Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Na terça desta semana aconteceu a premiação da Associação Paulista de Críticos de Arte no teatro Sérgio Cardoso, quando os agraciados de todas as categorias contempladas pela associação foram receber seus troféus em público. E durante a categoria música popular, da qual faço parte da comissão julgadora, tivemos a honra de reunir, num mesmo palco, Alaíde Costa (que recebeu o merecido primeiro aplauso de pé da noite), Amaro Freitas, os grupos Black Pantera e Boogarins, representantes dos Racionais MCs e de Hermeto Pascoal e os autores do disco Maria Esmeralda, que aproveitaram a oportunidade para apresentar uma das músicas do disco (a excelente “Todo o Tempo do Mundo”) ao vivo. Além de mim também participam da comissão de música popular Adriana de Barros (Mistura Cultural), Bruno Capelas (Programa de Indie), Camilo Rocha (Bate Estaca), Cleber Facchi (Música Instantânea), Felipe Machado (Times Brasil), Guilherme Werneck (Canal Meio), José Norberto Flesch (Canal do Flesch), Marcelo Costa (Scream & Yell), Pedro Antunes (Tem um Gato na Minha Vitrola) e Pérola Mathias (Poro Aberto).
Representante da classe de 1975, Criolo anuncia uma turnê para comemorar seus 50 anos de vida e 35 de carreira trazendo novidades: dois discos e um livro. Os dois álbuns ainda não têm título. O primeiro deles, já anunciado, traz como convidados o pernambucano Amaro Freitas e o português Dino D’Santiago, estreitando o laço entre os filhos da diáspora africana lusófona, ao traçar uma ponte entre Brasil e Cabo Verde. O segundo traz sua volta ao samba, oito anos depois do disco Espiral de Ilusão. A estreia no mercado editorial também não tem título, mas será ao lado de sua mãe, a filósofa e ativista cultural cearense Maria Vilani. As comemorações de seu cinquentenário começam em julho, quando inicia a turnê por Teresina, no Piauí (dia 20), passando também por Recife (1º de agosto), Fortaleza (2), Brasília (29), Rio de Janeiro (12 de setembro), São Paulo (13, dentro do festival The Town), Uberlândia (14), Belo Horizonte (11 de outubro), Porto Alegre (17), Florianópolis (18), Curitiba (19), Salvador (1º de novembro) e Petrópolis (2 e 9, dentro do festival Rock the Mountain). Veja o pôster da turnê abaixo:
Apesar de ser um garoto da praia per se, a única vez que o público viu Brian Wilson surfar foi num especial de TV que os Beach Boys fizeram em agosto de 1976 para a emissora norte-americana NBC na tentativa de atingir um público mais novo. O programa Beach Boys: It’s Ok! misturava cenas de shows, entrevistas e quadros cômicos como este em que os dois irmãos cara-de-pau John Belushi e Dan Aykroyd, desta vez passando por policiais, dão uma batida na casa de Brian para obrigá-lo a voltar para a praia. Não foi só Brian quem atuou nestes esquetes, seus irmãos Carl (pilotando um avião) e Dennis (como jurado de um concurso de beleza) também fizeram suas aparições, mas obrigar Brian a subir em uma prancha (depois que Aykroyd manobra o mar para sua entrada) segue como um dos momentos clássicos da teledramaturgia do rock.
A morte de Brian Wilson me levou a escrever mais um texto pro Toca UOL, desta vez falando sobre sua importância.
O mestre nos deixou, mas sua inspiração, legado e lembranças ficam, mantendo-o vivo entre nós. Pude vê-lo ao vivo duas vezes, uma no Brasil, quando tocou seu Smile dentro da programação do Tim Festival de 2004, e depois no Primavera Sounds em Barcelona, quando o vi tocando seu Pet Sounds na integra. No primeiro ainda não tinha essa mania de filmar shows que tenho hoje, mas consegui registrar o segundo (numa câmera que não era tão boa quanto a atual, especificamente no que diz respeito à altura do som). Mas é um momento único na minha vida que posso reviver e compartilhar com todos. Assista abaixo:
Eu nao estava preparado para essa notícia. Vai-se um mestre. Obrigado.
Muito bom acompanhar o nascimento de uma obra desde seu rascunho à materialização – afinal, o que Antônia Perrone – que agora assina como Antônia Midena – apresentou nesta terça-feira no Centro da Terra foi uma versão espetacularizada de uma série de questionamentos que a vi fazendo desde que conversamos sobre sua apresentação pela primeira vez. Começando pela sensação de desgarramento entre o som da palavra e de seu sentido e com ela pode ir moldando seu espetáculo autocentrado chamado Antônima a partir da música. Acompanhada por Alex Huszar (baixo), Amanda (guitarra), Bel Aurora (teclados) e João Rodrigues (bateria), ela desbravou um território fictício entre letra e música em que falava sobre duplos, cópias e clones, em uma apresentação que sobrou até para a ovelha Dolly (quem lembra dela?). Uma apresentação lírico-teatral que usa a música e o formato palco como plataformas para uma investigação a respeito de personalidade e identidade, plantando questões existenciais em todos que estiveram presentes. Bravo!
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Imensa satisfação em chamar para apresentar no palco do Centro da Terra a primeira apresentação musical da artista plástica Antônia Perrone, que encarna o pseudônimo Antônia Midena para apresentar o espetáculo Antônima, uma peça sonora e textual que mergulha no mundo das palavras para tentar explicar o inexplicável, ao unir música e teatro numa apresentação sobre som e sentido, em que será acompanhada por Acompanhada por Alex Huszar, Amanda, Bel Aurora e João Rodrigues, misturando textos inéditos e canções próprias. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos já estão esgotados.
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