Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Dadá Joãozinho apontando pra 2025

O artista e produtor de Niterói Dadá Joãozinho encerra 2024 lançando mais uma parceria ao mesmo tempo em que anuncia o último show do ano, comemorando os feitos no ano que chega ao fim, ano que começou em São Paulo fazendo uma apresentação no Centro da Terra. “Ano maravilhoso, tocando em palcos foda pelo Brasil, turnê independente na Europa, Cultura Livre, Coala Festival e tudo isso conseguindo articular uma visão nossa da música, design, performance, também gravando muita”, enumera, incluindo o single “Olha Pra Mim”, que será lançado nesta terça-feira, uma colaboração com a banda Raça que ele antecipa junto com o clipe em primeira mão para o Trabalho Sujo. “Pra mim é uma alegria muito grande lançar junto com Raça que é minha banda preferida em São Paulo e também por ser diferente do que fiz no meu último disco e me jogar nesse novo momento é muito refrescante”, fala sobre a música mais pop que já lançou. “É a primeira parceria minha e do Popoto (vocalista do Raça) que a gente publica, nós que moramos juntos em 2020 quando ele me recebeu aqui em São Paulo e fizemos muita música juntos. Muita coisa que foi parar no meu disco e no disco novo do Raça vieram daquele momento. ‘Olha Pra Mim’ é uma composição mais recente e reflete um outro tempo pra nós enquanto artistas e comunicadores.” Para o ano que vem ele visa fortalecer seu lado estilista ao lançar peças de sua marca, 1997, como gancho para novas composições no ano que vem. “Feliz em fechar o ano lançando esse som com Raça, que eu amo, e com meu primeiro show que faço num Sesc aqui em São Paulo, e junto de Bebé!”, ele se refere à apresentação gratuita que fará no próximo dia 12, às 19h, no Sesc Vila Mariana.

Assista ao clipe abaixo:  

Deixa andar…

Neste domingo pude ver mais um show que Juçara Marçal fez celebrando seu clássico disco de estreia, Encarnado, desta vez no Itaú Cultural, o primeiro no ano com a presença de Thiago França. Como nas outras vezes, a apresentação contou com o trio cinco estrelas que funda o púlpito eletroacústico em que a mestra discorre sua trágica obra: o suíço Thomas Rohrer na rabeca, Kiko Dinucci na guitarra e Rodrigo Campos alternando entre a guitarra e o cavaquinho. E além dos clássicos do disco de 2014 (canções inesquecíveis de seus compadres – “Velho Amarelo” de Rodrigo Campos, “Queimando a Língua” de Rômulo Froes, “Pena Mais que Perfeita” de Gui Amabis e “A Velha da Capa Preta” de Siba, além do ápice ao vivo que é a transição entre a dramática “Ciranda do Aborto” – ainda mais cantada neste fim de 2024 – e a bucólica “Canção para Ninar Oxum”), Ju ainda passeou por canções clássicas de seu cânone brasileiro pessoal, como “Xote de Navegação” de Chico Buarque (em que é acompanhada apenas por Thomas tocando um fuê de cozinha e desandou numa versão noise para “Odoyá”) e “Dor Elegante” do Itamar Assumpção (quando convidou Thiago para o palco e deslizou no nome do autor num momento cômico involuntário que serviu para dissipar o clima tenso da noite até então). Aproveitou a presença de Thiago para voltar ao disco com a imortal “Damião” e “E o Quico?”, do mesmo Itamar (qual deles?), com o maestro da Charanga disparando eletrônicos em vez de tocar seu sax. O show terminou com a saudação a Tom Zé em “Não Tenha Ódio no Verão” (e seu refrão desopilador) e as três tragédias suburbanas descritos por Paulinho da Viola (“Comprimido”), Kiko Dinucci (“João Carranca”) e Rômulo e Thiago (“Presente de Casamento”). O show terminou no alto com uma inédita que veio no bis, quando o quinteto novamente reunido, instigou o público com a emblemática “Opinião”, de Zé Keti, numa versão eletrocutada. Deixa andar…

Assista abaixo:  

Do que são feitos os clássicos

É muita tiração de onda. O MPB4, que completa 60 anos de atividade neste 2024, é um dos conjuntos musicais mais longevos do mundo, ao lado de raros nomes os Demônios da Garoa, os Rolling Stones e o The Who, e nestas seis décadas pode acompanhar de perto a evolução da música brasileira, muitas vezes como coadjuvantes, outras como protagonistas. E o espetáculo com mais de duas horas que apresentaram neste sábado no Sesc Pinheiros é tanto uma aula de história da MPB como uma viagem emocionada por canções que seus quatro integrantes ajudaram a colocar em nosso panteão musical. E bastou a breve apresentação que os quatro fizeram antes do show propriamente dito para mostrar a importância do grupo, quando subiram ao palco os fundadores Miltinho (81 anos, tocando violão e cantando como poucos) e Aquiles (76 anos) e os ex-Céu da Boca Dalmo Medeiros (73 anos, há vinte anos no grupo, após a saída de Ruy Faria) e Paulo Malaguti Pauleira (o caçula com 65 anos, há dez anos no grupo no lugar da voz e do piano de Magro, que morreu em 2012) para contar brevemente sua história enquanto cantarolavam “Mascarada” de Zé Kéti. Dali em diante descortinaram um show maravilhoso, com músicas de Milton Nascimento (“Notícias Do Brasil (Os Pássaros Trazem)” e “Travessia”), Tom Jobim (“Falando de Amor”), Sidney Miller (“Pois É, Pra Quê?”), Dori Caymmi (“Porto” e “O Cantador”), João Bosco (“A Nível De…”), Ivan Lins (“Velas Içadas”), Aldir Blanc (“Amigo É Pra Essas Coisas”), Paulo César Pinheiro (“Milagres” e “Cicatrizes”), Kleiton e Kleidir (“Paz e Amor” e “Vira Virou”), Guinga (“Catavento e Girassol”) e obviamente Chico Buarque. Deste visitaram hinos da resistência musical brasileira com arranjos vocais originais, como “Angélica”, “Cálice”, “Gota D’Água”, “Apesar de Você” e “Que Tal um Samba?”. Sempre brincando entre si, contando causos e comemorando a vitória do Botafogo, os quatro foram acompanhados dos próprios herdeiros, com uma banda formada por Pedro Lins (filho de Aquiles) na guitarra, João Faria (filho de Ruy Faria) no baixo e Marquinhos Feijão (filho de Miltinho) na bateria. Ainda chamaram a cantora mineira Priscilla Frade para participar do show (que cantou duas músicas próprias e voltou no número final), visitaram “O Pato” da Arca de Noé de Vinícius e Toquinho (com direito a Miltinho imitando o Pato Donald cantando “Ninguém Me Ama”, eternizada por Nora Ney) e a eterna “A Lua”, antes de encerrar o show com a épica “Roda Viva”, passando por “O Bêbado e o Equilibrista” e encerrando o show com dois clássicos de Chico: a maravilhosa “Fantasia” (“Canta, canta uma esperança, canta, canta uma alegria, canta mais, revirando a noite, revelando o dia. noite e dia, noite e dia”) e o hino “Quem Te Viu, Quem Te Vê”, numa noite em que mostraram do que são feitos os clássicos – no caso, o próprio grupo.

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Duas vertentes do atual rock paulistano

Na primeira edição do Inferninho Trabalho Sujo no Redoma, tivemos uma overdose de rock moderno a partir de duas vertentes diferentes da atual cena paulistana, encarnadas nos grupos Applegate e Naimaculada. O primeiro começou a noite mostrando seu recém-lançado segundo álbum Mesmo Lugar na íntegra e chamando convidados para esta jornada, entre eles dois integrantes da segunda banda da noite, o saxofonista Gabriel Gadelha e o guitarrista Samuel Xavier, além da novata Maria Clara Melchioretto, que dividiu o vocal em algumas músicas da banda, que está endiabrada, com o vocalista Gil Mosolino dividindo-se entre solos lisérgicos de guitarra e pirações freestyle no synth, acompanhado de perto do baixista Rafael Penna, que tocava synthbass e baixo elétrico, do guitarrista Vinícius Gouveia e do baterista Luca Acquaviva, numa apresentação intensa.

Depois foi a vez do Naimaculada encerrar as atrações no palco. Seus timbres de rock pesado pairam sobre as estruturas melódicas de suas canções, entre a soul music, o blues e o funk, e abrem espaço para improvisos jazzísticos, deixando cada um dos músicos aparecer de forma isolada, todos eles trabalhando para a construção das músicas coletivamente. Por isso, por mais que o vocalista Ricardo Paes acabe naturalmente se destacando (seu vocal rasgado e falado, sua presença de palco e seu carisma o tornam um showman inevitável), a guitarra de Samuel Xavier, o baixo de Luiz Viegas, a bateria de Pietro Benedan e os sopros (sax e flauta transversal) de Gabriel Gadelha, conspiram em uma única vibe, urbana e sofrida ao mesmo tempo que é catártica e coletiva, fazendo o público cantar juntos em vários momentos. Às vésperas de lançar seu primeiro disco (A Cor Mais Próxima do Cinza) no início do próximo ano, o Naimaculada é um dos novos grupos mais promissores da atual cena de São Paulo.

Assista abaixo:  

Inferninho Trabalho Sujo apresenta Naimaculada e Applegate

Na última sexta-feira de novembro o Inferninho Trabalho Sujo entra mais um espaço de São Paulo ao realizar sua primeira festa no Redoma, que fica ali no Bixiga. E quem desbrava esse novo palco com a gente são as bandas Naimaculada e Applegate, dois novos nomes da cena paulistana que estão aos poucos atingindo um público cada vez maior. As duas bandas aproveitam a festa para mostrar seus lançamentos: o Applegate lança seu novo álbum Mesmo Lugar enquanto o Naimaculada mostra o novo single “Não é Sobre Peixes”, mais um degrau rumo ao seu primeiro disco. As bandas se apresentam a partir das 21h na sexta dia 29 de novembro e além dos shows ainda teremos minha discotecagem e da Lina Andreosi. O Redoma fica na Rua 13 de Maio, 825 e os ingressos já estão à venda neste link.

Will Cullen Hart (1971-2024)

Era bom demais pra ser verdade. As duas músicas inéditas do Olivia Tremor Control saíram hoje porque seu outro fundador, Will Cullen Hart, nos deixou na manhã dessa sexta-feira. Não consigo nem encontrar palavras para falar sobre sua falta e nem precisa, afinal seu grande amigo e irmão Robert Schneider, o líder dos Apple In Stereo, acabou de fazer isso ao anunciar a morte do amigo no Facebook. Traduzi o texto abaixo:

“Castelo Cubista Para Sempre: Estou profundamente arrasado neste dia de celebração de um novo lançamento do Olivia Tremor Control, para anunciar que meu querido amigo e cofundador da Elephant 6 Recording Co., W. Cullen Hart (Will para seus amigos), faleceu esta manhã de causas naturais, de repente, pacificamente e de muito bom humor em torno do lançamento das duas novas músicas do OTC.

Will era um músico pop experimental e psicodélico genial, um artista visual brilhante e prolífico que rascunhava e fazia colagens a cada segundo todos os dias, em cada objeto ao seu alcance. Ele sempre gravador em quatro canais ao longo da vida, loopador de fitas, poeta espontâneo, construtor de colagens sonoras, desconstrutor de instrumentos musicais e um compositor muito talentoso de músicas pop desde que éramos adolescentes. Ouvi falar de Will antes de conhecê-lo, um amigo comum me disse: “Você e Will Hart são exatamente iguais!” (Éramos muito animados e barulhentos.) Peguei emprestado uma cópia em fita cassete do Kiss Dynasty de Joey Foreman – futuro projecionista do OTC – no ensino médio, sabendo que havia sido emprestada de Joey pelo Will, e amei. Will e eu nos conhecemos em um show do Cheap Trick, apresentados por um amigo comum (e futuro companheiro de banda para nós dois) Jeff Mangum, e nos tornamos jovens competidores na música, e depois os amigos mais próximos. Devolvi a fita do Dynasty alguns anos depois.

Will era, ao lado de Bill Doss, líder do Olivia Tremor Control (que eu coproduzi), líder da banda Circulatory System, e foi o líder espiritual da comunidade artística Elephant 6 que explodiu em Athens, na Geórgia, no final dos anos 1990. Ele foi meu cúmplice na adolescência e no início dos vinte anos, meu querido amigo, colega de quarto, colega de banda, e perseguimos uma visão de arte e música juntos durante toda a nossa vida, até hoje, que criamos quando filhos – juntos. Will era infinitamente falante, infinitamente engraçado, infinitamente expressivo, infinitamente criativo. Era energético, doce, tenro, sincero, que alternava ser totalmente tranquilo e explosivo. Will sofreu de esclerose múltipla por quase duas décadas, o que reduziu gradualmente sua mobilidade, sua habilidade de tocar violão e para fazer turnês – mas ele manteve sua produtividade, suas composições, suas gravações e sua arte, e viveu a vida em um estado de criatividade elevada. Ele era infinitamente amado por mim, e por seus companheiros de banda e pelas comunidades da Elephant 6 e de Athens.

Estou chocado com a perda do meu amigo. Hoje, honro Will, preenchendo um pedaço de sua lenda. Quando o outro líder do Olivia Tremor Control, Bill Doss – também meu querido amigo e companheiro de banda do Apples in stereo – faleceu em 2012, o OTC estava a todo vapor gravando um novo álbum conceitual épico, com Bill e o talentoso Derek Almsted trabalhando juntos para projetar e montar um ambicioso álbum duplo. Na parede do estúdio de Bill havia um gráfico cheio de poesia abstrata e flechas, que supostamente era um mapa para o disco. Assinei para ajudar a terminar a produção – e eu estava me mudando para Atlanta para a pós-graduação em matemática na Emory. O plano era: fins de semana em Athens até o disco ficar pronto. Ouvi todas as mixagens brutas, revisei as notas de estúdio de Bill e Will, e tínhamos um plano para terminar. Mas, tragicamente, o fim de semana em que me mudei para Atlanta foi o fim de semana em que Bill morreu, no mesmo dia em que nos mudamos. Ele estava completamente absorto no novo disco do OTC e cheio de inspiração, e todos nós juramos terminar o trabalho. Mas a tristeza nos segurou por anos. Ela ainda me segura. “Bill foi para as montanhas”, disse Will.

Will nunca perdeu o foco, mesmo em sua tristeza, na obra-prima que ele e Bill começaram. Ele manteve a visão e o conceito frescos. Mas ele não é um engenheiro de estúdio e tinha esclerose múltipla debilitante, então ele realmente precisava de toda a comunidade para apoiar o esforço. Durante as filmagens do documentário Elephant 6, C. B. Stockfleth estava vindo para Atenas e Will estava cada vez mais apaixonado por trabalhar no OTC novamente. Marcamos uma sessão no estúdio caseiro do engenheiro-músico Jason NeSmith para começar a preencher os overdubs necessários e olhar para terminar uma ou mais faixas do OTC. Duas músicas, “Garden of Light” (música de Bill) e “The Same Place” (música de Will), estavam quase prontas, então nos concentramos nelas e terminamos os overdubs da lista de tarefas original de Bill, além de algumas novas peças com Will e eu supervisionando. Foi um esforço enorme, a banda inteira veio tocar, meu cunhado e colaborador Craig Morris veio ajudar na engenharia, e sentimos uma sensação de grande impulso. Isso é capturado muito bem no filme, foi uma experiência de gravação muito comovente. Mesmo assim, a tristeza e a desorganização dificultaram o prosseguimento a partir daí. Levou anos só para terminar as duas músicas.

Junto com Will e Bill, e Derek, que fez a engenharia das faixas básicas e trabalhou muito no álbum OTC, Jason NeSmith é o herói da finalização das duas músicas OTC. Jason e Will trabalharam juntos na mixagem das duas músicas, enviando mixagens para mim para comentários, e então começaram a progredir em direção a outras faixas OTC inacabadas. Graças a Jason, Will ganhou impulso e novo entusiasmo, e sua colaboração no estúdio floresceu nos últimos dois anos, mesmo com a esclerose múltipla afetando a mobilidade de Will cada vez mais – ele avançou até o final feliz e bravamente. Sou muito grato a Derek e Jason por seu trabalho de engenharia no álbum final OTC. Que a história desta banda clássica registre o papel vital que cada um deles desempenhou como parceiros de Bill e Will. E Kelly Hart, esposa de Will e sua co-empresária do selo Elephant 6 reiniciado, é a heroína de trazer as músicas ao mundo. Essas belas músicas — talvez entre as melhores músicas pop psicodélicas já gravadas — existem hoje, estão no BandCamp e no LP de vinil documentário da E6 que saiu hoje, e Kelly me disse que esta manhã Will estava animado e feliz em ver que as pessoas estavam baixando. Hoje é um dia de vitória para W. Cullen Hart — seu último dia representou um triunfo. Hoje é o dia em que a perseverança de Will, sua sinceridade, sua luta contra a EM e sua devoção a Bill e sua visão comum dão frutos.

Meu querido amigo, meu irmão, meu co-conspirador, meu co-fundador da E6, eu sempre te amei e sempre te amarei com a mesma intensidade que eu tinha quando éramos jovens. Você era tão incrível, eu nem consigo acreditar que você existia. Sentirei falta do seu amor, do seu humor, da sua energia e do seu brilhantismo para sempre. Vou me esforçar para ajudar seus companheiros de banda a terminar seu trabalho, e serei eternamente grato por sua amizade e seu amor – meu doce amigo e minha maior influência artística. Que sua jornada para as montanhas seja linda.”

Duas músicas novas do Olivia Tremor Control!

Uma das maiores bandas psicodélicas de todos os tempos deu sinal de vida! Sem lançar nada inédito desde o século passado, a banda Olivia Tremor Control vinha trabalhando no que seria seu terceiro álbum num ritmo quase geológico, até que, em 2012, um aneurisma interrompeu bruscamente este processo ao matar um de seus fundadores, o genial Bill Doss. Depois do luto, o outro fundador da banda, Will Cullen Hart, seguiu trabalhando no disco até como um tributo ao amigo, anunciando que seria o último disco da banda, mas até esta sexta-feira não havia nenhuma música do Olivia lançada neste século – quando o Bandcamp da banda anunciou não apenas uma, mas duas novas faixas e maravilhosas, a solar “Garden of Light” e a melancólica “The Same Place”, além de uma camiseta com um novo logotipo da banda. E as músicas são tão boas que parece que é 1996 de novo. Será que o disco novo finalmente está vindo? Tomara! Ouça abaixo:  

Brat em casa

O ano vai chegando no fim e Charli XCX firma seu evento Brat como um dos principais acontecimentos do ano – que segue arrasando corações e quarteirões. E no final de novembro ela trouxe seu circo para casa, quando apresentou seu disco ao vivo em grande escala na Inglaterra, especialmente no show desta quinta-feira, na O2 Arena, quando recebeu a conterrânea Shygirl (com quem dividiu “365”), a norte-americana Caroline Polachek (que cantou sua versão para “Everything is Romantic”) e os suecos Robyn e Yung Lean para dividir o palco com ela pela primeira vez, na faixa de abertura do disco de remixes, “360”. Charli aproveitou para cantar “Welcome To My Island” com a Polachek e o hit eterno “Dancing On My Own” ao lado de sua autora Robyn e a noite ainda contou com o noivo de Charli, o baterista do grupo The 1975 George Daniel finalmente fazendo a infame coreografia que viralizou para a irresistível “Apple”, um dos vários hits de Brat. Quem segura XCX?

Assista abaixo:  

Interstella 5555 nos cinemas do Brasil!

O Daft Punk acabou mas não acabou, tanto que seguem lançando reedições de seus discos e lançando outras ações para manter o nome da dupla em voga. E desta vez os robôs franceses miraram nas salas de cinema – do mundo todo! No dia 12 de dezembro eles relançam globalmente o clássico anime Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem, que lançaram em 2003 em parceria com o lendário mestre da animação japonesa Leiji Matsumoto (mais conhecido pelo histórico Patrulha do Espaço) com o disco que fizeram à época, Discovery, como trilha sonora contínua do desenho animado. É um longa sem diálogos que mistura ficção científica com musical e sincroniza-se perfeitamente com o disco que traz hits como “One More Time”, “Harder, Better, Faster, Stronger”, “Digital Love”, entre outros. E lógico que eles iam aproveitar a deixa para relançar edições deluxe do disco. E o mais legal é que o filme vai ser exibido em várias salas no Brasil – checa neste link e assista ao trailer abaixo (e veja a cara da reedição limitada em CD):  

St. Vincent e Norah Jones no Popload Festival

O Popload Festival demorou pra dar sinal de vida mas veio com tudo pro ano que vem! Além de anunciar a data pro último dia de maio de 2025 e de trocar seu cenário pelo Parque Ibirapuera, acaba de confirmar duas atrações de peso: Norah Jones e St. Vincent! E corre pra comprar os ingressos logo (neste link) porque ainda tá no preço promocional…