Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Os cinemas devem voltar à atividade em agosto – mas você tem coragem de entrar em uma sala de cinema em plena pandemia? Eu e André Graciotti falamos sobre como o momento em que vivemos está impactando a indústria do cinema e como isso pode mudar completamente nossos hábitos nos próximos anos em mais uma edição do Cine Ensaio.
Segunda é dia de Festa-Solo, sempre às 21h no twitch.tv/trabalhosujo, vamos lá? Esse foi o da semana passada…
A Cor do Som – “Palco”
Caetano Veloso – “Queixa”
Gal Costa – “Meu Bem Meu Mal”
Secos & Molhados – “Sangue Latino”
Rita Lee – “Esse Tal de Roque Enrow”
Fiona Apple – “Under The Table”
Haim – “The Steps”
Letrux – “Cuidado Paixão”
Fleetwood Mac – “Dreams”
Itamar Assumpção – “Sampa Midnight”
R.E.M. – “Electrolite”
Raul Seixas – “Para Noia”
Daft Punk – “Something About Us”
Arcade Fire – “Reflektor”
Beck – “Lord Only Knows”
INXS – “Mistify”
Doors – “Roadhouse Blues”
Clash – “Rock the Casbah”
Velvet Underground – “We’re Gonna Have A Real Good Time Together”
Beatles – “I Saw Her Standing There”
Mutantes – “Trem Fantasma”
Pato Fu – “Rotomusic de Liquidificapum”
Pedro Pastoriz + Fausto Fawcett – “Faroeste Dançante”
Phoenix – “Lisztomania”
B-52’s – “Legal Tender”
Police – “Can’t Stand Losing You”
Feelies – “Crazy Rhythms”
X – “Johny Hit and Run Pauline”
Sebadoh – “Pink Moon”
Pixies – “Broken Face”
Tame Impala – “Feels Like We Only Go Backwards”
Unknown Mortal Orchestra – “From the Sun”
Ruído/mm – “Índios”
Àiyé + Vítor Brauer – “O Mito e a Caverna”
Negro Leo – “Eu Lacrei”
Ana Frango Elétrico – “Torturadores”
Alessandra Leão + Mateus Aleluia – “Ponto pra Preto Velho”
Angel Olsen – “Special”
Em uma entrevista a convite do programa Radar Sonoro, do Sesc Pinheiros, pude conversar em vídeo com o vocalista do Mombojó, Felipe S., sobre como seu projeto mais recente, Deságua, foi impactado pela quarentena – e aproveitamos para falar como ele vem atravessando este período.
O guitarrista Dinho Almeida, dos Boogarins, foi convidado pela banda instrumental pernambucana Kalou para assumir os vocais de seu novo single “Talho”, gravado em comemoração aos 10 anos do grupo, que também marca a última participação do guitarrista Saulo Mesquita, que saiu para dedicar-se a outros projetos, como integrante da banda. É a primeira música da banda registrada oficialmente a ter letra e vocais.
Chega mais.
INXS – “Need You Tonight”
Dua Lipa – “Break My Heart”
Daft Punk – Lose Yourself to Dance
Billie Eillish – “My Future”
Jessie Ware – “Adore You”
Poolside – “Around The Sun (Body Music Remix)”
Pharrell – “Frontin'”
Curumin – “Selvage”
Tulipa Ruiz – “Físico”
Mano Brown + Don Pixote + Seu Jorge – “Dance, Dance, Dance”
A Cor do Som – “Zanzibar”
Rincon Sapiência – “Ponta de Lança (Verso Livre)”
Di Melo – “Kilariô”
Curtis Mayfield – “Freddie’s Dead”
Beastie Boys – “Three Mc’s And One DJ”
KC & The Sunshine Band – “Keep It Comin’ Love”
Les Rhytmes Digitales – “Sometimes”
Lana Del Rey – “Blue Jeans (Penguin Prison Remix)”
Metronomy – “The Bay”.
A cantora australiana Kylie Minogue anuncia Disco, álbum dedicado à estética pop do final dos anos 70 e começa os trabalhos com a irresistível “Say Something”.
O disco está previsto para novembro e a capa – feia, vai dizer – é esta aí embaixo.
Escolhemos a morte como o assunto da vez – e cogitamos o que pode acontecer quando uma geração de ídolos nascidos na década da Segunda Guerra Mundial. Isso é gancho para falarmos sobre deseducação, capitalismo estrutural, a nova velhice e o legado da cineasta belga.
Aos poucos os Flaming Lips vêm antecipando seu próximo disco, American Head, no contagotas. Depois de mostrar “Flowers of Neptune 6“, “My Religion is You” e “Dinosaurs On The Mountain“, o grupo psicodélico norte-americano lança a bucólica “You n Me Sellin’ Weed”, que tem um estranho flerte com a country music.
Lou Reed passou os anos 80 queimando seu filme com discos irregulares e produções que não tinham nada a ver com a sonoridade que consolidou com sua clássica banda, o Velvet Underground, e em sua primeira década como artista solo. Mas ao chegar no final daquele período, ele finalmente se redimiu lançando um disco batizado com o nome de sua cidade. New York o reabilitou em 1989 e a partir deste álbum, que agora ganha tratamento de luxo graças à gravadora Rhino, ele pode retomar seus trabalhos com dignidade.
Na nova edição, que comemora 30 anos do disco com um ano de atraso, New York vem como uma caixa com três CDs, um DVD e um vinil duplo – a primeira vez que o disco é lançado em vinil 180 gramas. O DVD traz várias faixas do disco em apresentações ao vivo, enquanto os CDs dividem-se em uma remasterização do disco feita este ano, outra versão ao vivo de New York com versões diferentes das apresentadas no DVD e um CD só com raridades, demos e outtakes do período. A única coisa que não dá pra perdoar Lou Reed nessa época é o mullet – mas tudo bem.
New York: Deluxe Edition será lançado em setembro e as pré-vendas já estão ativas – quem comprar o pacote agora ainda ganha uma versão em cassete do disco.
https://www.youtube.com/watch?v=JevqIVGPR1A
CD1: Original Album (2020 Remaster)
“Romeo Had Juliette”
“Halloween Parade”
“Dirty Blvd.”
“Endless Cycle”
“There Is No Time”
“Last Great American Whale”
“Beginning Of A Great Adventure”
“Busload Of Faith”
“Sick Of You”
“Hold On”
“Good Evening Mr. Waldheim”
“Xmas In February”
“Strawman”
“Dime Store Mystery”
CD2: “New York” – Live
“Romeo Had Juliette”
“Halloween Parade”
“Dirty Blvd.”
“Endless Cycle”
“There Is No Time”
“Last Great American Whale”
“Beginning Of A Great Adventure”
“Busload Of Faith”
“Sick Of You”
“Hold On”
“Good Evening Mr. Waldheim”
“Xmas In February”
“Strawman”
“Dime Store Mystery”
CD3: Works In Progress/Singles/Encore
“Romeo Had Juliette (7” Version)”
“Dirty Blvd. (Work Tape)”
“Dirty Blvd. (Rough Mix)”
“Endless Cycle (Work Tape)”
“Last Great American Whale (Work Tape)”
“Beginning Of A Great Adventure (Rough Mix)”
“Busload Of Faith (Solo Version)”
“Sick Of You (Work Tape)”
“Sick Of You (Rough Mix)”
“Hold On (Rough Mix)”
“Strawman (Rough Mix)”
“The Room (Non-LP Track)”
“Sweet Jane (Live Encore)”
“Walk On The Wild Side (Live Encore)”
DVD
“Romeo Had Juliette”
“Halloween Parade”
“Dirty Blvd.”
“Endless Cycle”
“There Is No Time”
“Last Great American Whale”
“Beginning Of A Great Adventure”
“Busload Of Faith”
“Sick Of You”
“Hold On”
“Good Evening Mr. Waldheim”
“Xmas In February”
“Strawman”
“Dime Store Mystery”
“A Conversation with Lou Reed” (apenas áudio)
Vinil
Lado A
“Romeo Had Juliette”
“Halloween Parade”
“Dirty Blvd.”
“Endless Cycle”
Lado B
“There Is No Time”
“Last Great American Whale”
“Beginning of a Great Adventure”
Lado C
“Busload of Faith”
“Sick of You”
“Hold On”
“Good Evening Mr. Waldheim”
Lado D
“Xmas In February”
“Strawman”
“Dime Store Mystery”
“É uma aglutinação de linguagens, o que sempre resulta em novidade, não é? A situação não permite previsões, tédio e invenção andam de mãos dadas e nos puxam”, me explica por email Tulipa Ruiz quando lhe pergunto se Tulipa Noire, que ela apresenta neste sábado às 21h (mais informações aqui), é uma evolução do conceito de shows transmitidos pela internet. O concerto acontece na Casa de Francisca e é o primeiro show dirigido pela cineasta Laís Bodanzky, diretora do filme Bicho de Sete Cabeças, que foi convidada pelo capo da mágica casa, Rubens Amatto, para assumir a curadoria de cinema do local em tempos de pandemia, elevando as lives a outro patamar.
A cantora conta que estava esperando o momento certo para trabalhar neste formato. “Nossa proximidade com o Rubão e a Casa de Francisca é antiga e sabíamos que a qualquer momento ia acontecer alguma coisa entre a gente nesse momento live. Quando o nome da Laís entrou na jogada, tudo ficou mais saboroso. Vivo com a Tulipa Noire, o filme do Delon, marcado na alma. A associação era inevitável, noir-noire-cinema-Laís. Mesmo assim uma associação solar – o filme original era colorido!”, conta, fazendo referência ao filme que inspirou seu pai, o mestre guitarrista Luiz Chagas, a batizá-la com este nome.
Pouquíssimas pessoas estarão presentes no evento, apenas a cantora, seu irmão Gustavo Ruiz no violão, a diretora Laís e a fotógrafa Thaís Taverna. A única certeza é que será em preto e branco. Tulipa nem sabe o que fará com o show depois de ele ter acontecido. “É algo a ser pensar. Será meu primeiro registro cinematográfico. Vou decupar essa ideia”, conta.
Pergunto como ela está atravessando a quarentena e ela tasca que “como a maioria das pessoas que tem a oportunidade de ficar em suas casas, esse negócio de ‘tempo livre’ é bobagem. Nunca estive tão ocupada em minha vida, nem que seja para não fazer nada ou dormir. Isso te ocupa muito”. Ela também menciona lives que a emocionaram: “Várias, a começar pelo João Donato que introduziu muita vida na dele; Teresa Cristina, maravilhosa; o Gil, divino; o Curumim e a Anelis fazem umas aqui na esquina de casa, mas que parecem vindas da Lua. “