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Jamiroquai no Rock in Rio!

Rock in Rio segue falando grosso com as atrações do ano que vem e depois de anunciar a vinda de Elton John, agora chama o Jamiroquai para o Brasil em setembro de 2026. O festival carioca já anunciou mais nomes, como Gilberto Gil, Demi Lovato, Mumford & Sons, Maroon 5 e Gilberto Gil (fora o boato do Cure…). Mas será que eles têm a manha de trazer nomes novos relevantes? E será que o Jamiroquai vem pra São Paulo?

Desaniversário | 6.12.2025

Dezembro chegou e com ele a data da última Desaniversário do mês, quando mais uma vez nos reunimos para transformar o Bubu na nossa pista de dança favorita. A festa acontece neste sábado, quando eu, Clarice, Claudinho e Camila colocamos geral pra dançar aquelas músicas que todo mundo conhece – e umas que vocês passam a conhecer na própria festa. Lembrando que a festa começa cedo (19h) e termina cedo (20h) pra todo mundo conseguir aproveitar bem o fim de semana e que o Bubu fica na marquise do estádio do Pacaembu (Praça Charles Miller, s/nº). Não perde essa porque depois só ano que vem!

Voa Varanda!

Encerrando a temporada 2025 do Inferninho Trabalho Sujo com o melhor show do Varanda que eu já assisti – e é muito bom poder constatar isso. A primeira vez que o grupo de Juiz de Fora tocou em São Paulo foi justamente no começo do Inferninho, na terceira edição (!), e de lá pra cá pude fazer outros quatro shows deles na festa – três no Picles e no carnaval que fiz na Casa Natura Musical no começo deste ano -, além de vê-los lançando seu ótimo Beirada no Sesc Vila Mariana no ano passado. Em cada um desses shows dava pra ver como a banda evoluía a olhos vistos, desde a química entre os músicos ao desempenho individual de cada um deles: o baterista Bernardo Merhy cada vez mais presente e preciso, sempre entretendo o público com piadas infames; o baixista Augusto Vargas firmando-se como segundo vocalista enquanto debulha seu instrumento como se solasse uma guitarra e o guitarrista Mario Lorenzi a cada show mais livre e solto entre solos, dedilhados e espasmos de microfonia, todos preparando terreno para os vôos teatrais de Amélia do Carmo. A vocalista é um pequeno fenômeno à parte, carisma equilibrando-se entre delicada fada e bruxa intensa, atiçando o público a convulsões melódicas, choques de refrão, doces canções ou simplesmente jogando-se nele. Este, por sua vez, estava entregue à banda. Numa das maiores lotações que já vi no Picles (par apenas para os shows da Enorme Perda de Tempo ou quando os Boogarins estiveram no primeiro aniversário da festa), o público dessa sexta não era apenas obcecado pela banda como cantou todas as músicas em uníssono, aos berros, às vezes sozinhos, com a banda apenas assistindo seus versos ganharem vida na voz dos fãs sem precisar tocar seus instrumentos. E ao lembrar que o próximo show que farão em São Paulo será na edição que vem do Lollapalooza dá pra ver o quanto eles estão fazendo seu trabalho direitinho. A satisfação de vê-los voar mais alto é tão gratificante quanto saber que eles têm ninho nessa festa que inventei há dois anos e que podem voltar sempre que quiserem. E também é bom saber que eles sabem disso. Pra coroar a noite, eu e Fran fizemos uma de nossas melhores discotecagens, que terminou com o dia claro! 2026 promete!

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Inferninho Trabalho Sujo apresenta Varanda e Rã @ Picles (5.12)

A festa não para! Dessa vez o Inferninho Trabalho Sujo acontece no Picles, quando chamei mais uma vez os queridos Varanda, desta vez para fazer a primeira festa de fim de ano da firma. Quem começa os trabalhos é a banda Rã, que toca pela primeira vez na festa. E depois dos shows, eu e a Fran transformamos o palco do Picles em nossa cabine de DJ para fazer todo mundo dançar sem parar até às quatro da madruga. E quem comprar ingresso antes paga mais barato pra entrar. Vamos?

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Air no Tiny Desk!

O fim de ano da NPR tá finíssimo: depois de soltar o Tiny Desk com o David Byrne, a emissora pública dos Estados Unidos puxa o Air pra fazer seu programa informal e a dupla francesa pinça quatro pérolas de seu repertório – o soberbo épico onírico “Le Voyage de Pénélope”, a “Cherry Blossom Girl” que fizeram esse ano com a Charli XCX (imagina se ela aparece no programa) e duas da trilha sonora do filme Virgens Suicidas, que possivelmente será o tema da nova turnê dos dois, “Highschool Lover” e “Dirty Trip”. Olha que pérola…

Assista abaixo:  

Revelando os segredos de Sumé!

Missão dada é missão cumprida. Assim a banda psicodélica pernambucana encarou o árduo desafio de trazer para o palco o experimento musical fonográfico Paêbirú. Criado a partir do encontro alucinógeno que o paraibano Zé Ramalho e o pernambucano Lula Côrtes tiveram na mitológica Pedra do Ingá, o épico disco duplo é um registro musical monumental, que funcionava como segundo disco de Lula e o primeiro de Zé e reunia a nata da psicodelia pernambucana do período, de Geraldo Azevedo a Ivinho, passando por Alceu Valença, Paulo Rafael, Jonathas, Marconi Tauro, Zé da Flauta, Agrício Noia, Dikê, Don Tronxo, Carmelo Guedes, Hugo Leão e Jarbas Mariz. Nunca apresentado ao vivo devido ao amálgama sonoro e colagens de gêneros musicais que convivem nesse Sgt. Pepper’s pernambucano, o disco foi recriado em shows no seu aniversário de 50 anos no Recife, no primeiro semestre, e chegou à sua segunda apresentação nesta quinta-feira, em São Paulo, quando o quinteto pernambucano desbravou esse enigma com a benção da família Côrtes, cujo filho de Lula, Nemo, que cuida do legado do pai há desde sua morte, em 2011, falou no início da apresentação no Sesc Pompeia para contextualizar a importância do evento. Liderado pelo baixista Marco da Lata, que também tocava uma versão do mítico tricórdio de Lula, instrumento árabe (ou indiano?) que o instrumentista usou para fundir com a música nordestina, o grupo arregaçou as mangas e fez bonito ao transformar Paêbirú num show, colocando seus músicos originais (Junior do Jarro na bateria e vocais, CH Malves na segunda bateria, Diego Drão nas teclas e Phillippi Oliveira nas guitarras e vocais) ao lado de um time de musicistas que aprofundou ainda mais o trabalho do grupo, com vocais de Marietta e Luciana Oliveira, violoncelo, sax e flauta de Ana Colomar e violino de Paula Buges e Murilo Cambuzano no violão de 12 cordas, além do próprio Jarbas Mariz, presente naquela noite, que abriu os trabalhos declamando a letra de “Nao Tenho Imaginação pra Mudar de Mulher”, de Marconi Notaro, e voltou por vezes ao palco tocando berimbau, como fez no disco homenageado. Uma noite épica!

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Rosalía no Brasil!

Rosalía no Brasil em 2026! A diva espanhola acabou de anunciar a turnê mundial de lançamento do seu Lux, que terá pelo menos uma data no Brasil, dia 10 de agosto, no Rio de Janeiro. Digo pelo menos porque ela faz duas datas em Santiago (dias 24 e 25 de julho) e duas em Buenos Aires (1º e 2 de agosto) e fica uma semana de bobeira antes de tocar no Rio. Como dia 10 é uma segunda-feira, não duvido nada que ela anuncie pelo menos dois shows em São Paulo no fim de semana anterior. Mas por que não avisar tudo de uma vez?

Veja as datas abaixo:  

Steve Cropper (1941-2025)

Morreu um dos maiores nomes da história da soul music – um guitarrista branco que mudou a forma de tocar seu instrumento de forma discreta e eficaz. Só o fato de ser o guitarrista dos Booker T & the MGs já é motivo para que Steve Cropper estivesse entre os maiores da história, mas ele acompanhou nomes tão distintos e gigantescos quanto Wilson Pickett e Otis Redding, além de ser um dos integrantes da banda dos Blues Brothers. Monstro sagrado.

Os Beatles voltam a Hamburgo… via BBC

A emissora inglesa BBC acaba de anunciar que irá transformar o livro Hamburg Days, em uma série de seis episódios. Lançado por Klaus Voormann e Astrid Kirchherr em 1999, o livro conta o período em que os Beatles passaram na cidade alemã antes da fama, no início dos anos 60, quando, tocando por horas seguidas em péssimas condições de palco, tornaram-se a banda afiada que conquistaria o planeta nos anos seguintes. Astrid, que morreu em 2020, namorava o então baixista da banda, Stu Sutcliffe, e tornou-se íntima dos ingleses, a ponto de sugerir o corte de cabelo que ajudaria na fama do grupo. Voormann, músico alemão que dividia o apartamento com os caras e deixou seu país para voltar com o grupo para a Inglaterra, onde seguiu carreira musical. Além de ter tocado com todos os Beatles em suas carreiras solo, ele também é o autor da capa do disco Revolver, tocou baixo na primeira versão da Plastic Ono Band de John Lennon (ao lado de Yoko Ono, Eric Clapton e o futuro baterista do Yes Alan White), foi músico de estúdio em “You’re So Vain” da Carly Simon e no disco Transformer, de Lou Reed, e produziu o único hit do grupo alemão Trio, “Da Da Da”. Ele será o consultor criativo da série, que ainda não tem data de lançamento nem elenco definidos, mas que possivelmente será lançada antes da tetralogia sobre a banda que Sam Mendes está dirigindo para estrear em 2028. Não é a primeira vez que esse período da carreira da banda ganha uma versão audiovisual – em 1994, o filme Backbeat – que no Brasil virou Os Cinco Rapazes de Liverpool – contava a história dessa época da banda, com Stephen Dorff e Sheryl Lee (ela mesma) fazendo o casal Stu e Astrid, que era o centro da história. O filme ainda contava com uma trilha sonora tocada por uma banda criada apenas para tocar as músicas que os Beatles tocavam na época, reunindo a fina flor dos anos 90: Dave Pirner (Soul Asylum), Greg Dulli (Afghan Whigs), Thurston Moore (Sonic Youth), Don Fleming (Gumball), Henry Rollins (Black Flag), Mike Mills (R.E.M.) e Dave Grohl (Nirvana). O filme é besta como toda comédia romântica dos anos 90, mas essa trilha… Será que a nova série vai ter uma versão atualizada desse time? Se tiver será formada só por ingleses, lógico…