Morreu nesta sexta-feira um dos trovadores pop mais conhecidos dos EUA, um nome que se estabeleceu graças a seus shows desde os anos 70 mais do que seus discos.
Morreu nesta segunda-feira mais uma diva da era do rádio: Lana Bittencourt foi a primeira a fazer uma música de Tom Jobim tornar-se um sucesso (“Se Todos Fossem Iguais a Você”) antes mesmo da bossa nova começar e era conhecida como “A Internacional” por cantar em uma dúzia de idiomas diferentes.
MC Marcinho morreu neste sábado, o Príncipe do Funk, um dos criadores do funk melody e a voz de hits como “Glamourosa”, “Rap do Solitário” e outros hits que fizeram o gênero ganhar o país.
Morreu o baterista original do Pavement, Gary Young, veterano da cena punk de Stockton, na Califórnia, quando a então dupla formada por Stephen Malkmus e Scott “Spiral Stairs” Kanneberg resolveram gravar a banda que tinham começado depois de tocar versões de Can e Fall. Caíram no estúdio de Young, onde gravaram seus primeiros discos, trazendo o baterista para a formação original do grupo, que depois contou com Bob Nastanovich e Mark Ibold. O estilo de tocar bateria de Young tornava o Pavement uma banda única na costa oeste norte-americana, além do baterista ser afeito a plantar bananeira no meio dos shows da banda, às vezes por minutos sem parar.
Morreu o designer que tornou os Sex Pistols – e o punk inglês e todo o movimento faça-você-mesmo do final dos anos 70, como consequência – ícones visuais de fácil acesso à sua mensagem de caos e destruição. Misturando elementos tradicionais da cultura inglesa (em especial a coroa britânica) à imagem agressiva da primeira safra de bandas daquele movimento naquele país através de colagens radicais, ele transformou suas obras – que foram parar nas capas de discos e singles da banda – em marcas registradas de uma transformação cultural que perdura até hoje.
Mais um integrante da Band parte deste plano, desta vez seu líder e guitarrista Robbie Robertson, que já tocava com Bob Dylan antes que sua banda, os Hawks, se tornassem a banda de apoio do bardo norte-americano para, aí sim, assumir o nome de The Band. Por oito anos, o canadense Robertson e seus compadres revisitaram o cânone da canção norte-americana à luz do rock de sua geração e o final da banda (imortalizado no clássico filme The Last Waltz), deu início à sua parceria com Martin Scorsese, com quem trabalhou em inúmeros projetos (O Rei da Comédia, Cassino, Gangues de Nova York, A Ilha do Medo, O Lobo de Wall Street, O Irlandês e o próximo filme do nova-iorquino, Killers of the Flower Moon, que será lançado no fim do ano).
Morreu Sixto Rodriguez, cantor e compositor norte-americano de origem mexicana e indígena, que fracassou comercialmente ao lançar-se no começo dos anos 70 mas tornou-se muito popular em países como Austrália e Àfrica do Sul (onde chegou a vender mais que Elvis Presley no final daquela década). Tido como morto pelos fãs nestes países, Sixto foi redescoberto pelos realizadores do documentário Searching for Sugar Man, de 2012, que acompanharam sua volta a esses países quando, finalmente, foi reconhecido como o grande artista que foi.
Morreu um dos maiores diretores de sua geração: William Friedkin era da clássica safra norte-americana que apresentou Scorsese, Spielberg e Coppola ao mundo e dirigiu alguns dos maiores filmes daquela leva, como O Exorcista e Operação França. Morreu antes de ver seu filme mais recente, The Caine Mutiny Court-Martial, estrear (no fim deste mês, no festival de Veneza).
Morreu nesta segunda-feira, a eterna Cassandra do Largo do Arouche e Dona Armênia, a musa Aracy Balabanian.
Morreu, nesta quinta-feira, o ator Mark Margolis, que atuou em Scarface, Oz e em seis filmes do Darren Aronofsky, e que tornou-se célebre ao interpretar o vilão Hector Salamanca, em Breaking Bad.