Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Depois de um ano sabático, a festa Noites Trabalho Sujo voltou à ativa neste fim de 2019 e não dava para terminar o ano sem comemorar o aniversário de oito anos da festa conhecida por misturar hits de todas as épocas, pistas e gêneros musicais. De clássicos da dance music a pérolas soul, passando por diferentes fases da música brasileira, sucessos do rap, rock de todas as décadas e hinos indie. Eu e meus comparsas Danilo Cabral e Luiz Pattoli aproveitamos o aniversário das Noites Trabalho Sujo para também celebrar a última edição deste ano nesta quarta, consagrando também nossa parceira com o Tokyo SP.
Noites Trabalho Sujo @ Tokyo 東 京
Oito anos de Noites Trabalho Sujo!
Quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
No som: Alexandre Matias, Danilo Cabral e Luiz Pattoli
Rua Major Sertório, 110 – Centro (República)
A partir das 23h
Para colocar seu nome na lista, mande no email noitestrabalhosujo@gmail.com ou clique aqui
O Red Hot Chili Peppers anunciou neste domingo, em sua conta no Instagram, que seu mais emblemático guitarrista, o errático e genial John Frusciante, volta ao elenco do grupo, fazendo-o retomar à sua formação mais clássica. Frusciante entra no lugar de Josh Klinghoffer, que ocupou este posto no grupo pelos últimos dez anos. Embora a formação seja a mesma que gravou seus discos mais imortais (Mother’s Milk e BloodSugarSexMagik), ela também é a mesma da fase mais comercial do grupo (dos chatos e bem sucedidos Californication, By the Way e Stadium Arcadium), quando perdeu toda sua verve se tornando uma espécie de Aerosmith de peito de fora.
Há uma expectativa que o grupo retome a fase áurea, mas sou bem cético em relação a isso. Mas se eles fizerem uma turnê tocando o disco de 1991 na íntegra (o que harmonizaria perfeitamente com a volta do Rage Against the Machine), estarei lá para vê-los ao vivo, sem dúvida.
O projeto Soundhearts juntou vídeos feitos por fãs que estiveram no dia 22 de abril do ano passado no estádio do Palmeiras para registrar o segundo show que o Radiohead fez em São Paulo, quase dez anos depois do primeiro, em 2009. O resultado é um mergulho multicâmera naquele que foi sem dúvida um dos melhores shows da década na cidade.
https://www.youtube.com/watch?v=ywX202-fx6o
Coisa fina. Olha o setlist:
“Daydreaming”
“Ful Stop”
“15 Step”
“Myxomatosis”
“You And Whose Army?”
“All I Need”
“Pyramid Song”
“Everything in Its Right Place’
“Let Down’
“Bloom”
“The Numbers’
“My Iron Lung”
“The Gloaming”
“No Surprises”
“Weird Fishes/Arpeggi”
“2 + 2 = 5”
“Idioteque”
Primeiro bis
“Exit Music (For A Film)”
“Nude”
“Identikit”
“There There”
“Lotus Flower”
“Bodysnatchers”
Segundo bis
“Present Tense”
“Paranoid Android”
“Fake Plastic Trees”
O músico, cantor e compositor carioca Pedro Dias Carneiro – melhor reconhecido pela sigla de seus nomes, PDC, ou, mais especificamente, Vovô Bebê – é um dos integrantes de uma turma que está aos poucos desconfigurando a cara sonora do Rio de Janeiro. Com a faixa etária flutuando pelas duas décadas de idade, esta safra de músicos nasceu à sombra da geração + 2 (a turma que unia os experimentos de Kassin, Domenico e Moreno à MPB-indie do Los Hermanos) e foi acalentada na Áudio Rebel com muita experimentação sonora na veia (nutrientes providos pelo selo Quintavant). Seu principal nome é a revelação deste ano Ana Frango Elétrico, mas há vários outros artistas – e não apenas músicos – orbitando-se mutuamente. E PDC, que já passou dos trinta, é o vovô do grupo e o próximo a dar a sua cara, anunciando o lançamento de seu terceiro disco, Briga de Família, pelo selo Risco, que também lançou o disco mais recente de Ana, o maravilhoso Little Electric Chicken Heart. E ele antecipa em primeira mão para o Trabalho Sujo o clipe da faixa que batiza e abre o disco, uma avalanche sonora que empilha questões como “Quem deixou mamãe descer com o martelo na careca do vovô?” e “Quem deixou o frango em cima da mesa dando sopa pro cachorro?” em menos de dois minutos de uma canção fantasiada de cacofonia bate-estaca.
“O disco é o registro desse show que tenho feito com banda desde 2017. um pouco devagar, feito sem outros apoios, sabe como é”, ele me explica por email. “Foi gravado em basicamente três etapas: bases, sopros e vozes, entre mortos e feridos nos últimos dois anos. Depois o Gabriel Ventura (guitarrista) veio aqui a gente passou umas coisas pelos pedais dele, tudo aqui no estúdio, o antigo 304 do Chico Neves, hoje carinhosamente chamado de Estúdio do Vovô.”
“Nos outros discos eu toquei quase todos os instrumentos, não tinha banda, apenas uma ou outra participação”, ele compara com os trabalhos anteriores. “Nesse além dos amigos músicos absurdos que consegui juntar, ainda tive a sorte de ter a leveza da voz da Luiza Brina em uma das faixas, e o grande Luís Capucho incorporando um inusitado carioca. Na faixa título, aproveitei o tema família pra chamar o Leonardo Musse pra tocar trompete e o Conrado Kempers pra samplear uns sons de rádio, ambos fazem parte da minha primeira banda Dos Cafundó.”
É a deixa para falar sobre esta geração – e apresentar sua banda. “Humildemente, entrei num grupo bão. É Guilherme Lírio no baixo, Uirá Bueno na bateria, Tomas Rosati na percussão, Aline Gonçalves no clarinete, Karina Neves na flauta, Jonas Hocherman no trombone, Ana Frango Elétrico nos vocais, o Gabriel Ventura nos efeitos e o Bruno Schulz pilotando o som. Só mestre guerreiro se virando como pode pra viver de música no Rio.”
E continua: “Eu acho que o sapo tem que pular. E acho que o Rio, apesar de ser historicamente um dos centros culturais do país, se continua sendo é porque o pessoal aqui é quente. Então sim, tem uma galera tocando fogo aqui na música e nas artes, muita gente, em muitos Rios de Janeiro. Eu tenho a sorte de conhecer uma pequena parte dessa turma, e cada um vem de um lugar né, acho que se tem algo parecido com alguma cena que eu faço parte é importante citar a Audio Rebel, o Escritório e agora o Aparelho, espaços que sempre deixaram as portas abertas pra música independente aqui.”
O disco que sai no fim de janeiro é o primeiro com esta formação, uma vez que gravou seus dois discos anteriores praticamente sozinho. O primeiro, inclusive, era em seu próprio nome – e “Vovô Bebê” era o nome de uma das faixas, que acabou sendo a forma que ele começou a se identificar nas redes sociais. “Quando o disco surgiu, a ideia era ser o último Vovô Bebê, a morte do Vovô. Os outros têm uma temática mais de resgate, de busca por serenidade, aceitação acho. Esse tem mais a ver com ruptura, conflito. É briga de família, é briga. mas é família. mas é briga. Então, mesmo que como música não entregue exatamente o que é o disco, achei que hoje em dia fazia sentido começar com a morte do Vovô, com uma martelada na cabeça, e partir daí.” Na cabeça do vovô e dos ouvintes – a faixa é a mais atordoante do disco, pra não deixar dúvidas sobre suas intenções.
O BaianaSystem reage a 2019 com o hit “Cabeça de Papel”, em que desmascara o circo que se tornou o mundo neste ano sem poupar dedos na cara e nomes aos bois.
E será que eles vão parar aí?
O grupo neozelandês Yumi Zouma deixa a gravadora nova-iorquina Cascine e lança o single “Right Track / Wrong Man” para firmar o contrato com a gravadora de Illinois Polyvynil, tornando-se assim companheiros de grupos como The Dodos, Of Montreal, Xiu Xiu, Get Up Kids e Pedro the Lion. Mas a mudança de casa não mexeu um milímetro no delicioso synthpop do grupo.
Paula Rebellatto, Carla Boregas e Maurício Takara despedem-se dos trabalhos do Rakta neste 2019 na sexta edição da Sexta Trabalho Sujo, às 21h, no Estúdio Bixiga, apresentando o ótimo Falha Comum nesta sexta-feira 13 (mais informações aqui). Promete! Vamos?
Depois de ter mostrado a inédita “In the Afternoon” em um show em Las Vegas no mês passado, a dupla norte-americana MGMT lança sua versão em estúdio por conta própria.
Dura e estranha como seu disco mais recente, Little Dark Age, a nova faixa (que já está em pré-venda e será lançada em vinil em março do ano que vem, com a inédita “As You Move Through the World” como lado B) é o primeiro lançamento da MGMT Records, selo que o grupo oficializa com este single e marca sua despedida da gravadora Columbia, marcando o início de sua fase verdadeiramente independente. Mas não há previsão de novo disco, pelo menos não por enquanto.
Encerrando a sessão Trabalho Sujo Apresenta em 2019, tenho o maior prazer de receber o cantor e compositor paulistano Sessa, que traz seu elogiado disco Grandeza para um último show do ano nesta sexta-feira, no palco da Unibes Cultural, às 20h (mais informações aqui).
O produtor haitiano-canadense pega todo mundo de surpresa ao anunciar o lançamento de seu segundo álbum para esta sexta-feira, dia 13, soltando um single com Kali Uchis pra não deixar nenhuma dúvida.
E como se o delicioso groove de “10%” não fosse suficiente, ele anuncia que Bubba (o título do disco, já em pré-venda, veja a capa acima e o nome das músicas abaixo) ainda contará com participações ilustres de outros nomes, como Pharrell Williams, Estelle, Mick Jenkins, Tinashe, entre outros.
“DO IT”
“2 the Music (feat. Iman Omari)”
“Go DJ (feat. SiR)”
“Gray Area (feat. Mick Jenkins)”
“Puff Lah”
“10% (feat. Kali Uchis)”
“Need It (feat. Masego)”
“Taste (feat. VanJess)”
“Oh No (feat. Estelle)”
“What You Need (feat. Charlotte Day Wilson)”
“Vex Oh (feat. GoldLink, Eight9Fly and ARI PenSmith)”
“Scared to Death”
“Freefall (feat. Durand Bernard)”
“Culture (faet. Teedra Moses)”
“The Worst in Me (feat. Tinashe)”
“September 21”
“Midsection (feat. Pharrell Williams)”