Tarde fria de domingo, sabe como é…
Led Zeppelin – “Bron-Yr-Aur”
Ava Rocha – “Céu da Boca”
Elis Regina – “Bala com Bala”
Warpaint – “No Way Out”
Ruído/mm – “Pop”
My Magical Glowing Lens – “Windy Streets”
Mahmed – “Shuva”
Kendrick Lamar – “King Kunta”
Mark Ronson + Bruno Mars – “Uptown Funk”
Racionais MCs – “Você Me Deve”
Taylor Swift – “Style”
Chromatics – “I Can Never Be Myself When You’re Around”
Mini Mansions + Alex Turner – “Vertigo”
Toro y Moi – “Buffalo”
Caxabaxa – “Agitado Desanimado (Pesadelo Gostoso)”
Johnny Marr – “I Feel You”
Autores de um dos melhores discos nacionais de 2014 – o excepcional Rasura -, os curitibanos do Ruído/mm se apresentam nesta sexta em São Paulo no Sesc Belenzinho e me descolaram um par de ingressos pra quem quiser assisti-los no teatro da unidade. Basta responder nos comentários abaixo (sem esquecer de incluir o seu email) que outra banda brasileira faria um bom show ao lado do Ruído/mm? Quem ganhar a promoção retira os ingressos no próprio Sesc e ainda ganha uma das últimas cópias físicas do CD, que está quase esgotado. E pra quem não conhece a banda, eles descolaram uma versão inédita pra música “Pop”, que lançaram no EP Série Cinza, de 2004. A versão foi gravada no programa curitibano Último Volume, da Rádio Lúmen.
Vamos a uma trilha sonora pra amenizar as energias tensas desse dia…
Doors – “People Are Strange”
William Devaughn – “Be Thankful For What You Got”
Radiohead – “Jigsaw Falling into Place”
Ava Rocha – “Mar ao Fundo”
Esquivel – “Surfboard”
Tobias Gesso Jr. – “Can’t Stop Thinking About You”
Warpaint – “No Way Out”
Bonifrate – “Brisa”
Courtney Barnett – “Nobody Really Cares If You”
Marcelo Jeneci – “A Vida é Bélica”
Ty Segall – “Mister Main”
Ruído/mm – “Penhascos, Desfiladeiros e Outros Sonhos de Fuga”
Led Zeppelin – “In the Light”
Teen Daze – “Light in the Palm Trees”
Hoje é dia de festa e alegria!
Paula – “Lover Boy”
Criolo + Tulipa Ruiz – “Cartão de Visita”
Kendrick Lamar – “i”
Nicki Minaj – “Anaconda”
Calvin Harris + Haim – “Pray To God”
Neneh Cherry – “Spit Three Times (DJ Spinn Remix)”
Caribou – “All I Ever Need”
Taylor Swift – “Clean”
André Paste + João Brasil – “Não Pode Parar”
Sinkane – “New Name”
Ruído/mm – “Requiem for a western manga (西部マン)”
Pink Floyd – “It’s What We Do” / “Ebb and Flow”
Thurston Moore – “Speak To The Wild”
O disco novo da melhor banda de rock experimental do Brasil, a curitibana Ruído/mm, já está pra download no site da gravadora Sinewave. Forte candidato a melhor disco brasileiro de 2014, mas não precisa acreditar em mim – ouça você mesmo.
Um dos melhores discos brasileiros do ano está vindo aí. Rasura é quarto disco da banda curitibana Ruído/mm (lê-se “Ruído por milímetro”) e os consagra não apenas como principal representante de uma cena de música experimental instrumental dentro do rock independente brasileiro como também como uma banda estabelecida no cenário nacional, mesmo que desconhecida do grande público. Menos introspectivo e mais guitarreiro que o disco anterior (o incrível Introdução à Cortina do Sótão, de 2011), Rasura ainda flutua no éter da pressão da microfonia, contrapondo calma e barulho como elementos não necessariamente opostos. O grupo está soltando o disco aos poucos, já liberou a faixa “Cromaqui” e agora descola “Transibéria” aqui pro Trabalho Sujo, ouça:
O novo disco será lançado no próximo sábado, dia 27, num show no Sesc da Esquina de Curitiba, nos formatos digital (download gratuito pelo selo paulistano Sinewave ou pelo Bandcamp, em que o ouvinte pode pagar pelo download – e ganhar bônus por isso), CD e, mais pra frente, em vinil, o que garantirá toda a glória desta colagem feita pelo designer Mario de Alencar, que assina essa capa incrível:
A banda é formada pelos guitarristas André Ramiro e Ricardo Pill, o baterista Giovani Farina, o pianista Alexandre Liblik e pelo novato mulltiinstrumentista Felipe Ayres, além do baixista Rafael Panke, que conversou comigo por email.
Fale mais sobre esse amadurecimento do Ruído. Vocês já têm um próprio som definido ou é algo em mutação constante?
O Ruído é uma entidade com vontade própria. Não importa quem a esteja incorporando no momento, sempre será conduzido por uma intuição estranha, como que guiado por vozes. Cada desertor deixa um pouco de sua essência e leva um pouco do zumbido com ele. Percebemos para onde estamos sendo levados, mas não há nada que possamos fazer quanto a isso: escolhas, discussões, livre arbítrio, definições… O grande espírito ri. Às vezes, depois de muito tempo buscando determinado resultado, acabamos chegando lá por caminhos não antecipados. Outras, quando achamos que finalmente compreendemos a mecânica da construção… puf! O absurdo se revela e nos vemos às voltas com o imponderável outra vez. Aceitar isso foi o pulo do gato preto.
Uma vez ouvi que “o artista que sabe o que está fazendo é medíocre”. Não sei se concordo totalmente com isso, mas é uma grande frase de efeito. Se formos nos pautar por essa máxima, o ruído está fazendo do jeito certo.
O que vocês mais ouviram durante a gravação e composição desse disco? O que foi referência em termos de composição e de produção?
Usamos a coqueteleira de sempre, apenas dosando os ingredientes de forma diferente. Um pouquinho menos de Satie, um pouco mais de Yo La Tengo. O bom e velho Morricone continua lá, mas apertando forte a mão do Kevin Shields e do Lee Ranaldo. O piano não está tão proeminente nas composições quanto estava no nosso trabalho anterior, e essa opção permitiu ao Liblik explorar toda sua versatilidade com outros timbres, dos clássicos Wurlitzer e Hammond aos sintetizadores mais fritos. Temos muito mais camadas de guitarras desta vez, também.
Em questão de produção, eu tinha uma intenção vaga de aquecer o som; eu queria que o disco soasse honesto, mais parecido com a gente ao vivo: guitarras garageiras gritando, o piano e os synths bem quentes, a batera com muito som de sala e a coisa toda com bastante ambiência. Transportar o ouvinte praquele mesmo lugar/lugar nenhum, praquele momento fora dos momentos. As coisas foram feitas com muita minúcia e atenção, mas como eu disse anteriormente, a pajelança ruidosa incorpórea não nos permite tomar as rédeas da coisa totalmente. O disco foi se moldando a si mesmo diante de nós, observadores aparvalhados, e chegou a esse resultado como que por vontade própria.
Como anda a cena de rock experimental brasileira? Vocês se encaixam em alguma cena? Se sim, ao lado de que outros artistas?
Temos muita afinidade com o pessoal do Constantina, do Herod, do Labirinto, do Kalouv… mas apesar de curtirmos e nos identificarmos, é raro conseguirmos tocar juntos ou interagir fora da internet. Isso sim constituiria uma “cena” da forma tradicional, certo? Mas as grandes distâncias e a pouca grana para promover eventos impedem isso.
Por outro lado, há um sentimento de pertencimento, sim, e a Sinewave é o vetor disso. Eles têm feito um trabalho incrível de curadoria, descobrindo, reunindo e lançando bandas experimentais de todo o Brasil. No fim, estamos todos juntos numa grande hive mind.
Como Curitiba se reflete no som da banda?
Na dicotomia complementar entre a introspecção caseira e o boteco inferninho, creio eu. Na nossa casa, no vento frio na janela; nas quatro estações num mesmo dia; no bafo dum porão lotado ou num conhaque queimando o peito.
O Petit Pavé da Rua XV e os bêbados da Trajano Reis estão tatuados em nossas vesículas.
Vendo de fora, percebo a cidade está passando por uma nova transformação, incluindo culturalmente. O que você acha?
Não sei… de dentro, é difícil dizer; não dá pra dar um passo atrás e ver o quadro maior. O que pode ser dito é que, no que diz respeito à produção da música dita alternativa, Curitiba está está sempre borbulhando. A coisa se transmuta, cresce e encolhe, se estica, solta vapor e não pára de se mexer. Todos sempre atentos, esperando pra ver se não nasce um grande monstro voador dessa gosma inquieta.
O começo é daqueles, depois amacia.
Ween – “What Deaner Was Talkin’ About”
Aphex Twin – “syro u473t8+e [141.98]” (piezoluminescence mix)”
Ruido/mm – “Cromaqui”
Beulah – “Don’t Forget to Breathe”
Mopho – “Caixa de Vidro”
Raul Seixas – “How Could I Know”
Rita Lee + Lúcia Turnbull – “Gente Fina é Outra Coisa”
Dizzy Gillespie – “Matrix”
Dom Um Romão – “Caravan”
Cassiano – “Onda (Fatnotronic Edit)”
Marcelo D2 – “Fazendo Efeito”
Los Amigos Invisibles – “Mujer Policia”
Ariel Pink – “Put Your Number In My Phone”
Courtney Barnett – “Pickles From The Jar”
Arnaldo Antunes – “Ela é Tarja Preta”
Pato Fu – “Cities in Dust”
Gilberto Gil – “Palco”
Uma das melhores (a melhor?) bandas de pós-rock do Brasil, o grupo curitibano ruído/mm (lê-se “ruído por milímetro”) acaba de dar notícias sobre sua volta – o álbum Rasura está vindo aí. É pra ficar esperto:
Sim: cinco horas e meia de Vida Fodona, pra tirar o atraso.
Dr. Dog – “Lonesome”
Bonde do Role – ”Baby Don’t Deny It”
Sinkane – “Lovesick”
Thiago Pethit + Mallu Magalhães – “Perto do Fim”
Tulipa Ruiz + Criolo – “Víbora”
Mallu Magalhães – “Me Sinto Ótima”
Cambriana – “The Sad Facts”
Blur – “The Puritan”
Grizzly Bear – “Yet Again”
João Brasil – “Sou 212 Foda”
Teen Daze – “Brooklyn Sunburn”
Arctic Monkeys – “Katy on a Mission”
Diplo + Jahan Lennon – “About That Life”
Daddy – “Love in the Old Days”
Lana Del Rey – “National Anthem”
Tulipa Ruiz + Lulu Santos – “Dois Cafés”
Van She – “Idea of Happiness (SebastiAn Remix)”
XXYYX – “About You”
ONUINU – “Happy Home”
Ariel Pink’s Haunted Grafitti – “Only In My Dreams”
ruído/mm – “Índios”
Céu – “Falta de Ar”
Estelle + Janelle Monae – “Do My Thing”
Mahmundi – “Desaguar”
Alabama Shakes – “Hold On”
Blur – “Under the Westway”
Tame Impala – “Elephant”
Sambanzo – “Capadócia”
Curumin – “Selvage”
Tennis – “Petition (Vacationer Remix)”
Supercordas – “Mumbai”
Superchunk – “This Summer”
Sexy Fi – “Looking Asa Sul, Feeling Asa Norte”
Mahmundi – “Calor do Amor”
Jessie Ware – “Wildest Moment”
Breakbot + Irfane – “One Out of Two”
Goldroom – “Fifteen”
Caribou – “Sun (Zopelar Rework)”
Electric Guest – “American Daydream”
Toro y Moi – “So Many Details”
Lana Del Rey – “Born to Die”
The Internet – “Fastlane”
Xx – “Tides”
Silva – “Moleton”
Delicate Steve – “Two Lovers”
Neil Young & The Crazy Horse – “Ramada Inn”
Cat Power – “Cherokee”
Céu – “Chegar em Mim”
JJ – “10”
Twin Shadow – “Five Seconds”
Bobby Womack + Lana Del Rey – “Dayglo Reflection”
Nicki Minaj – “Starships”
Metá Metá – “Oya”
Lucas Santtana – “Jogos Madrugais”
Poolside – “Just Fall in Love”
Chromatics – “Kill for Love”
Divine Fits – “Would That Not Be Nice”
Chet Faker – “Terms and Conditions”
Sinkane – “Jeeper Creeper”
Tame Impala – “Apocalypse Dreams”
Grimes – “Oblivion”
Frank Ocean – “Lost”
Spiritualized – “Hey Jane”
Lindstrøm – “Eg-ged-osis (Todd Terje Extended Mix)”
Major Lazer + Amber Coffman – “Get Free”
Chromatics – “The Page”
Lana Del Rey – “Blue Jeans (Penguin Prison Remix)”
Grimes – “Genesis”
Tame Impala – “Feels Like We Only Go Backwards”
Poolside – “Harvest Moon”
Frank Ocean – “Pyramids”
Kendrick Lamar – “Bitch, Don’t Kill My Vibe”
Curumin – “Passarinho”
Chromatics – “Lady”
Hot Chip – “Flutes”