Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
O papo com o Pablo na semana passada inspirou um novo programa, em que discutimos o conceito de cultura para além dos produtos que consumimos analógica ou digitalmente, numa longa reflexão que passa por Guerra nas Estrelas, Matrix, Sopranos, Dom Quixote, redes sociais, Batman, o espectador cínico, a onipresença da cultura, Marvel, cabines de cinema, Sherlock Holmes, o fim da passividade consumista, quando concluímos que a cultura pop está chegando ao fim.
O produtor português Xinobi dá um trato em “Bielzinho, Bielzinho” e a ode de Tim Bernardes ao baterista d’O Terno ganha um groove perfeito pra pista.
O décimo Cine Ensaio inaugura uma nova tradição e também é um metaprograma. Mas não vamos falar do Cine Ensaio em si e sim comentar o que vocês escreveram nos comentários dos nove primeiros episódios – e vamos fazer isso a cada dez programas. Por isso falamos sobre o Paul Schrader, o New French Extreme, Divino Amor, Fellini, Spielberg, videogame x cinema, trilogia Antes, além de dois compromissos públicos que eu e André Graciotti assumimos com vocês em relação a programas próximos.
O último Festa-Solo de agosto está aqui – e nesta segunda rola o primeiro de setembro lá no twitch.tv/trabalhosujo, a partir das às 21h.
Stranglers – “Golden Brown”
Washed Out – “Too Late”
Boogarins – “Água”
Cut Copy – “Like Breaking Glass”
Ladyhawke – “Paris is Burning”
Kaytranada + Kali Uchis – “10%”
Prince – “1999”
LCD Soundsystem – “One Touch”
Knife – “We Share Our Mother’s Health”
Tame Impala – “Nothing That Has Happened So Far Has Been Anything We Could Control”
Doors – “Horse Latitudes” / “Moonlight Drive”
Mutantes – “Caminhante Noturno”
Sérgio Sampaio – “Não Tenha Medo Não (Rua Moreira 64)”
Ana Frango Elétrico – “Promessas e Previsões”
Negro Leo – “Eu Lacrei”
Billie Eilish – “My Future”
Daft Punk – “Giorgio by Moroder”
Evinha – “Esperar pra Ver (Poolside & Fatnotronic Edit)”
Can – “Vitamin C”
Stereolab – “Metronomic Underground”
Kavinsky + Lovefoxxx – “Nightcall”
Mahmundi – “Nova TV”
Pelados – “O Fim”
Pedro Pastoriz – “Janela”
Tatá Aeroplano – “Deusa de 67”
Tika + Kika + João Leão + Igor Caracas – “Astronauta”
Bob Dylan – “Black Rider”
Jenny Lee – “I’m So Tired”
Michael Stipe + Big Red Machine – “No Time For Love Like Now”
Whitest Boy Alive – “Serious”
Michael Jackson – “Rock With You”
Madonna – “Lucky Star”
Marcos Valle – “Estelar”
Marina Lima – “Fullgás”
Lana Del Rey – “Blues Jeans (Penguin Prison Remix)”
Lipps Inc. – “Funkytown”
Lincoln Olivetti & Robson Jorge – “Eva”
Autoramas – “Garotos II”
Sharon Van Etten + Josh Homme – “(Whats So Funny Bout) Peace, Love and Understanding”
No nosso décimo programa, eu e Dodô finalmente começamos a conversar sobre o Juntatribo, embora sugerimos apenas o início de algo maior, e contamos com a participação do grande Fabio Bianchini numa edição do DM que retoma as raízes dos primeiros episódios: longos papos sem rumo que vão da eleição deste ano ao drama da passagem de som, passando por Ernesto Lecuona, 1984, a volta da inflação, mulheres negras, o palco que caiu, a demo do Astromato, o pato da Fiesp na testa, o gorro dos Beastie Boys, a árvore do Fabio Leopoldino, o prenúncio da geração digital e até Engenheiros do Hawaii.
A princípio parece só um amontoado de palavras: “Lixo quiche rixa husky pixe risco rímel rumo rouge haxixe concha jaca cacho Reykijavik Vaporub mirra marreta mojito lixa lesma caixote”, cospe Tulipa Ruiz por cima de um groove tenso e quadrado, eletrônico e funky ao mesmo tempo em que soa pesado e raivoso, conduzido por seu irmão, o produtor Gustavo Ruiz, e Rica Amabis, metade da dupla de produção Instituto. Mas superpostas às imagens conduzidas por Alexandre Orion, que mistura diferentes facetas do nosso apocalipse diário em doses nada sutis de justaposição, o projeto Cactu, que os quatro mostraram no final da quarta temporada do projeto Palavras Cruzadas, ganha uma forte carga política, bem como pede este bizarro 2020. Criado a partir do convite do curador Marcio Debellian, os quatro criaram o show para duas únicas apresentações em 2015, no Rio de Janeiro, mas existia a intenção de ir além. Ressuscitado pela quarentena, o novo grupo começa a se mostrar a partir desta segunda, quando o primeiro single, “Chorume”, chega às plataformas digitais. O quarteto deve lançar outro single ainda este ano e o disco fechado fica para o início de 2021.
https://www.youtube.com/watch?v=VqxSuviF5uk&feature=emb_title
Colhendo os frutos do trabalho dos últimos anos, quando lançaram livro e filme, os Beastie Boys apresentam a segunda coletânea de sua carreira, mais enxuta e direto nos hits do que a primeira, a coletânea dupla
Beastie Boys Anthology: The Sounds of Science, lançada no fim do século passado. Beastie Boys Music resume três décadas de carreira em 20 faixas certeiras. Beastie Boys Music chega em CD simples e em vinil duplo, além das plataformas de streaming, no fim de outubro – e as pré-vendas já começaram.
“So What’Cha Want”
“Paul Revere”
“Shake Your Rump”
“Make Some Noise”
“Sure Shot”
“Intergalactic”
“Ch-Check It Out”
“Fight For Your Right”
“Pass The Mic”
“Don’t Play No Game That I Can’t Win”
“Body Movin’”
“Sabotage”
“Hold It Now, Hit It”
“Shadrach”
“Root Down”
“Brass Monkey”
“Get It Together”
“Jimmy James”
“Hey Ladies”
“No Sleep Till Brooklyn”
Papisa está preparando um EP de remixes para fechar o ciclo de seu primeiro álbum, Fenda, e chamou sua turma para desconstruir o disco faixa a faixa. Entre as convidadas estão Tati Lisbon, Larissa Conforto, Vivian Kuczyncski, Theo Charbel, entre outros, além do remix que a senhorita My Magical Glowing Lens, a capixaba Gabriela Terra, que dá início aos trabalhos com o remix de “Semente”, que Gabi já estava fazendo quando Papisa a convidou, e leva a música da paulista para uma fronteira imaginária entre o dub e Índia, numa viagem pesada em câmera lenta.
Antes de se chamar The Man Who Sold the World, o disco que David Bowie gravou no final de 1970 por pouco não chamou-se Metrobolist, uma homenagem do lorde do pop queria fazer ao clássico filme de Fritz Lang, Metrópolis (1927). A capa também era bem diferente da imagem de Bowie posando com um vestido em frente a cartas de um baralho espalhadas pelo chão. Como o disco completa meio século este ano, está sendo relançado com seu título e capa originais – uma ilustração pop e bizarra de Mike Weller, que ainda traz a capa dupla com variações da foto que foi parar na capa da versão definitiva. O disco marca o início da colaboração de Bowie com o guitarrista Mick Ronson e o início da série de discos irrepreensíveis que ele fez até o início da década seguinte, marcando os anos 70 como sua década. Metrobolist ainda foi remasterizado pelo produtor Tony Visconti, que não quis mexer na faixa “After All”, que considera perfeita na versão que foi lançada na reedição de 2015. Infelizmente, não há extras ou faixas-bônus para o disco, que sairá em edição limitada em vinil e chega ao público no início de novembro (mais informações no site de Bowie).
Primeiro programa de setembro.
Sandra de Sá – “Ilusões”
Poolside + Todd Edwards – “Getting There From Here”
Nicolas Jaar – “Keep Me There”
Lana Del Rey – “Ultraviolence”
Chromatics – “Teacher”
David Bowie – “TVC15”
Fleetwood Mac – “Dreams”
Letuce – “Animadinha”
LA Priest – “What Moves (Soulwax Remix)”
Mayer Hawthorne – “It’s Gonna Take A Long Time (Silly Pilly Edit)”
Tame Impala – “Is It True (Four Tet Remix)”
Steve Winwood – “Valerie”
Elga Flanger – “W.T.K.U.B.L.”
Cut Copy – “Like Breaking Glass”
Dude You Feel Electrical – “Shout Out Out Out Out”
Simian Mobile Disco – “Hustler”
Kenna – “Say Goodbye to Love”