Por Alexandre Matias - Jornalismo arte desde 1995.

A volta das Spice Girls?!

Sobre bandas dos anos 90 que estão ressuscitando, que volta você queria realmente realmente? Enquanto acendo uma vela diária pra uma possível volta do Sonic Youth (eles não são dos anos 90, mas você entendeu), a estilista Victoria Beckham, que há trinta anos era mais conhecida como Posh Spice, foi ao show do Oasis no estádio de Wembley com o marido jogador de futebol David Beckham e postou um stories durante o show em que marcava não apenas o marido, mas suas quatro ex-companheiras de banda, Emma Bunton, Mel B, Geri Haliwell e Melaine C, escrevendo “tentador” no alto do post, insinuando a confirmação de um boato que vem circulando desde o fim da pandemia – mais uma volta das Spice Girls! Será que agora vai?

Um portorriquenho rumo ao topo do pop dos EUA!

Vocês viram que o Bad Bunny vai fazer o show da metade do jogo da final de futebol americano no ano que vem? E em pleno governo Trump… Isso vai ser BEM interessante… (E não custa lembrar que ele chega no Brasil no mesmo mes que faz essa apresentação… Imagina se o Lula convida ele pra comer umas jaboticabas no pomar do Alvorada?)

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Lana Del Rey é gente como a gente

Imagina você estar tocando uma música de um artista alheio com sua banda, num pequeno show na rua à luz do dia quando o próprio artista, ao ouvir a música quando estava passeando, sobe no palco e assume os vocais? Foi isso que aconteceu neste sábado, na cidade californiana de Santa Barbara, nos EUA, quando a banda Fastest Kids in School tocavam a ótima “West Coast”, do meu disco favorito da Lana Del Rey, Ultraviolence, de 2014, e ninguém menos que a própria Lana, que havia saído de casa para tomar um sorvete, ouviu sua música sendo tocada em público e subiu ao palco para cantar com o grupo. Que sonho! Que mulher!

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O adeus de Edwyn Collins

O ícone indie britânico Edwyn Collins anunciou sua turnê de despedida no começo do ano, que atingiu um ponto máximo neste sábado, quando tocou em sua cidade-natal Glasgow e reuniu-se com os ex-integrantes da clássica banda que fundou no início dos anos 80, os imortais Orange Juice. Ao lado do guitarrista James Kirk e do baterista Steven Daly, ele, que já tinha tocado diversas músicas de sua antiga banda no decorrer do show (além de, evidentemente, seu maior sucesso solo, a inevitável e irresistível “A Girl Like You”), passeou por duas músicas emblemáticas do grupo no bis do show, quando puxaram “Felicity”, do primeiro disco You Can’t Hide Your Love Forever, de 1982, e o primeiro single da banda, “Blue Boy”. Apenas o baixista original David McClymont, que hoje mora na Austrália, não esteve presente no show, que aconteceu no Teatro Real da cidade escocesa. Bonito.

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LCD Soundsystem + Pulp ♥ Heaven 17

Quando Pulp e LCD Soundsystem anunciaram que fariam shows juntos no Hollywood Bowl, clássica arena de shows em Los Angeles, nos Estados Unidos, é claro que sabíamos que seriam apresentações memoráveis. O que não dava para prever era a colaboração entre os dois grupos que aconteceu quase no final do show do grupo de Nova York, quando o vocalista do Pulp Jarvis Cocker juntou-se à banda para tocar a memorável “(We Don’t Need This) Fascist Groove Thang”, um dos hits da clássica banda de tecnopop Heaven 17, um improvável mas coerente ponto de encontro entre os dois grupos. O LCD Soundsystem já tinha tocado a música no disco ao vivo Electric Lady Sessions, que foi gravado no histórico estúdio Electric Lady que Jimi Hendrix fundou em 1968, mas nunca a havia tocado num show de fato como aconteceu na apresentação de sexta-feira, quando Cocker dividiu os vocais com a vocalista do LCD Nancy Whang – ainda mais cantando ESSA música em plenos Estados Unidos de 2025. Bom demais!

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Paul McCartney ressuscita “Help!”

Paul McCartney começou a perna estadunidense de sua turnê Got Back! (aquela com a qual ele passou aqui há dois anos) com uma música que não tocava desde o ano em que ela foi composta, 60 anos atrás. Paul só havia tocado “Help!” ao vivo depois do fim dos Beatles quando incluiu um trecho da canção no setlist da turnê Flowers in the Dirt, a primeira que o trouxe ao Brasil, em 1990. Mas ela nunca havia tocado a música na íntegra como fez no primeiro show desta nova fase de apresentações, que aconteceu nessa sexta-feira, na arena Santa Barbara Bowl, na cidade de Santa Barbara, na Califórnia. Com menos de cinco mil lugares, a casa de shows pode evitar que as pessoas usassem seus celulares durante o show, por isso o único registro que se tem até agora deste momento foi capturado do lado de fora do ginásio a céu aberto. Não se sabe ainda nem se ele vai incluir “Help!” no repertório dos próximos shows ou se vai aproveitar para resgatar músicas que não toca há tempos. De qualquer forma, estaremos aqui esperando.

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Rosé ♥ Lana Del Rey e Paul Simon

Dos maiores nomes do K-pop, as integrantes da banda Blackpink – possivelmente o maior girl group de todos os tempos – estão dedicando-se a divulgar suas carreiras solo enquanto não lançam mais nada coletivamente, além dos shows. E embora minha favorita seja Lisa (que lançou um dos melhores discos de dance music do ano, o ótimo Alter Ego), provavelmente a mais conhecida de todos – pelo menos deste lado do planeta – é Rosé, que ano passado emplacou um hit com Bruno Mars, a insuportável “APT.”. Mas essa semana ela resolveu mostrar que não está nessa só pra fazer o povo dançar e, em uma apresentação no programa do entrevistador Howard Stern, puxou duas músicas alheias para mostrar a amplitude de suas referências, ao emendar a balada “Norman Fucking Rockwell” de Lana Del Rey com a imortal “50 Ways to Leave Your Lover”, de Paul Simon. Ficou fino, saca só.

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Como Assim? @ Estúdio Aurora (27.7)

Agora vai! Depois de um começo de ano caótico, finalmente vamos conseguir fazer o primeiro show de 2025 da Como Assim?, banda não-autoral que tenho com Carlão, Potuma e Pablo desde o início da década. Nesta apresentação, mostramos mais uma vez composições alheias que funcionam como trilha sonora daquele táxi pós-balada, misturando George Michael com Ritchie, Johnny Cash com Sade e New Order com Stooges. Desta vez quem abre a noite é outra banda não-autoral, a Transtorno, que faz seu show de estreia. Os concertos musicais acontecem a partir das 20h deste sábado, dia 27 de setembro, no Estúdio Aurora (Rua João Moura, 503. Sala 12. Pinheiros) e os ingressos já estão à venda.

Dua Lipa ♥ Ariana Grande e Gloria Estefan

A turnê que Dua Lipa está fazendo pelos EUA passou pela Flórida e dessa vez ela celebrou duas musas de duas épocas diferentes de um dos estados mais latinos daquele país, quando tocou duas noites em sua capital, Miami. Na primeira noite, quinta passada, ela puxou o hit “Conga” do grupo Miami Sound Machine liderado por Gloria Estefan para evocar a filha mais ilustre da cidade de Boca Ratón, Ariana Grande, com seu hit de dez anos atrás “One Last Time”.

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Tame Impala como se fosse o Drácula

Kevin Parker cada vez mais abre a cortina para revelar o que podemos esperar do próximo de seu Tame Impala, Deadbeat, desta vez mostrando “Dracula”, terceiro single do disco que será lançado no próximo dia 17. Como os dois singles anteriores (“End of Summer” e “Loser”), a nova faixa reforça a influência eletrônica e de dance music no novo álbum, fazendo parecer que, enquanto esperávamos que Dua Lipa ficasse mais psicodélica ao chamar Parker para produzir seu disco mais recente, foi o produtor australiano que infectou-se da dance alto astral da musa anglo-albanesa. Ao mesmo tempo, “Dracula” é a música mais acessível das que já foram lançadas e acena para um Tame Impala mais tradicional, ainda que o clipe faça referências a Thriller do Michael Jackson, a cena rave australiana e à dancinha que os personagens da turma do Snoopy fazem num baile de formatura do segundo grau dos moleques do desenho animado. O disco ainda é uma incógnita, mas essa música desceu bem.

Assista abaixo: