Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Em mais uma edição do meu programa sobre quadrinhos Esquadrinho, converso com Érico Assis, ele que começou apaixonado por HQ na infância para depois cobrir esta área em diferentes veículos e, finalmente, tornar-se um dos tradutores mais conhecidos e reconhecidos da área no Brasil.
A partir da discussão sobre “cringe”, eu e Pablo Miyazawa resolvemos mergulhar no conflito de gerações, quando, a cada quinze ou vinte anos, um grupo etário se sobrepõe sobre outro, colocando em xeque tendências, referências, gírias e outros desdobramentos comportamentais. As mídias digitais – especialmente a internet – foram um elemento determinante nas gerações mais recentes, assunto que também discutimos no decorrer deste programa.
Na semana mais surreal da CPI da Covid, eu, Vlad e Tomate entramos em mais um vórtex de assuntos aleatórios para cravar que o cerne deste governo Bolsonaro é o ROLEIRO, personagem que já havia sido invocado na semana passada com a aparição do Miranda USA e que apareceu encarnado em uma quinta-feira com tantas reviravoltas que a frase “chapéu de otário é marreta” parece uma definição zen dos acontecimentos. Comentamos também o silêncio de Wizard, além de detectar o momento em que o Iron virou Maiden e visitar – por algumas vezes – um trauma da infância de nosso aparelher paraense.
Depois que Dodô vacinou-se, ele me avisou que puxaria o papo sobre a sensação que teve após começar sua imunização num DM futuro assim que eu passasse pelo mesmo processo. Por isso, depois que vacinei, conversamos sobre esta sensação de recomeço de vida que atravessou nossas cabeças em diferentes momentos – e Dodô aproveita para contar porque não vai ao protesto de sábado.
Na centésima edição da minha coluna sobre música brasileira, chamei meu velho broder BNegão para recapitular seus dias de pandemia, que apontaram para seu primeiro disco solo de fato – reforçando que seu trabalho ao lado dos Seletores de Frequência era tão coletivo quanto no Planet Hemp e no Funk Fuckers. Prestes a lançar um disco em que repassa sua carreira e produz toda parte musical ao lado de vários convidados – que ele antecipa nesta conversa -, ele também fala de sua pesquisa sobre música brasileira moderna (reunida em uma playlist no Spotify) e a quantas anda o próximo disco do Planet Hemp, que, segundo consta, já já sai.
Mais um programa para conversar sobre música, chamei o compadre Paulo Abrãao, que tem seus serviços prestados à psicodelia e ao improv brasileiro em projetos como a LSDiscos, os Jerssons e o Jobson Phelps (https://jobsonphelps.bandcamp.com/), para lembrarmos de shows que assistimos juntos e sua formação musical, desde a sua infância até o período da quarentena.
Como foi seu primeiro semestre de 2021? Chegando ao fim da metade deste segundo ano pandêmico, cruzamos uma montanha-russa de emoções que ao mesmo tempo em que faz acender uma luz no horizonte com a vacinação contra essa doença maldita e a possibilidade de Bolsonaro não ser reeleito, nos mantém presos em casa, sem saber como essa época está nos transformando.
Por isso, te convido a discutir comigo como foram estes primeiros seis meses do ano no primeiro curso de mais um experimento desta pandemia, a Universidade Trabalho Sujo, que ministrará encontros comigo e meus convidados para falar sobre as transformações que estão acontecendo na cultura e em nossas vidas. O primeiro destes cursos é 2021 – Parte 1 – Discutindo ao vivo a primeira metade do segundo ano do resto de nossas vidas, seis encontros em que podemos conversar sobre como tem sido este início de ano.
O custo do curso é de 300 reais, mas se você colabora com o meu apoia.se/trabalhosujo tem 50% de desconto. Os encontros acontecerão entre os dias 5 e 16 de junho, sempre segundas, quartas e sextas, a partir das 19h e duram uma hora, pela plataforma Zoom. As aulas não serão publicadas posteriormente e as vagas são limitadas.
Abaixo, a programação do primeiro curso e o link para fazer as inscrições.
5 de julho
Orientalismo e decolonização, com Dodô Azevedo
O prumo do mundo está mudando para a Ásia e África isso acontece no mesmo momento em que o colonialismo ocidental está finalmente sendo demolido. Como isso mexe com nossas vidas? Será que somos mais apegados ao ocidentalismo do que imaginamos?
7 de julho
O streaming perfeito?, com André Graciotti
A quarentena acelerou o processo de popularização dos canais de streaming ao mesmo tempo em que diminuiu nosso vínculo com as salas de cinema. Mas, em meio à tantas propostas diferente, ainda estamos longe de ter um serviço de filmes e músicas que possa nos satisfazer. Como anda a produção e o mercado de cinema na pandemia?
9 de julho
Como o home-office pode mudar as cidades, com Polly Sjobon
Trabalhar em casa mexeu com a realidade de muitos, a ponto de abandonar carros ou mesmo a moradia nas metrópoles. Mas como esta nova relação com o trabalho pode mudar os nossos hábitos, os dias da semana e até as cidades?
12 de julho
A expectativa da vacina, com Pablo Miyazawa
Entramos em 2021 sem nenhuma perspectiva de vacinação à vista, o que mudou logo nos primeiros dias do ano com diversos cronogramas anunciados mas nenhum cumprido de fato. A esperança não apenas pela imunização quanto por um fim mais palpável para a pandemia só pareceu começar a fazer sentido há trinta dias atrás, quando os novos cronogramas foram anunciados e começaram, pelo menos até agora, a ser cumpridos e a atender as faixas etárias mais jovens ou sem comorbidades. Mas o que muda em nossas vidas após a vacinação?
14 de julho
A subversão como protesto, com Vladimir Cunha e Emerson Gasperin
“Cadê o Zé Gotinha?”. Até no discurso que marcou a volta de Lula à vida política, não faltou espaço para rir do governo federal. O deboche, a caricatura, a ironia e o escracho aos poucos dominaram o início do ano, em iniciativas como a campanha #bolsocaro, o raio X das manifestações pró-Bolsonaro e a teatrealização da CPI da Covid. Como a subversão pode ser a alternativa mais eficaz de desmontar o projeto de poder miliciano expondo suas tripas em público?
16 de julho
A multidão e a pandemia: qual é o futuro dos shows?, com Pena Schmidt
Nessa aula que funcionará como um episódio inédito do meu programa Bom Saber para os inscritos nesse curso, eu entrevistarei Pena Schmidt para discutir a volta aos shows. À medida em que a população vai sendo vacinada, encontros começarão a acontecer e isso inevitavelmente nos apresentará a um mundo de festas e shows depois da era Coronavírus. Mas que tipo de shows e precauções teremos no futuro? Como as multidões conviverão com artistas depois de centenas de milhares de mortos?
Para isso, basta fazer a inscrição neste link. As vagas são limitadas.
Em mais uma edição do Artejornalismo, quando converso com novos nomes do jornalismo que cobre música no Brasil, converso com a querida Isadora Almeida, que depois de passar por duas gerações da MTV agora trabalha em dois podcasts distintos – o Popcast, ao lado de Lúcio Ribeiro (http://www.popload.com.br/tag/popcast/), e o Vamos Falar Sobre Música (http://vamosfalarsobremusica.com.br/). Aproveitei para voltar no tempo e repassar sua trajetória antes mesmo de vir para São Paulo.
Em mais um mashup de programas, chamei o Pablo Miyazawa e a Polly Sjobon para transformar o Altos Massa num Polimatias e vice-versa – e neste encontro épico, por sugestão da Polly, conversamos sobre a filosofia do nosso dia-a-dia, a problematização existencial básica, os devaneios que temos sobre nós mesmos, nossa autoterapia contínua. O papo foi longe…