Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.
Quem também está vindo são os Pelados… Primeiro, eles arquivaram todos os posts de sua conta no Instagram e agora soltam um curta em que atuam com um grupo mascarado que invade um lugar pra pegar uma certa pasta azul. E tiram essa pasta de um escritório em que dois funcionários dão dicas sobre o futuro da banda, quando um deles é vivido pelo produtor Gui Jesus Toledo (sócio do selo Risco, que também compartilhou o post) e outro pelo vocalista da banda baiana Tangolo Mangos Felipe Vaqueiro. Hmmm…
“Estou chegando”, disse Kevin Parker em um dos vídeos que soltou essa semana para anunciar o que parece ser o primeiro single do quinto disco de sua banda, Tame Impala, batizado de “End of Summer”. “Separe sete minutos da sua agenda”, avisou em outro, ambos vídeos cifrados e sem foco, mas que mostram trechos de uma música de aura eletrônica e até dance, que deve dar a tônica do novo lançamento. Vamos ver o que ele está aprontando…
Imagine você ter um show programado para fazer em Birmingham, cidade-natal de Ozzy Osbourne, no dia em que o inglês morreu. Foi o que aconteceu com Geordie Greep, que não pestanejou e fez sua banda tocar uma sequência de músicas do Black Sabbath e do próprio Ozzy logo no início de sua apresentação na casa noturna XOYO, na terça passada. O ex-Black Midi emendou um medley instrumental com “Symptom Of The Universe”, “War Pigs”, “N.I.B.”, “Paranoid”, “Sweet Leaf” e “Crazy Train”, cujos vocais ficaram por conta do próprio público. “É meio cafona falar esse tipo de coisa, mas é muito doido pensar que esses quatro caras fizeram essa música que mudou tudo vieram dessa cidade”, comentou logo depois da homenagem, dedicada a Ozzy. “Pensa nisso, você compra uma guitarra e vai ensaiar com a sua banda com doze anos de idade, toca essas músicas e parece que você tem superpoderes, é como se fosse mágica. E esses caras vieram dessa cidade, que não é exatamente Beverly Hills”. Não custa lembrar que Greep fez um dos grandes discos do ano passado (o ótimo The New Sound) e é uma das atrações que a Balaclava está trazendo para seu festival em novembro, quando toca antes de Yo La Tengo e do Stereolab.
Eis a lista com os 50 melhores discos do primeiro semestre de 2025 segundo o júri de música popular da Associação Paulista de Críticos de Arte, do qual faço parte. Num ano com muitos lançamentos, escolhemos 50 álbuns representativos da produção dos seis primeiros meses deste ano, número que reflete a quantidade absurda de bons discos lançados neste período.
Uma boa forma de celebrar a passagem de Ozzy Osbourne é mergulhar em uma das apresentações mais icônicas do Black Sabbath, um show de 1970 que alimentou gerações de fissurados que não puderam ter a oportunidade de ver o grupo no auge. Vendido primeiro como um disco e depois como um VHS (e, finalmente, DVD) pirata com o título de Live in Paris 1970, o show na real aconteceu no Théâtre 140 em Bruxelas, na Bélgica, e foi transmitido ao vivo pela Yorkshire Television no dia 3 de outubro de 1970, enfileirando uma sequência de músicas que começa com “Paranoid” passa por “Hand Of Doom”, “Rat Salad”, “Iron Man”, “Black Sabbath”, “N.I.B.”, “Behind The Wall Of Sleep”, uma jam puxada pro jazz e uma versão de oito minutos de “War Pigs” antes de terminar com “Fairies Wear Boots”. Uma pedrada.
Em uma celebração à vida e à paz, o trio liderado pela educadora musical e compositora Branca Brener trouxe ao palco pela primeira vez o disco que fez ao lado de Daniel Szafran e outros convidados em 2023 inspirado no livro Poesias para a Paz, de César Obeid e Jonas Ribeiro. Com direção de Adrian Chan, o espetáculo Canções para a Paz trouxe para o palco do Centro da Terra músicas que Szafran gravou ao lado de outros músico (como Fortuna, Carneiro Sândalo, Luiz Waack, Edvaldo Santana e Skowa, entre outros), desta vez acompanhado por outro multiinstrumentista, Vicente Falek, além das intervenções poéticas do próprio autor do livro, Obeid, que esteve durante a participação.
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Nesta terça-feira o Centro da Terra recebe o espetáculo Canções para a Paz, criado pela educadora musical e compositora Branca Brener ao lado dos músicos Daniel Szafran (que toca teclados, guitarras, violões, baixo e acordeon, além de fazer a direção musical) e Vicente Falek (teclados, flauta, viola caipira, percussão e acordeon) a partir do livro Poesias para a Paz, de César Obeid, que também participa da apresentação, e Jonas Ribeiro. O espetáculo, que tem direção de Adrian Chan, começa pontualmente às 20h e os ingressos estão à venda no site do Centro da Terra.
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Escrevi sobre a morte de Ozzy Osbourne e sua importância para a música e para o rock em mais um texto para o Toca UOL.
Por mais que a vida de Ozzy Osbourne sempre estivesse vizinha da morte por seus inomináveis excessos, saber de sua passagem no mês em que despede-se dos palcos causa uma dor gigantesca. Obrigado, mestre!