Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Kendrick Lamar rumo ao topo

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O rapper Kendrick Lamar mostrou que não está para brincadeira e engoliu o Grammy deste ano com uma apresentação de tirar o fôlego – assista lá no meu blog no UOL.

Filmes cantando Green Day

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Já é uma peça típica deste início de século: fazer montagens de filmes cantarem uma única música. Com vocês, “Basket Case”, do Green Day.

Romulo Fróes: “Cão perdido na fronteira”

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Enquanto o disco-tributo a Nelson Cavaquinho não chega (por enquanto só sabemos que teremos shows de lançamento nos dias 17 e 18 de março no Sesc Vila Mariana), Romulo Fróes continua dando notícias de seu disco do ano passado – desta vez ele mostra o clipe para “Porto”, filmado em Moscou, por Aline Belfort.

Nirvana e o Beck tocando David Bowie

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Beck se juntou aos remanescentes do Nirvana (Pat Smear na guitarra, Krist Novoselic no baixo e Dave Grohl na batera) em uma festa antes do Grammy para saudar o recém-falecido mestre, tocando seu clássico que foi imortalizado na voz de Kurt Cobain.

Que momento! Bem que eles podiam continuar juntos pra fazer uns shows, hein…

A volta do Killing Chainsaw!

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Depois de quase vinte anos sem tocar juntos, o Killing Chainsaw, uma das mais clássicas bandas de rock alternativo do Brasil (e uma das minhas favoritas) voltou a se encontrar neste fim de semana em sua cidade-natal, Piracicaba. E segundo o senhor Grenade, também conhecido como Rodrigo Guedes, foi como se eles nunca tivessem parado de tocar juntos. Olha esse trechinho do ensaio.

O show rola em breve e a foto do reencontro acima é do Caio Augusto, que está fazendo um documentário que tem a ver com essa volta do Killing. Já já eu falo mais sobre isso…

Educação Musical, com Tiê

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Faça sua inscrição aqui.

Realizo hoje a segunda aula do curso Educação Musical, que coordeno na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi e que fala sobre a importância da audição musical a partir da formação musical de três dos principais nomes da atual música brasileira. O primeiro, que aconteceu há duas semanas, aconteceu com a Céu e o de hoje é com a Tiê, que explica como ouvir atentamente clássicos da música brasileira, hits do rádio e novos artistas lhe ajudaram a se tornar uma melhor ouvinte e sua própria produção cultural. A aula de hoje começa a partir das 20h na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi de São Paulo e as inscrições podem ser feitas neste link. Na semana que vem eu converso com o Marcelo Jeneci.

The Dark Side Awakens

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Que mané Mágico de Oz! Um maluco teve a manha de sincronizar o Dark Side of the Moon com o Episódio VII do Guerra nas Estrelas – escrevi sobre as tais “coincidências” lá no meu blog no UOL.

Lucas Vasconcellos e um violão

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“Vim morar no Rio em 2001”, me explica Lucas Vasconcellos quando lhe pergunto sobre o que está acontecendo com a cena musical da cidade em que ele escolheu morar. “Quando eu cheguei, a moda do forró já tava passando e muitos artistas interessantes estava fazendo show em lugares como o Garage e o Ballroom. Tinha muito menos espaço pra tocar, gravar ainda era super caro e mesmo assim ouvia demos brilhantes do Zumbi do Mato por exemplo. O funk proibidão apontava insights de criatividade absurdos tanto na poesia como na forma de fazer uma montagem, os músicos com perfis mais experimentais tinham projetos bastante ousados – como o +2 – e o rock se alinhava com outros estilos, deixando de ser algo ‘puro’ e cheio de referências gringas pra se acoplar a outros gêneros e forjar altas novidades.”

Ele resume rapidamente as transformações iniciais que fizeram mudar a cara do Rio de Janeiro, que atualmente atravessa uma década de importante ebulição musical, depois de um período de entressafra. E ele é um dos nomes mais ativos desta nova cena, seja como guitarrista e compositor primeiro no Binário e depois no Letuce, além de ter tocado com Lucas Santtana e Rodrigo Amarante, e, claro, de sua própria carreira solo, que agora chega ao terceiro disco, o introvertido ao vivo Silenciosamente, que você ouve pela primeira vez com exclusividade aqui no Trabalho Sujo.

Gravado ao vivo quando ele apresentou-se usando só o mesmo violão que era de seu pai desde os 12 anos, Silenciosamente é um disco de autoterapia, em que Lucas visita músicas de seu repertório solo, além de versões para músicas importantes em sua formação, como “Teatro dos Vampiros” do Legião Urbana, o clássico da bossa nova “Você e Eu”, “Lady Greening Soul” de David Bowie e “Na rua Na Chuva Na Fazenda” de Hyldon. “Achei natural fazer um retrospecto dessas canções que fiz ao longo dessa jornada solo e mistura-las com outras que me acompanharam desde muito cedo. Hoje já me sinto capaz de me apropriar delas com alguma assinatura”, explica, embora não considere esse disco especificamente terapêutico. “Todo disco que faço é de alguma maneira terapêutico. Nunca me interessou fazer parte de nenhum movimento ou orientar minha criatividade pra algum alvo mercadológico. Faço discos pra entender melhor a vida e sofrer menos, pra desenvolver meu afeto, minha disciplina, ter prazer e me comunicar com o universo. Isso pode ser chamado de terapia. Então, esse disco tem 100% de terapia. ”

“A vida de um artista é feita de ciclos”, ele continua. “Estou envolvido com gravações e experimentações desde sempre, tendo bandas e colaborando com inúmeros projetos. Meu desejo por um isolamento é mais recente e me trouxe outro escopo a respeito da minha própria capacidade como criador. Ao mesmo tempo o violão e o piano foram, há mais de vinte anos, minhas pontes pra compreensão desse que se tornou meu trabalho. O violão especificamente promove uma independência, não demanda eletricidade, é portátil e capaz de resolver harmonias e melodias simultaneamente. Cantar e tocar violão me devolve a sensação matricial de envolvimento com a musica, com a canção. Talvez eu esteja com essa saudade: de me encantar com minha profissão novamente, porque depois de algum tempo, a necessidade e a obrigação acabam mascarando o prazer natural que me levou a essa escolha tão contundente e que moldou e determinou minha personalidade e meu destino. Ser um músico foi uma aposta muito arriscada, porque eu não tive uma formação acadêmica e também não tenho em minha linhagem familiar um aporte seguro que me introduzisse no mercado da música. Fico feliz que esteja dando certo.”

O novo disco solo também aproveita-se de um pause no Letuce, a banda que fundou com a ex-mulher Letícia Novaes, e lançou o ótimo Estilhaça no ano passado. “Tivemos problemas de agenda que não deixaram o fluxo de shows da banda correr mais forte. No segundo semestre imagino que as coisas voltarão ao normal. Letuce tem um público muito fiel e o disco novo reverberou bastante. Abrir frente com um projeto dessa natureza é sempre complicado, porque fazemos questão dessa singularidade, dessa forma de escrever e tocar que não se adequa a nenhum estilo específico. O mercado ainda deseja e reage mais facilmente ao que tem rótulo. Nunca contamos com um escritório de agenciamento poderoso muito menos com a máquina de uma gravadora pra impulsionar nossa música. Isso faz as coisas andarem mais lentas mesmo. Nós sabemos e ‘temos nosso próprio tempo’.”

Quem quer ver o Vruumm ao vivo nessa sexta-feira?

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O Vruumm, liderado pelo saxofonista Anderson Quevedo, é mais uma promissora banda instrumental a dar as caras em São Paulo e passeia por áreas diferentes da música misturando jazz, rock, funk e muito groove. O sexteto apresenta seu primeiro disco homônimo ao vivo nessa sexta-feira, no Sesc Vila Mariana, às 20h30 (mais informações aqui e descolou um par de ingressos e um par de CDs para dar a um leitor do Trabalho Sujo. Para concorrer é só escrever aí na área de comentários que outra banda – brasileira ou gringa – funcionaria bem num show com o grupo paulistano. Pra quem não connhece os caras, uma palhinha aí embaixo:

Sussa apresenta My Magical Glowing Lens

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Depois de quase dois anos hibernando, as Tardes Trabalho Sujo estão de volta. A festa Sussa – diurna, tranquila e favorável – volta a funcionar na ressaca do carnaval, trazendo uma das melhores pérolas da atual renascença psicodélica brasileira, a banda capixaba My Magical Glowing Lens. Filhote da cabeça da guitarrista Gabriela Deputlski, a banda, que agora é um trio, passeia por pairagens sessentistas mas com forte influência das tempestades de microfonia sussurrada do final dos anos 80 – psicodelia shoegaze, para ser mais exato. Transe ruidoso pra fazer cérebros derreterem com música. Ela mostra a ótima “Windy Streets” em um vídeo exclusivo para o Trabalho Sujo.

Filmei o show que ela fez na Casinha no ano passado, quando tocava com outra banda de apoio:

A primeira Sussa do ano começa a partir das 16h20, no próximo domingo, e além do show do MMGL ainda discoteco ao lado da Babee, do Danilo e do Luiz. E dizem que vai rolar participação especial no show do My Magical Glowing Lens, vamos ver…

SUSSA – Tardes Trabalho Sujo apresenta My Magical Glowing Lens
Domingo, 14 de fevereiro de 2016
Show: My Magical Glowing Lens
Com discotecagem de Alexandre Matias, Luiz Pattoli, Babee e Danilo Cabral
Casa Do Mancha
R. Felipe de Alcaçova – Pinheiros. São Paulo.
Telefone: (11) 3796-7981
A casa aceita cartões de débito.
Ingresso: R$ 20
Horário: a partir das 16h20