E o terceiro filme de Jonathan Demme com Neil Young – Journeys – finalmente deve ser lançado. O filme foi finalizado no ano passado e estreou no Festival de Toronto do ano passado, quando foi feita a entrevista abaixo com os dois:
É a terceira vez que o diretor do melhor show já filmado (Stop Making Sense, com os Talking Heads) aborda perfomances ao vivo do mestre canadense em menos de uma década – os outros filmes são Heart Of Gold de 2006 e Neil Young Trunk Show de 2009. Journeys registra a apresentação do velho Young em um local já clássico em sua história, o Massey Hall, em Toronto.
Foi no Massey Hall, num show de 1971 que virou disco décadas mais tarde, que ele apresentou, pela primeira vez, “Heart of Gold”, originalmente concebida como a parte final de “A Man Needs a Maid”. É um dos momentos mais bonitos de sua carreira:
E não é só essa a única novidade de Neil Young – Americana, o primeiro disco com seus compadres do Crazy Horse em quase dez anos, já está pronto para ser lançado e já pode ser ouvido na íntegra, olha só:
Acho que eu já postei esse encontro por aqui, mas não achei o post original – o ponto é que essa câmera em especial torna esse encontro ainda mais intenso, assista até o final:
“Horse Back” Engineered and mixed by John Hanlon at Audio Casa Blanca Jan 6, 2012, assisted by Mark Humphreys and John Hausman Video by Ben Johnson Music by Crazy Horse
Girls – “Lawrence”
Neil Young – “Flying on the Ground is Wrong”
Mallu Magalhães – “Cena”
Kassin – “Em Volta de Você”
Feist – “How Come You Never Go There (Clock Opera Remix)”
MF Doom + Thom Yorke + Jonny Greenwood – “Retarded Fren“
Toro y Moi – “Sweet”
Pollyester – “Round Clocks”
Kwes – “Get Up”
Delorean – “Deli”
Lana Del Rey – “Video Games (Joy Orbinson Remix)”
Washed Out – “Call It Off”
Jorge Ben – “Taj Mahal (Psilosamples Illegal Remix)”
Lotus Plaza – “Where I’m Going”
Um fantasma ronda o mundo: a farsa de que o superaquecimento global só ocorre por fatores endógenos, ou a emissão de poluentes na terra. No Brasil só há dois intelectuais que apontam a ideologia por detrás disso: Gildo Magalhães dos Santos Neto, da História, e Aziz Ab Saber, da Geografia, ambos da USP. Fatores extra-terra conduzem ao superaquecimento: como as fases de hiper-expansão do sol, a cada seis mil anos, como a que ora vivemos. Os vikings, antes de descerem Mar do Norte abaixo, paravam, para construir seus barcos, num local chamado Terra Verde, por acaso Groenlândia, que vem de “Green Land”. A natureza na Terra Verde era laboriosa em construir madeiras de primeira cepa. Mas ela se congelou. Uai: por que se congelou? A quem interessa dizer que a Terra pode acabar por superaquecimento gerado por fatores apenas “internos”? Interessa a uma elite neoliberal. Há 80 anos começaram a tramar a ideia de que oferecer um literal e figurativo fim do mundo pelo superaquecimento era a forma de congelar os futuros países desenvolvidos. Queriam, e ainda querem, que Brasil, Índia e China sejam eternos exportadores de matéria prima. Trata-se da mais nova-velha ideologia: fazer o povão engolir goela abaixo que o desenvolvimento já atingiu os seus limites. Querem ver na Amazonia um território “internacional”. Eis todo o babalaô do ex-vice dos EUA, Al Gore, com aquela cascata (comprada por ele de uma assessoria de imprensa), lastreado em seu “Uma verdade inconveniente”.
O festival SWU (“Starts with you” ou “Começa com você”), que movimentou milhões com inserções pagas, mas disfarçadas na mídia, é um subproduto desse tipo de golpe. Não é para menos que Neil Young abriu o cascatol cantando “parabéns” para a Terra. Querem tornar o rock algo passivo, com babacas defendendo a todo o custo a preservação da terra, e o conseqüente congelamento do desenvolvimento do parque industrial brazuca. Querem-nos eternos exportadores de grãos. Querem-nos enxergando que o superaquecimento global só se dá por fatores da terra e do homem. Isolam a Terra do resto do universo. Veja você: até James Lovelock, criador da famosa Hipótese Gaia (segundo a qual o ser humano é um dos “órgãos” do corpo que é a Mãe Terra), agora defende a energia nuclear. E expõe ao osso os babacas do Partido Verde (que usam em suas propagandas políticas os moinhos de vento eólicos). Saiba você: um moinho de vento eólico consome dez mil toneladas de concreto para ser construído. Em toda a sua existência, o moinho de vento eólico jamais produzirá energia limpa que compense a poluição gerada para poder produzir as milhares de toneladas de concreto que o erigiram…