Repolho – A última grande banda de rock do Brasil
Se há uma banda que colocou Santa Catarina no mapa musical e no cenário pop brasileiro, ela chama-se Repolho. O grupo de Chapecó inaugurou um tumblr dedicado a contar suas incríveis peripécias que formam sua biografia. Selecionei trechos:
Fomos para são Miguel no final de tarde e o show era na mesma noite. Chegamos umas seis e pouco e fomos comer algo. Um x-salada básico. As dez horas a produção do show chamou a gente para uma espeto corrido. Comemos tanto que não dava pra se mexer. Imagina a encrenca. Subimos ao palco eu não conseguia raciocinar direito. Parecia que o mundo inteiro rodava e olha que eu não bebo. O Demétrio na terceira musica deu um pulo e afundou o palco. Nada demais. Eu via tudo em câmera lenta. O palco era baixo e dava pra ver uma gurizada na frente. O figurino do Girino era um colchão com umas 20 raquetes de tênis. Ele ficava enrolado no colchão somente com as mãos e a cabeça pra fora (faça um esforço pra imaginar porque vale a pena). As raquetes de tênis foram inseridas aos poucos como se fossem aquelas caixas que o mágico vai colocando as espadas. Tudo devidamente amarrado com umas cordas. Na medida que ele ia se mexendo as raquetes iam caindo.
O som estava horrível. (continua…)
E segue:
Começamos o show tocando 4 vezes “Paulo Balanço”. Os inícios de show do Repolho sempre são um desastre. Sempre tem algo que sai errado, mas esse foi fantástico. Olhamos pro publico e dissemos: tocamos Paulo balanço errado (como se precisasse avisar isso), agora vamos tocar a versão certa. Saiu errado de novo. Tocamos a terceira vez. Daí saiu certo. Como saiu certo pedimos ao público se eles queriam ouvir de novo. A resposta foi positiva. Tocamos pela quarta vez. (continua…)
E tem mais:
O nosso ilustre baterista Anderson “Uilia” Gambato (primeiro e único) popularmente conhecido como Passarinho, Homem Pássaro, verme e outros apelidos impublicáveis, resolveu fazer psicologia. Até aí tudo bem. O ser humano precisa de uma atenção e de momentos introspectivos que fazem conhecer a essência da vida etc. etc. O que é estranho é que ele resolveu fazer um estagio na penitenciaria de Chapecó, mais inusitado é que para encerrar o estágio propôs um show com a Banda Repolho.
Lógico que topamos na hora. A idéia era muito boa. (continua…)
Vale também ler a versão oficial da banda para o show em que o Repolho abriu para o Los Hermanos, tocando “Anna Júlia” em várias versões diferentes (parte 1, parte 2 e parte 3), um capítulo bisonho de sua carreira que começou a ser desmistificado de forma impressionista num velho post aqui no Trabalho Sujo.
Muito mais aqui.
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