, depois do show do Rapture no Circo Voador, para avisar do seu show:
Ele toca em São Paulo na próxima quinta, no Cine Jóia, e parece que ainda tem ingresso vendendo…
“Estava tudo acertado para tocarmos no primeiro semestre, mas tivemos problemas de agenda. Mas nos vemos no segundo, sem falta”, disse Dan Auerbach ao Estadão. SWU ou Planeta Terra? Eu ainda acho que o Terra vai de Pulp…
O governador do Sergipe, Marcelo Déda, comentou o ocorrido no show de Rita Lee, no fim de semana, no blog do Jorge Bastos Moreno, no Globo. Segue o trecho final, depois que ele tece (bem) todas suas considerações sobre o que aconteceu:
Não sei se foi Chico Buarque quem disse certa vez que nem toda loucura é sinônimo de genialidade e nem toda lucidez é sinal de velhice. Ouso dizer que viver o equilíbrio entre ambas – loucura e lucidez – produz grandes obras e eterniza grandes artistas. Continuarei a aplaudir e respeitar todos os que na vida e na arte constroem essa maravilhosa síntese.
Vale ler a íntegra. E a foto que ilustra o post foi postada no Facebook na tarde de segunda por Roberto de Carvalho.
Vocês ouviram falar da notícia, mas viram a cena?
Assisti no fim da noite de ontem ao filme-show-happening dos Chemical Brothers, que teve pré-estréia em São Paulo e em outras 19 cidades do mundo.
O filme pode ser encarado como um DVD ao vivo projetado em uma telona de cinema (exigência dos Brothers pra fazer algo que não isolasse os fãs em casa), mas ao mesmo tempo Don’t Think está no limite do 3D sem óculos graças a pupilas dilatadas. Mas depois eu falo mais dele.
O filme estréia mesmo no dia 3 de fevereiro e será exibido em pelo menos seis cidades brasileiras – aqui tem uma lista. E certifique-se que o volume da sala esteja no talo.
E por falar no Hüsker Dü…
Olha o setlist:
“New Day Rising”
“It’s Not Funny Anymore”
“Everything Falls Apart”
“Girl Who Lives on Heaven Hill”
“I Apologize”
“If I Told You”
“Folklore”
“Terms of Psychic Warfare”
“Powerline”
“Books About UFOs”
“Chartered Trips”
“Diane”
“Celebrated Summer”
“Every Everything”
“Makes No Sense at All”
“Pink Turns to Blue”
“Ticket to Ride”
“Reoccurring Dreams/Dreams Reoccurring”
“Eight Miles High”
“Love Is All Around”
Que banda, viu…
Rapture
Cine Joia @ São Paulo
25 de janeiro de 2012
“House of Jealous Lovers”
Que show foda foi esse do Rapture, no dia do aniversário de São Paulo. Nem o calor e o som (ainda) embolado do Cine Joia foram suficientes para apagar o excesso de adrenalina feliz que a banda nova-iorquina injetou num público naturalmente empolgado, mostrando que a evolução de clone do Cure rumo a uma abordagem mais séria da dance music erguessem a banda a um posto como uma espécie de reserva do LCD Soundsystem na seleção deste novo rock do século 21. Não é pouco.
Ainda mais quando se leva em consideração que um dos integrantes toca sax – e caminha pelo palco tocando o sax, como num clipe dos anos 80 (faltou o keytar, mas tudo bem). E quando os quatro colocaram para funcionar músicas que não foram feitas para a pista – “Sail Away”, “Children”, “Come Back to Me”, “Never Die Again” e a faixa-título do terceiro álbum da banda, In The Grace of Your Love -, o show voltava a ser uma apresentação de rock moderno, sem os clichês ou chavões que a tempos contaminam a versão tradicional do gênero. Até os ecos de Cure ressurgiam nos timbres de guitarra ou nas linhas de baixo, mas bem diluídos pelos beats que deram o tom da noite.
Mas houve momentos em que público e banda se envolviam num uníssono de vozes e energia, que tornaram o show memorável – como em “House of Jealous Lovers”, “Get Myself Into It”, “W.A.Y.U.H.” e “How Deep is Your Love”, esta última estrategicamente tocada no final de forma a deixar claro sua função na atual fase da banda. O resultado foi um público fatigado e sorridente, suado e sem acreditar direito no que havia acabado de acontecer no palco. E ao ver os rostos dos músicos, a impressão era que havia reciprocidade no sentimento. Imagina isso no Rio…
Abaixo, alguns vídeos que fiz do show:
SST era uma das principais gravadoras independentes dos anos 80 e o vídeo acima registra a turnê que ela organizou com alguns dos principais nomes de seu elenco. O vídeo começa com o SWA e depois entra o Saccharine Trust, ambos chatos, mas aos 26 minutos entra o Meat Puppets, aos 43 entra o Minutemen (rasgando a música que ficou conhecida como “o tema de Jackass”, décadas depois) e o Hüsker Dü começa aos 54.
E aí, meu amigo… Fica pequeno.
“Eu conheço essa cara…”
E esse papo que a Rita Lee anunciou a aposentadoria dos palcos nesse fim de semana?


