Morreu um dos fundadores do Moody Blues e parceiro de Paul McCartney em sua segunda banda, os Wings. Denny Laine sofria de uma doença pulmonar e tinha 79 anos.
O desbocado Away, revelado pelo grupo Hermes e Renato, já não está mais entre nós e nos deixou neste domingo.
Um bardo da música celta nos deixou nesta terça-feira. Shane MacGowan era líder dos Pogues e um dos maiores nomes da música pop irlandesa.
Finalmente sai de cena um dos maiores criminosos de guerra do século passado. Já vai tarde.
E não vamos deixar de falar do Lanny, que, como seu irmão Tony nos informa, será velado entre as 14h e as 16h desta quarta-feira, no Cemitério da Vila Formosa. O Kiko pinçou um vídeo com o guitar hero filmado por Sganzerla que está nos extras do DVD do Bandido da Luz Vermelha. O trecho foi utilizado por Gregorio Gananian no documentário que ele fez sobre o guitarrista, Inaudito (que pode ser visto na íntegra abaixo). Separei um trecho da entrevista que o Gregório deu pra Carime sobre o documentário, publicada no Scream & Yell do Marcelo:
“Rogério Sganzerla na filmagem. Ela não tinha som. A Helena Ignez liberou para a gente a imagem. Eu falei para ela, e essa filmagem é uma sobra de um material que o Rogério não concluiu. Era uma espécie de continuação do Bandido da Luz Vermelha, e eu sabia que existia essa cena com o Lanny. Quando estávamos na China eu falei que queria muito fazer aquela pergunta de qual foi o show mais incrível que ele já fez, e fizeram essa pergunta e ele falou dessa performance maravilhosa: ‘Tirei a guitarra, tomei um choque elétrico e morri’. Chama-se ‘A Morte do Guitarrista’. Ela aparece um pouquinho depois da metade do filme, e então aparecem estas imagens, e aquela coisa completamente nonsense que ele contou aconteceu! De repente quem assiste se pergunta: ‘Pera aí, então o que o cara está falando é realmente verdade’. Conversando com o Negro Leo sobre fazer a trilha para essa parte, ele viu aquilo lá sem nada, e falou: ‘Vamos tirar tudo de música nessa sequência de arquivo'”.
Ave Lanny!
Morreu um dos maiores nomes brasileiros da guitarra elétrica (e esse panteão não é fraco). Mas Lanny Gordin cravou seu nome na música brasileira ao tornar-se o instrumentista símbolo daquele novo momento de nossa evolução cultural, quando abraçamos o instrumento teoricamente imperialista para dar um sabor único e nacional às cordas elétricas. Tocando ao lado do Olimpo que compõe o topo cultural de nossa MPB, Lanny tocou com todo mundo, mas foi vítima dos excessos dos anos 70, o que tornou sua saúde ainda mais frágil nos últimos anos. Uma perda considerável para o país.
Triste a notícia da partida do Jardel Sebba nesta segunda-feira. Não era propriamente amigo nem nunca trabalhamos diretamente, mas sempre estivemos na mesma trincheira de resistência do jornalismo cultural e os encontros, por mais breves que fossem, sempre rendiam bons papos temperados num ótimo astral. Uma perda considerável, que encerra prematuramente uma biografia que ainda podia render muito.
Pioneira da TV brasileira, Lolita Rodrigues, que morreu neste domingo, estava presente desde o início das transmissões do veículo no país e foi apresentadora de programas e atriz de telenovelas por décadas, mas tornou-se mais conhecida já na terceira idade, ao formar um formidável trio com as amigas Nair Bello e Hebe Camargo.
Atriz da era de ouro da TV brasileira, Elizângela morreu nesta sexta-feira.
Triste a notícia da partida de um dos maiores articuladores da cultura brasileira das últimas décadas. Danilo Miranda transformou o Sesc de São Paulo não apenas em uma força de produção cultural para além da parca visão do mercado de entretenimento como foi um dos principais fomentadores dos alicerces da cultura do Brasil, investindo tanto em infraestrutura quanto em catálogo, em fomento e educação, em acervo e abertura para novos nomes, tanto do palco quanto dos bastidores. Mostrou que a indústria e o comércio podem coexistir com arte e lazer sem detrimento mútuo e mudou a cara da produção cultural brasileira, desde seus agentes mais básicos até superproduções, passando por parcerias entre instituições públicas e privadas e conexões com a alta cultura de todo o planeta. A cultura brasileira seria completamente diferente – mais fraca, menos ousada e mais servil – sem sua presença. Salve seu Danilo, fará falta!