Edgar no Centro Cultural São Paulo

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O profeta pós-apocalíptico de Guarulhos Edgar pousa sua nave paranoica nesta quinta-feira no Centro Cultural São Paulo e convida Rico Dalasam, Curumin e Rodrigo Brandão para embarcar em sua viagem (mais informações aqui).

Rico Dalasam: Elefantes, Mantras e Trava-Línguas

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Em abril, as datas do Segundamente – temporada mensal que acontece às segundas-feiras no Centro da Terra com minha curadoria musical – são do rapper Rico Dalasam, que está finalizando o ciclo do EP Balanga Raba, lançado no meio do ano passado, e sai em busca de novas sonoridades. Assim ele embarca na temporada Elefantes, Tramas e Trava-Línguas (mais informações aqui), quando, acompanhado apenas dos músicos Moisés Guimarães (guitarra) e Dinho Souza (teclados), apresentando músicas novas e recriando antigas, buscando espaços musicais que possam levar suas canções para além da pista de dança. Influenciado pela moderna música africana e por artistas tão diferentes quanto Nicolas Jaar e Bon Iver, ele começa a mexer em seu repertório sem intenção de transformar o trabalho em um disco. “A palavra experimental é a que mais reverbera em minha cabeça”, explica o rapper. “Abrir as músicas e entregar mantras a partir de suas melodias e trava-línguas das rimas. É o único desejo dentro desse projeto.” Conversei com ele sobre esta etapa de sua carreira e como ele pensa em repensar sua carreira a partir deste experimento.

Qual o conceito por trás desta temporada no Centro da Terra?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/rico-dalasam-2018-qual-o-conceito-por-tras-desta-temporada-no-centro-da-terra

Descreva como serão as apresentações – qual será a formação dos shows?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/rico-dalasam-2018-descreva-como-serao-as-apresentacoes

Você ficará apenas músicas novas ou novas versões das antigas?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/rico-dalasam-2018-voce-ficara-apenas-musicas-novas-ou-novas-versoes-das-antigas

Quais são suas principais influências para esta temporada?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/rico-dalasam-2018-quais-sao-suas-principais-influencias-para-esta-temporada

Como os shows mudarão entre si?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/rico-dalasam-2018-como-os-shows-mudarao-entre-si

A temporada é um ensaio para o novo disco ou algo que funciona por si só?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/rico-dalasam-2018-a-temporada-e-um-ensaio-para-o-novo-disco-ou-algo-que-funciona-por-si-so

O primeiro semestre de 2018 no Centro da Terra

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É com imensa satisfação que anuncio os donos das temporadas no Centro da Terra neste primeiro semestre de 2018: em março temos a querida Bárbara Eugenia às segundas e o grande MdM Duo dos irmãos Fernando e Mario Cappi, guitarristas do Hurtmold; em abril às segundas temos o sagaz Rico Dalasam e às terças e a forte Luedji Luna; em maio as segundas são do mestre Edgar Scandurra e as terças do voraz Guizado; em junho as segundas são da deusa Cida Moreira e as terças dos ótimos Garotas Suecas e julho tem o sensacional Vitor Araújo nas segundas e o CORTE de Alzira Espindola nas terças. O Pedro Antunes conta mais em seu blog no Estadão.

Esquenta do Grammy 2017

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Eu, Tiê, Rico Dalasam e Maria Gadu fomos convidados para participar da transmissão ao vivo pelo Facebook que a TNT Brasil fez em sua página pouco antes da hora do Grammy 2017. Na transmissão conversamos sobre os indicados da edição do ano, além de particularidades sobre o mundo da música pop neste início deano.

As 75 Melhores Músicas de 2016 – 69) Rico Dalasam – “MiliMili”

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“Igual petróleo eu tava lá no fundo”

Emicida 2016: “Ok, agora olha os preto”

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Emicida coroa seu 2016 reunindo Drik Barbosa, Amiri, Rico Dalasam, Muzzike e Raphão Alaafin no clipe de “Mandume”, que também funciona como editorial de moda para a coleção atual de seu selo-grife, o Lab Fantasma.

O Orgunga de Rico Dalasam: orgulho de ser negro, gay e rapper

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Rico Dalasam prepara o lançamento de seu primeiro álbum, Orgunga, palavra que inventou para selar seus três maiores orgulhos: ser rapper, ser negro e ser gay. “Esse disco conta a história dos meus maiores orgulhos, hoje eu olho com mais grandeza dentro do país em que vivo. ‘Orgunga’ representa uma transição do EP. Eu não sou uma outra coisa, eu sou a continuação dele”, me explicou. O disco será mostrado pela primeira vez ao vivo no dia 29 de maio, em show no Auditório Ibirapuera, aqui em São Paulo (mais infos aqui), antes mesmo do disco chegar às plataformas digitais. E essa capa lindaça você confere em primeira mão aqui no Trabalho Sujo. A capa foi feita pelo grande Oga Mendonça sobre uma foto do Henrique Grandi – o figurino é do próprio Rico, produzido por Max Weber e Orlando Junior.

O 2016 de Rico Dalasam

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Uma das principais revelações da música brasileira no ano passado, o rapper Rico Dalasam aos poucos prepara o bote para pegar 2016 de jeito. “Sem dúvida, 2015 foi um ano muito bom e importante para mim: recebi elogios do Gilberto Gil, abri o show do Criolo no Circo Voador, me apresentei no Royal Vauxhall Tavern em Londres, e ainda fui citado pela Vogue NY como uma referência de moda. Além de ter ficado feliz com essa repercussão, vejo o trabalho com o EP Modo Diverso completando o seu ciclo e o início de uma nova etapa. Foi um momento importante e agora estou com o foco nos próximos passos”, me explicou em entrevista por email.

E sua primeira novidade de 2016 é algo que tanto fecha o ciclo do ano passado quanto acena para o novo estágio: um remix para a excelente “Riquíssima“, feito pelo Mahal Pita, do BaianaSystem, que você ouve em primeira mão no Trabalho Sujo.

Mahal Pita é um dos produtores do primeiro álbum de Rico, que já está sendo gravado e que deve sair entre maio e junho deste ano.

A atenção ao redor de Rico foi para além de seu inegável talento, muito pelo fato de ele ter sido um dos primeiros rappers brasileiros – talvez o primeiro? – a assumir sua homossexualidade, tema que aos poucos deixa de ser tabu no meio do hip hop. Mas ele não teme cair num estereótipo: “O rótulo ajudou sim, mas sempre calculei que ele teria uma vida útil e duraria durante uma fase da carreira. Hoje, vivo essa curva onde a música equilibra com o comportamento. Assim, o estereótipo vai perdendo força.”

Ele é otimista em relação à atual cena rapper paulistana: “Vejo alguns artistas numa busca de estar em dia com o amanhã. Acho isso positivo, somos maiores quando prezamos pelo cantar para o máximo de pessoas, sem criar música com a presunção de que ela vai atingir o perímetro das nossas intenções.” O rumo do próximo disco ainda está em aberto, mas será que dá pra ter alguma previsão do que vem por aí a partir do que Rico tem ouvido? “Tenho escutado Punjabi e música indiana, que eu me identifico demais. Também ouço várias nuances do forró, arrocha, baião, xote e os de sempre, como como Mary J. Blige e Djavan…”