Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Começou no fim da quarta-feira, quando o baterista do Fleetwood Mac, Mick Fleetwood, postou um vídeo em sua conta no Instagram em que aparece ouvindo “Frozen Love”, que o casal que era metade da banda – o guitarrista Lindsey Buckingham e a vocalista Stevie Nicks – gravou no álbum Buckingham Nicks, de 1973, quando eram apenas uma dupla iniciante. “Inacreditável”, diz o baterista ao tirar os fones de ouvido, “era mágico naquela época, é mágico hoje”. A publicação já causou certo rebuliço online, que tornou-se ainda mais intenso nesta quinta-feira, quando primeiro Nicks postou, com sua própria caligrafia, a frase “And if you go forward…” (“e se você for na frente”) em seu Instagram, seguido de uma publicação de Buckingham, seguindo igualmente com sua própria letra cursiva, que dizia “I’ll meet you there” (“te encontro lá”) – veja os posts abaixo. Será que os dois vão voltar a tocar juntos? O disco do casal ainda não está nas plataformas de áudio, será que é só isso? Ou será que vão lançar uma reedição especial do mesmo álbum? Será que o casal pode voltar a fazer shows, como antes de entrar no grupo? Disco novo vindo aí? Ou será que existe a possibilidade do Fleetwood Mac voltar a fazer shows, mesmo após a morte da vocalista e tecladista Christine McVie em 2022? Façam suas apostas…
O Daft Punk acabou mesmo? Porque vez por outra a dupla francesa aparece com algo pra que a gente não esqueça de sua existência – e desta vez, em parceria com a marca Pleasure, o grupo lança uma série de produtos, que vão de peças de vestuário a suportes de livros, bola de futebol, carteira e até um jogo de dardos. Uma boa ação de marketing, mas será que vai vir além disso?
Num ano sem novidades públicas, Tim Bernardes acaba de anunciar que fará duas novas versões de seu espetáculo Raro Momento Infinito, em que passeia por seu repertório solo ao lado de uma orquestra, nos dias 3 e 4 de setembro deste ano. Essas noites acontecerão no Auditório Simón Bolivar do Memorial da América Latina e os ingressos começam a vender na próxima segunda, ao meio-dia. São as únicas apresentações que o ex-líder do Terno fará no Brasil, a outra oportunidade de vê-lo ao vivo além dessa ficou para os portugueses, que verão este mesmo show em novembro.
Se só a ideia de um documentário sobre Jeff Buckley dirigido com a sensibilidade de Amy Berg e o aval de pessoas próximas a ele já é capaz de marejar os olhos, prepara o lenço porque esse trailer vai te fazer chorar…
Um festival de jazz com Dom Salvador, Rosa Passos, João Bosco, Vanessa Moreno e Michael Pipoquinha, Banda Black Rio, Chico César e Fabiana Cozza, Egberto Gismonti, entre outros músicos. Melhor: de graça. Esse é o Cerrado Jazz Festival, que acontece em na Caixa Cultural de Brasília, entre os dias 7 e 10 de agosto desse ano, e mostra como é possível fazer festivais sem precisar apelar pra nomes gigantescos, hypes da vez e dezenas de artistas. Coisa fina.
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Foi bonito o show que Vitor Wutzki fez nesta terça-feira no Centro da Terra, quando tirou canções de sua gaveta virtual – a pasta Meus Documentos, que batizava o espetáculo – e as apresentou antes de começar a pensar no seu próximo disco. Acompanhado de Bruno Iasi (bateria e eletrônicos), Gabriel Edé (baixo) e Tomás Gleiser (teclados), ele visitou poemas de Adélia Prado, Rilke e Angélica Freitas, trabalhando a estrutura rock que compõe a maioria de suas canções de forma menos óbvia, a partir de sua guitarra, barulhenta e melódica ao mesmo tempo, mas sem deixar essas características determinar o teor da apresentação. Ele ainda convidou as cantoras Yma e Dibuk para dividir diferentes canções com ele no show, tocou músicas de seu primeiro álbum (Espaço em Branco) e encerrou a apresentação visitando “Nothing”, de Walter Franco, como se esta fosse visitada pelo Velvet Underground da fase Doug Yule. Direto no ponto.
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Seguindo com a programação de julho no Centro da Terra temos o prazer de receber nesta terça-feira o espetáculo Meus Documentos, que o guitarrista e compositor Vitor Wutzki batizou com o nome da pasta em que guarda seus rascunhos de música no computador, trabalhando com poemas de diferentes autores (Adélia Prado, Angélica Freitas, Rilke) que foram musicados pelo autor paranaense, que ainda terá a participações das cantoras Yma e Dibuk. Acompanhado por Bruno Iasi (bateria e eletrônicos), Gabriel Edé (baixo) e Tomás Gleiser (teclados) , ele também visita músicas de seu álbum de estreia, Espaço em Branco. O espetáculo começa pontualmente às 20h e os ingressos estão à venda no site do Centro da Terra.
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Lembra que o Kevin Parker tocou uma música inédita do Tame Impala quando discotecou em Barcelona na época do festival Primavera Sounds? Pois ele abriu a semana postando uma galeria de fotos em seu Instagram que, ao que tudo indica, acompanha o processo de produção do novo álbum – de cenas no estúdio a fotos de divulgação, passando por encontro com amigos e listas do que deveria ser feito, além do barrigão de sua companheira Sophie Lawrence, que espera o segundo filho do casal – escrevendo “estive ocupado” na legenda. Nesta terça ele atualizou seu site com uma paisagem estéril com um link para quem quiser deixar seus contatos para saber das novidades em cima da hora. Por isso prepare-se que o quinto disco do Tame Impala vai vir de uma hora pra outra.
Aproveitei a ida para o festival Jardim Sonoro em Inhotim para fazer um relato ao Toca UOL, em mais uma colaboração que faço para o site, falando um pouco mais das apresentações de Luiza Brina, Ilê Aiyè, Dijuena Tikuna, Mônica Salmaso, Cécile McLorin Salvant, Tetê Espíndola, e Josyara neste que, apesar de recente, é um dos melhores festivais do Brasil atualmente.
O líder do Wilco, Jeff Tweedy, acaba de anunciar seu quinto disco solo, que não é apenas um, mas três discos! Twilight Override será lançado no dia 26 de setembro (e já está em pré-venda) e para adiantar serviço Tweedy mostrou quatro das trinta faixas do álbum, que, como ele mesmo explicou em uma live que fez para anunciar o disco nessa terça de manhã, pode ser ouvido tanto como uma obra única ou como três discos em separado. A boa notícia é que todas as quatro primeiras faixas – “One Tiny Flower”, “Out in the Dark”, “Stray Cats in Spain” e “Enough” – poderiam tranquilamente estar em discos da fase clássica do seu grupo original. Não são faixas extraordinárias, mas reúnem tanto suas melodias solares – que brilham mesmo nas duas mais melancólicas, ambas no terceiro disco -, quanto aquele carisma que transforma o show do Wilco em um reencontro de amigos, mesmo que você não conheça ninguém. Ouça as novas músicas, veja as capas dos discos e o nome das faixas (há uma chamada “Lou Reed Was My Babysitter”!) abaixo: