Silva no Clube

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O Clube da Esquina está em alta com o indie brasileiro (certamente tem a ver com a conexão Beatles): depois do tributo feito pelo Scream & Yell para Milton Nascimento é a vez do braço pop da Som Livre, o selo Slap, lançar uma homenagem ao Clube da Esquina com a coletânea Mar Azul, que reúne uns artistas bem mais ou menos em seu primeiro volume (Pedro Luís, Dani Black, Moska e Maíra Freita são os que merecem menção). Só se destaca a versão de Silva para o clássico “Girassol da Cor do Seu Cabelo”, uma das músicas mais emblemáticas daquela safra.

A segunda parte do tributo indie a Milton Nascimento

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E tá aí a segunda banda do tributo que o Marcelo Costa organizou à eminência barroca Milton Nascimento, que depois de reunir Tono, Letuce, Bruno Souto, Rashid, Karol Conká com Bo$$ in Drama, Aláfia, Bárbara Eugênia e Pélico e mais uma galera no primeiro volume agora junta Blubell, Felipe Cordeiro, Tibério Azul, Los Porongas e outros tantos num disco que pode ser baixado gratuitamente no Scream & Yell. Separei aqui a reverente versão que os Selvagens à Procura de Lei fizeram pra uma das minhas músicas favoritas do compositor, a mágica “Nuvem Cigana”.

Fernando Brandt via Björk

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A morte de Fernando Brandt me fez lembrar dessa versão que Björk fez para “Travessia” – quem imaginaria que uma música daquele bando de mineiros influenciados por Beatles seria gravada por uma diva do pós-punk da Islândia? É só uma amostra da influência e importância do trabalho do compositor.

Scream & Yell celebra Milton Nascimento

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O site do jornalista Marcelo Costa Scream & Yell lança mais um disco-tributo em homenagem a um de seus ídolos, o cantor e compositor Milton Nascimento. A coletânea Mil Tom sai em dois volumes e o primeiro deles reúne nomes como Vanguart, Tono, Letuce, Aláfia, Bruno Souto, Karol Conká e Rashid resgatando pérolas do cancioneiro de Minas Gerais compostas por esse carioca de nascimento. Separei aqui a bucólica versão que a Bárbara Eugênia e o Pélico fizeram pra “Paula e Bebeto”, mas dá pra ouvir e baixar o disco inteiro lá no Scream & Yell.

WTF do dia: Milton Nascimento garoto-propaganda de iogurte

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Tudo bem se isso aparecer na sua biografia? Eu acho essa música insuportável, mas é inegável sua importância e peso na história da música brasileira. E pode ser que, com um teoricamente esquecível comercial, Milton tenha a atirado na lata do lixo por alguns dinheiros…

Bem vergonhalheia…

O dia em que Lô Borges conheceu Milton Nascimento

…contado pelo próprio Lô Borges.

Que momento.

Vida Fodona #342: Devagar

E sempre.

Smash – “Slow Angel”
Portishead – “Cowboys”
Frank Ocean – “Lost”
Kika – “Manhãzinha”
Caetano Veloso – “Rapte-Me, Camaleoa”
Tulipa Ruiz – “Ok”
Twin Shadow – “Five Seconds”
Giancarlo Ruffato – “Roberto Erasmo”
Tame Impala – “Apocalypse Dreams”
Mutantes – “Tecnicolor”
Pink Floyd – “Jugband Blues”
Yes – “I’ve Seen All Good People”
Milton Nascimento + Lô Borges – “Nuvem Cigana”
Supercordas – “Asclepius”
Beatles – “A Day in the Life”
Electric Light Orchestra – “Mr. Blue Sky”
Poolside – “Slow Down”

Me acompanhe…

Os meninos da capa do Clube da Esquina

A repórter Ana Clara Brant e o fotógrafo Túlio Santos localizaram, no interior do Rio de Janeiro, a dupla que protagoniza a capa da estréia de Milton Nascimento e Lô Borges no mundo fonográfico, o mítico Clube da Esquina, um dos melhores discos da história do Brasil.

Foram necessárias, pelo menos, 53 pessoas para chegar até os dois “garotos”. Porém, algumas tiveram um papel fundamental. O desenrolar do fio da meada se deu quando, a pedido do Estado de Minas, um jornalista de Nova Friburgo, Wanderson Nogueira, anunciou na rádio local sobre a procura. Uma ouvinte da região, a costureira Rogéria dos Santos, de 56 anos, entrou em contato com a reportagem, comunicando que nunca tinha ouvido falar da história do disco, mas conhecia muitos moradores da zona rural que poderiam auxiliar na busca.

Rogéria dos Santos nos levou até a auxiliar de produção Gilcelene Tomaz Ferreira, de 33 anos, pois muitos da cidade desconfiavam que o menino negro do Clube seria alguém da família dela, filho de Severino, um antigo lavrador. Por indicação da mãe de Gilcelene, Helena, chegamos até Erasmo Habata, floricultor da região. Com o LP na mão, assegurou: “Este pretinho não é filho do Severino. Mas este mais branquinho é filho do Laerte Rimes, um lavrador da região. E deve ser o Tonho”, frisou. Outras indicações – pistas falsas – nos levaram a checar várias pessoas, entre elas um paciente internado em clínica psiquiátrica e até um foragido da Justiça.

Vale ler a matéria toda, que ainda conta com uma galeria de fotos.

Rock in Rio e tudo o que está errado no rock brasileiro hoje – e sempre

We are the world of coxinhas

O vídeo acima resume como uma parte das cabeças que pensam o pop brasileiro entendem o significado de rock’n’roll ou mesmo de música pop hoje – e sempre. É só um desfile vergonhoso de gente que entende a própria carreira como cotista do mercado de atenção de hoje em dia – um show de celebridades querendo aparecer a qualquer custo. Dá pra tecer teses inteiras sobre quais são os artistas envolvidos e o que eles têm a ver com o assunto principal do festival ao mesmo tempo em que dá pra entender porque o Rock in Rio ainda pesa no imaginário brasileiro. E é claro que não deixa de ser constrangedor ver o Emicida surfando nessa onda, mas ele sempre quis ir nessa direção, não vamos culpá-lo por isso. Ele iria se fosse no Faustão, na Xuxa ou na Hebe, sua meta sempre foi o pop. O fato de seu momento pula-tubarão ser no meio desse febeapá do século 21 é só mais uma lembrança do velho deitado chinês: cuidado com o que tu sonha.

Um outro girassol da cor do seu cabelo

Esse com o Milton. E direito a papinho no começo. Dica do Cícero.