Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

Obama interessado em coisas espetaculares

Lembra do Obama fingindo interesse em assuntos chatos? O blogueiro Dean Trippe resolveu deixar o presidente americano mais animado:

I don’t feel like headbanging

Realmente, já não se fazem metaleiros como antigamente…

4:20

As 100 melhores músicas de 2009: 11) Franz Ferdinand – “Lucid Dreams”

Chemical Brothers 2010

O novo disco sai no meio do ano, chama-se Further e a primeira faixa, “Escape Velocity”, acabou de dar as caras.

OViolão: Nina Becker – “Polyester Tropical”

Mais uma dOViolão, desta vez é Nina Becker quem desmonta uma faixa original sua para realçar a presença da acústica, só com sua voz.

Nina Becker – “Polyester Tropical

Disney ctrl+c ctrl+v

Assim até eu!

Onde vivemos, de acordo com os Beatles

Vi aqui.

Renato Russo, por Bia Abramo

Fomos falar com os caras. Eles estavam impressionados com São Paulo. Com o fato de que aqui os punks eram, de fato, jovens vindos da classe trabalhadora, não os filhos de diplomatas e altos funcionários do governo que tinham visto o punk na Inglaterra e chegavam ao Brasil arrotando um no future meio postiço como era em Brasília. Nós também estávamos impressionados com eles. Eles eram menos pretensiosos, mais desencanados que a gente. Tinham feito uma banda e pronto. Iam lá e faziam. E o Renato, luzindo no meio daquilo. Renato tinha lido um monte de coisas que eu tinha lido. Renato tinha pensado um monte de coisas que eu tinha pensado. Renato tinha ouvido um monte de coisas a mais. Entendia o pop. Tinha estudado, durante anos a fio, seus ídolos. Tinha traçado uma estratégia para se tornar um.

Bem boa a homenagem de Bia Abramo ao Renato Russo no UOL. Além de ter acompanhado a ascensão de Renato muito antes de ele se tornar um ídolo, Bia ainda aproveita para fazer um mea culpa geracional, contextualizando a rebeldia e a seriedade dos anos 80 para uma geração acostumada a ter tudo a um clique do mouse.

Fui aprender a gostar de seus textos depois de velho – não dava muita atenção às suas matérias na Bizz (era só mais uma fã do Bowie, eu curtia as discotecas básicas escritas pelo Alex e a coluna do Camilo) e lembro que quando comecei a frequentar a Conrad que ainda se chamava Acme, ainda nos anos 90, ela tinha sido contratada pelo André e pelo Rogério – o que deixavam os dois todos orgulhosos de terem um ídolo em seu quadro de funcionários. Isso foi bem na época em que o Tomate abandonou o Futio para vir para São Paulo editar música na falecida General, onde publiquei meu primeiro frila fora do jornal (embora não-pago): uma matéria sobre o rock do interior de São Paulo (eu morava em Campinas na época) e uma prévia do segundo disco do Pato Fu, o hoje clássico Gol de Quem?. E outro dia a própria Bia gargalhou comigo de volta depois que o Corinthians despachou o São Paulo no outro domingo.

E ainda tem quem queira viver em outra época…

Bê-a-bá de anarquismo

O Tiago dá espaço para o Arthur comemorar os 100 anos da Confederacion Nacional del Trabajo espanhola e falar um pouco sobre um dos assuntos que ele mais é versado, o anarquismo:

Aconteceu de virar um cdf sobre o assunto, conhecer a história das lutas anarquistas de cabo a rabo e fazer uma biblioteca sobre anarquismo/comunismo de esquerda bonita de se ver. E fiz muitos amigos e conheci lendas do meio, como o Maurício Tragtenberg e o Jaime Cuberos (dois autodidatas incríveis) que muito me impressionam até hoje; tanto eles quanto boa parte dos amigos anarquistas que estimo – com os quais não compartilho mais do “nobre ideal”, me sentindo próximo ao autonomismo –, tem uma virtude que é algo que persigo muito: manter relações éticas com o mundo.

O anarquismo pode estar velho, caduco, mas a ética destas pessoas impressiona muito. Isso é motivo de chacota inclusive por parte de muito esquerdista que acredita que os fins justificam os meios sempre. Daí, me parece importante falar sobre os 100 anos da Confederacion Nacional del Trabajo da Espanha, desde sempre, a maior organização anarquista do planeta. Na Guerra Civil espanhola – o que, curiosamente os antiautoritários chamam de Revolução Espanhola – de 1936/39, chegaram a ter dois milhões de associados.

O resto do texto você lê aqui.