Mais um baile daqueles com a Charanga do França, duas horas sem intervalo misturando clássicos da música brasileira, hits desse século, música pop, axé music e sambas da pesada, com direito a inéditas do disco que o grupo lançará em breve e o show particular do mestre Wellington “Pimpa” Moreira, equilibrando três pandeiros ao mesmo tempo. E foi minha primeira vez no Dois Dois, baita casa ali na fronteira da Barra Funda com os Campos Elíseos, que privilegia noitadas de samba ao colocar o palco no meio do público – e todos ficam ao redor de uma roda formada pelos músicos. Já perdi a conta de quantas apresentações da Charanga já vi e sempre fico impressionado com o gás do octeto, que não deixa a peteca cair em nenhum momento, com Thiago capitaneando a nau e o público ao mesmo tempo, puxando coros, palmas e gritos que fazem o show transpor para além do palco, botando todo mundo na roda. Noitaça espetacular, como preza o adjetivo do grupo.
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Nesta quinta-feira continuo no clima de carnaval mais uma vez aquecendo o baile antes da entrada da Espetacular Charanga do França, que apresenta-se no Dois Dois, que fica ali nos Campos Elísios, no número 711 da alameda Dino Bueno, pertinho do Sesc Bom Retiro. A casa abre as portas às 21h e o show deve começar no máximo uma hora depois – e eu também toco depois da apresentação da Charanga. Vamo lá?
E ainda deu pra dar uma corrida no Bona e ver a estreia da Luíza Villa na casa, mostrando seu show solo Cartas e Segredos pela segunda vez, cada vez mais à vontade como vocalista solo para além de sua banda, a Orfeu Menino. Ela manteve o laço com o baixo de Marcella Vasconcellos e a percussão de Yasmin Monique e as três estão curtindo bem tocar juntas, desta vez acompanhadas por Mari Kono no vibrafone, o que deu uma profundidade nova às suas canções. Bem bonito, gostando de ver.
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Soberba a apresentação que Gaivota Naves fez nesta terça-feira no Centro da Terra, reduzindo as canções de seu futuro disco Concretutopia-Neoconcreto a um formato minimalista, mas ao mesmo tempo gigante. Acompanhada de Pedro Omarazul, que abusava do pedal de loop de sua guitarra para transformá-la em uma orquestra elétrica, e Bruno Mamede, que revezava-se entre flauta, sax, baixo e efeitos, ela decolou no palco do teatro em performances que ocupavam nossos corações e mentes, chegando ao ápice com a entrada de Laura Diaz, do Teto Preto, no final da apresentação, esquentando ainda mais a temperatura da noite. Magia pura.
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Imensa satisfação de trazer para o palco do Centro da Terra minha conterrânea Gaivota Naves, vocalista das bandas Joe Silhueta e Rios Voadores, para mostrar uma versão reduzida de seu primeiro disco solo, Concretutopia-Neoconcreto, que será lançado ainda em 2025 e chega a São Paulo em formato reduzido no espetáculo Experimento Concretutopia, quando mostra as composiçoes do novo disco, influenciado pela arquitetura modernista de nossa cidade-natal e pela poesia praxista e concreta. Na apresentação, ela vem acompanhada de seu companheiro Pedro Omarazul, que alterna-se entre a guitarra e o violão, e recebe duas participações especiais: o baixo e o saxofone de Bruno Mamede e a performance de Laura Diaz, vocalista do Teto Prreto. Gaivota tem influências de Tom Zé, Itamar Assumpção, Flora Purim e Tânia Maria e é uma performer intensa e única e propõe um jogo sonoro inspirado pela “cidade porosa, onírica e angular” que nasceu. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão sendo vendidos pelo site do Centro da Terra.
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Houve um tempo que os Talking Heads foi a maior banda de todos os tempos e esse show em Dortmund, na Alemanha, em 1980, com Adrian Belew em uma das guitarras e Bernie Worrell nos teclados é dessa época. Sente o drama abaixo: Continue
Essa sexta tá pegando fogo no Inferninho Trabalho Sujo, quando recebemos dois bardos da psicodelia brasileira de fora de São Paulo para o palco do Picles. A noite começa com Guilherme Cobelo mostrando seu disco Caubói Astral pela primeira vez na cidade, com a participação da incrível Gaivota Naves. E depois é a vez do mestre pernambucano Tagore trazer seu disco mais recente, Barra de Jangada, pra esquentar ainda mais a noite – e quem aparece no show dele é o capixaba André Prando. Depois dos shows é a vez de eu e a Fran nos encontrarmos mais uma vez para transformar a pista do Picles em nosso clubinho particular – e vocês sabem como ficam as coisas quando a gente põe as pessoas pra dancar! O Picles fica no número 1838 da Cardeal Arcoverde, no coração de Pinheiros, e a casa abre a partir das 20h – os shows começam às 21h30. Vamos?
Mais uma vez Lenna Bahule nos elevou para o sublime com seu encontro afetivo que parte da música para incluir outras manifestações artísticas e nos tirar deste plano. Como nas outras noites acompanhada do par de asas que são os irmãos Ed (guitarra) e Kiko (baixo) Woiski, ela começou o espetáculo apenas com sua voz, para receber os dois e os convidados daquela noite para nos levar para uma outra dimensão. E cada um trouxe um sabor, primeiro o dançarino Guinho Nascimento, que espalhou bençãos com planta, águas e sua dança na primeira parte da noite para depois pintar um quadro enquanto o espetáculo descortinava-se no palco. Depois foi a vez de Bruno Duarte deixar o vibrafone para reger público e músicos num jogral de voz e palmas, sem precisar emitir uma só palavra. Finalmente, o chileno Camilo Zorilla saiu de sua bateria para tocar em primeiro plano, deixando seu instrumento nas mãos de Bruno, que só pesava mais o ritmo andino que trazia para a noite, mais um transe para dentro regido intimamente – com olhares e gestos discretos – pela maestra da temporada. Perfeição.
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A primeira edição no Inferninho Trabalho Sujo na Casa Natura reuniu pontos distintos da nova cena da música brasileira para reforçar a importância do carnaval em nossa cultura. Era um baile de pré-carnaval mas mesmo que você tivesse ido assistir apenas a um show inevitavelmente entrava no espírito da noite – e isso aconteceu logo de cara quando o bloco Cordão Cheiroso inaugurou a sexta-feira e as comemorações de sua primeira década. Entre marchinhas de carnaval e suas próprias composições autorais – que estarão nas plataformas em breve -, o bloco, composto por figurinhas conhecidas da cena musical paulistana (Luca Frazão dos Amanticidas, Helena Cruz dos Pelados, a cantora Loreta Colucci, o saxofonista João Barisbe – que ainda tocaria naquela noite com o Grand Bazaar -, a iluminadora Olívia Munhoz, entre outros) e foliões dispostos a não deixar ninguém parado, o grupo dividiu-se entre o palco (com seus cantores e sopros olhando o público de cima) e o chão, com os instrumentos de percussão misturados à plateia. Mas na última música, os metais desceram para o público e puxaram o bloco no meio do público com a intensidade do carnaval de rua que eles bem conhecem. Começamos bem.
Depois foi a vez dos mineiros do Varanda, veteranos de Inferninho Trabalho Sujo, também estreando naquela casa e fantasiados de time de futebol, como nas fotos de divulgação de seu primeiro disco, Beirada, um dos grandes discos indie do ano passado, que foi a base da apresentação da banda. Mas o ar da noite falou mais alto e eles encararam “Eva” do grupo Rádio Táxi, que depois da banda baiana que leva o nome da canção, transformou-se em hino carnavalesco, mesmo falando de destruição pós-apocalíptica – e que funcionou bem com a vibe das músicas do Varanda, uma carta na manga que pode surpreender fãs se tirada em momentos inusitados.
E quem fechou a noite foi a incansável Grand Bazaar, grupo que mistura música do leste europeu com música cigana, brasileira e mediterrânea que coroou a noite com uma hora de show que parecia uma festa interminável, escancarando um sorriso em todos os presentes que não paravam de se mexer na plateia, seguindo as coreografias do grupo ou puxando trenzinhos e fazendo uma única roda no meio da Casa Natura. E como antes e durante os shows, terminei a noite fazendo minha discotecagem carnavalesca de sempre, misturando hits da música brasileira pra dançar com artistas da nova cena e clássicos do funk, do samba e do forró. Foi demais!
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O ano mal começou e já estou falando em Carnaval – é que no dia 14 de fevereiro faço um Inferninho Trabalho Sujo de pré-carnaval na Casa Natura Musical, reunindo três atrações além da minha discotecagem (que, como pede a ocasião, é só música brasileira). Primeiro comemoramos os dez anos do Bloco Cordão Cheiroso, que abre a noite desfilando clássicos e hits autorais pela casa, antes da entrada de dois shows da pesada: primeiro os mineiros do Varanda, que lançaram o ótimo disco de estreia Beirada no ano passado, e toda a euforia da big band Grand Bazaar. Vai ser uma noite e tanto! Os ingressos já estão à venda neste link.