
Feliz 2023! E o primeiro Tiny Desk Concert do ano é com o melhor projeto paralelo do Radiohead. assista abaixo:
2020 seria o ano em que a vocalista do Paramore, Hayley Williams, engataria sua carreira solo, ao lançar o ótimo Petals for Armor logo no começo do ano. Mas com a pandemia, ela ficou limitada a fazer versões em sua conta no Instagram e, finalmente, fez a primeira apresentação ao vivo de seu disco com banda nesta apresentação para o Tiny Desk Concerts da emissora norte-americana NPR. Três músicas, tudo redondinho, uma hora ela retoma essa história direito…
“Pure Love”
“Taken”
“Dead Horse”
A musa inglesa Dua Lipa faz seu primeiro show com banda desde o início da pandemia em mais um Tiny Desk Concert gravado em casa – e imagina esse show se pudéssemos ter um 2020 sem pandemia… Que arraso.
“Levitating”
“Pretty Please”
“Love Again”
“Don’t Start Now”
Com a quarentena, a emissora pública norte-americana NPR passou a buscar clássicos em seu arquivo, como esse show do nosso trio favorito Yo La Tengo em 2013, tocando três músicas no estúdio do Tiny Desk Concert.
“Is That Enough”
“Tears Are In Your Eyes”
“Ohm”
Mas que a bateria da Georgia faz falta, ah faz…
Angel Olsen tocando quatro músicas dela na varanda de sua nova casa, em Asheville, na Carolina do Norte, nos EUA. Precisa de mais algo?
“Whole New Mess”
“Iota”
“What It Is (What It Is)”
“Waving, Smiling”
O grupo australiano Tame Impala finalmente mostra ao vivo seu quarto disco, The Slow Rush, que iria começar a ter seus primeiros shows ao vivo um pouco antes de começarmos essa quarentena. E o grupo de Kevin Parker se apresentou no formato trio, batizando-se de Tame Impala Soundsystem, e trazendo versões mais pista para três faixas de sua safra mais recente de canções – duas de seu disco mais oitentista, “Breathe Deeper” e “Is It True”, e uma que foi lançada no começo dos trabalhos do novo disco, “Patience”. O show aconteceu dentro da programação remota do Tiny Desk Concert da emissora pública norte-americana NPR.
“Tiny Desk é tipo um dos meus cantos favoritos da internet”, disse Taylor Swift ao começar seu set de quatro canções no palco indie Tiny Desk Concert, que a rede de rádio pública norte-americana NPR traz artistas de pequeno e médio porte para mostrar suas canções de forma mais livre e despojada.
Ela aproveitou para mostrar músicas de seu disco mais recente, o ótimo Lover, como elas foram compostas – ou ao violão ou ao piano – e também acendeu uma discussão sobre a presença de uma gigantesca popstar em um programa público dedicado a artistas que prezam mais pela arte que pelo comércio. O mainstream está mais uma vez invadindo o underground ou é uma oportunidade de um público maior conhecer um espaço raro?
Está acontecendo: as forças sísmicas das microfonias do My Bloody Valentine devem voltar a se manifestar ainda esse ano – em dois EPs! As pistas já estavam no ar – desde o relançamento dos dois primeiros discos da banda em vinil (eliminando elementos digitais que haviam nas primeiras prensagens dos vinis da época), passando pelo show que o líder da banda, Kevin Shields, fez no fim do ano passado, até o anúncio do primeiro show da banda em cinco anos feito no início de 2018. Agora é o o próprio Kevin Shields que antecipa os planos da banda para esse ano, como contou para Bob Boilen, da NPR norte-americana, em uma longa entrevista.
“Começamos a gravar um novo disco há um ano e ele tinha como base algumas ideias que tinha. Nós começamos a trabalhar usando apenas o Pro Tools pra ver se essas ideias funcionavam. E elas meio que funcionaram. Então começamos a gravar de forma analógica no verão passado e paramos de novo. Só fizemos as partes de trás, baterias e coisas assim. E então eu realmente me envolvi com ele, essencialmente porque não estou fazendo um disco na forma que normalmente faço um disco, que é algo autocontido. É meio como se estivesse fazendo um EP, mas não quero me restringir a quatro canções ou alguma duração ou algo do tipo. É realmente um EP, mas é um EP que se espalha… Eu vou fazer uns dois deles antes de fazer um álbum. Acho que vamos fazer uns shows neste verão e vamos começar a apresentar umas ideias novas. Então eu apenas queria misturá-las e sair da minha fórmula ‘fazer um disco a cada vinte anos e depois fazer uma turnê e desaparecer por cinco anos’.
Shields faz referência ao tempo que a banda ficou entre gravar seu segundo e terceiro disco (22 anos!) e sem fazer turnês (cinco, desde o lançamento do disco mais recente, em 2013). Há uma expectativa sobre o anúncio de mais datas ao vivo ainda este ano, que acompanhariam o lançamento destes dois EPs – um no meio do ano e outro mais pro meio do segundo semestre. Mas em termos de My Bloody Valentine, toda espera deve ser paciente. Afinal, esta é a banda que quando todo mundo esperava o tão aguardado terceiro disco ainda nos anos 90, regravou apenas uma versão para “We Have All the Time in the World” (“temos todo o tempo do mundo”), desdenhando da paciência dos fãs.

Dessa vez é a NPR que recebe 12 faixas das 138 composições que formam o conjunto mais abrangente sobre um único período de criação de Bob Dylan. As Basement Tapes são aquele momento mágico em que Dylan salta do carrossel do showbusiness em movimento e esconde-se numa fazenda em Woodstock para não embarcar no oba-oba hippie do meio dos anos 60. Larga dinheiro e fama para fundir-se musicalmente com a banda canadense The Hawks, que torna-se The Band neste processo, gravando canções tradicionais e clássicos do cancioneiro norte-americano em busca das raízes daquela música popular que na época ganhava os rádios, a TV e o mundo. Escrevi sobre esse período na última encarnação da Bizz.
As primeiras gravações desse período a sair da fazendo em pouco tempo compuseram o primeiro disco pirata da história, ao mesmo tempo em que deu início a uma lenda a respeito do mergulho cultural na história dos EUA que eram aquelas canções. Parte delas foi oficializada quase dez anos depois de sua gravação, no disco The Basement Tapes, mas o conjunto da obra continuava circulando em gravações não-oficiais, caixas e mais caixas de CD que reuniam, sempre com longos textos de apresentação, dezenas de músicas – e a cada ano mais um punhado delas aparecia. O décimo primeiro volume da Bootleg Series de Bob Dylan reúne nada menos que 138 canções, sendo 30 delas inéditas, no registro mais completo daquele período. Algumas faixas já vinham circulando online (uma logo no anúncio oficial, outra logo em seguida, mais cinco na semana passada e doze neste fim de semana).
Já já a caixa inteira aparece aí.

O disco Cavalo, que Rodrigo Amarante lançou no ano passado, continua rendendo frutos ao seu autor. Desta vez no exterior, quando o hermano gravou quatro músicas na série de shows Tiny Desk Concerts da NPR norte-americana. Sem banda e com o clima informal dado pelo próprio compositor, o showzinho funciona – e as músicas soam melhores do que no álbum, confira: