Missa modular

, por Alexandre Matias

Mais uma vez Paulo Beto ergueu um altar a uma de suas predileções musicais como nas outras noites de sua temporada no Centro da Terra, mas desta vez o ar sacro era palpável – não apenas pela postura dos músicos no palco (todos sérios, de preto, encarando seus instrumentos e vendo como soavam junto aos outros), mas pela natureza sonora da noite, quando o mineiro proporcionou uma ode ao seu instrumento-base, o sintetizador. Ao lado de Tatiana Meyer e Dino Vicente, PB subiu ao palco com um arsenal de synths de todas as épocas – inclusive um gigantesco construído pelo luthier eletrônico Arthur Joly, que deveria comparecer àquela noite, mas não pode participar, mandando seu instrumento exagerado como testemunha. A missa modular proposta por essa Church of Synth começou com um solo de Paulo Beto, seguido de três atos – com propostas bem distintas – com o trio PB, Tatiana e Dino e chegou ao fim apenas com o dono da noite e sua companheira no palco, ambos fazendo homenagem a um recorte específico do instrumento, a dance music dos anos 90, encarnada no ídolo dos dois Mark Bell, do grupo inglês LFO, que o senhor Anvil FX confessou ser a maior perda que já sentiu na história da música (quando este nos deixou em 2014). Mais uma noite espontânea proporcionada pelo mestre.

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