Thiago França reuniu mais uma vez sua Space Charanga – desta vez em forma de quarteto – para uma nova viagem pelo espaço sideral do som. Ao lado de seus broders de Metá Metá Sergio Machado (bateria) e Marcelo Cabral (baixo acústico) e do trompete de Amilcar Rodrigues, o músico paulistano parte em mais uma jornada rumo ao desconhecido em seu recém-lançado Suíte Intergaláctica (já nas plataformas digitais mas que pode ser baixado aqui), que ele considera o disco mais de jazz que já fez. Aproveitei o lançamento para conversar com ele sobre a história da Space Charanga (“um spin-off da Charanga do França”, conta às gargalhadas), da influência de Sun Ra e do espaço sideral em sua criação – que vai muito além da ficção científica.
Como surgiu o conceito da Space Charanga e da influência do Sun Ra nessa versão da Charanga?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/space-charanga-2018-como-surgiu-o-conceito-da-space-charanga-e-qual-a-influencia-do-sun-ra-no-grupo
Como a Space Charanga conversa com o Charanga do França?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/space-charanga-2018-como-a-space-charanga-conversa-com-o-charanga-do-franca
Fale sobre a Suíte Intergaláctica.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/space-charanga-2018-fale-sobre-a-suite-intergalactica
Fale de sua relação com a música e o conceito do espaço sideral.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/space-charanga-2018-fale-de-sua-relacao-com-a-musica-e-o-conceito-do-espaco-sideral
Mantendo a frequência…
Juliana R. – “El Hueco”
Thurston Moore – “See-Through PlayMate”
Ava Rocha – “Continente”
Elliot Smith – “Let’s Get Lost”
Bonifrate – “Rã”
Mutantes – “El Justiciero”
Lô Borges – “Faça Seu Jogo”
Rolling Stones – “Memo From Turner”
Javiera Mena – “Luz De Piedra De Luna”
Glue Trip – “La Edad Del Futuro”
Paul McCartney – “The Back Seat Of My Car”
Pavement – “Grounded”
Cure – “Lullaby”
Sebadoh – “2 Years, 2 Days”
João Leão – “Unwritable”
Lulina – “Argumentos”
Marcelo Cabral – “Ela Riu”
Legião Urbana – “Central do Brasil”
2018 tem sido um ano conturbado – mas não para a música brasileira, como dá para perceber por essa lista dos 25 melhores discos de música popular escolhida pelo júri da Associação Paulista dos Críticos de Arte, da qual faço parte ao lado de Marcelo Costa, Roberta Martinelli, Lucas Breda e José Norberto Flesch. Estes são os discos escolhidos, lançados entre o primeiro dia do ano e o último dia de junho, antecipados no blog do Pedro Antunes, do Estadão.
Almir Sater & Renato Teixeira – AR (Universal Music)
André Abujamra – Omindá (Independente)
Anelis Assumpção – Taurina (Pomm_elo / Scubidu)
Autoramas – Libido (Hearts Bleed Blue)
Ava Rocha – Trança (Circus)
Cólera – Acorde, Acorde, Acorde (EAEO Records)
Cordel do Fogo Encantado – Viagem ao Coração do Sol (Fogo Encantado)
Craca e Dani Nega – O Desmanche (Independente)
Dingo Bells – Todo Mundo Vai Mudar (Dingo Bells / Natura Musical)
Djonga – O Menino Que Queria Ser Deus (CEIA Ent.)
Elza Soares – Deus É Mulher (DeckDisc)
Erasmo Carlos – Amor É Isso (Som Livre)
Gui Amabis – Miopia (Independente)
Iza – Dona de Mim (Warner)
Jonas Sá – Puber (Selo Risco)
Juliano Gauche – Afastamento (EAEO Records)
Kassin – Relax (LAB 344)
Malu Maria – Diamantes na Pista (Independente)
Marcelo Cabral – Motor (YB Music)
Maria Beraldo – Cavala (Selo Risco)
Maurício Pereira – Outono No Sudeste
Rashid – Crise (Foco na Missão)
Romulo Fróes – O Disco das Horas (YB Music)
Silva – Brasileiro (SLAP)
Wado – Precariado (Independente)
Lenda-viva do skate paulistano (quando subia e descia as ruas usando o pseudônimo de Cabralha), o baixista Marcelo Cabral atualmente é mais conhecido pela precisão incisiva das linhas de baixo do Metá Metá ou pelos arranjos que faz nos discos em que trabalha (de Criolo a Elza Soares). Ele está prestes a lançar seu primeiro disco solo, batizado de Motor, em que reforça este seu lado arranjador e mostra sua faceta de compositor num álbum sensível, delicado e minimalista, sem baixos elétricos ou acústicos, tocado apenas no bass synth. O disco foi produzido por Daniel Bozzio, Romulo Fróes e pelo próprio Marcelo, e conta com músicas compostas pelo baixista ao lado dos colaboradores Clima, Rodrigo Campos, Alice Coutinho e Romulo, além de participações de velhos chapas como Ná Ozetti, Maria Beraldo, Cuca Ferreira, Criolo e Guilherme Held, além dos broders de Metá Metá, Sérgio Machado, Kiko Dinucci, Thiago França e Juçara Marçal. Motor chega nesta terça-feira nas plataformas digitais e ele antecipa a faixa-título, cantada por Romulo, com exclusividade para o Trabalho Sujo:
A capa de Motor, mostrada também em primeira mão para cá, foi feita pela companheira de Marcelo, Manuela Eichner, com quem ele vai passar uma temporada na Alemanha logo após o lançamento do disco. Conversei com o Cabral sobre este novo trabalho, em que ele também assume os vocais de suas canções:
Como esse disco surgiu?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-como-esse-disco-surgiu
Ele é um disco mais de arranjador do que de baixista, concorda?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-ele-e-um-disco-mais-de-arranjador-do-que-de-baixista-concorda
Como foi o processo de composição e produção de Motor?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-como-foi-o-processo-de-composicao-e-producao-de-motor
Como você começou a trabalhar com arranjos?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-como-voce-comecou-a-trabalhar-com-arranjos
É um disco de despedida do Brasil? Ou de encerramento de ciclo?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-e-um-disco-de-despedida-do-brasil-ou-de-encerramento-de-ciclo
Você já pensou num show deste disco?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-voce-ja-pensou-num-show-deste-disco
Eis a íntegra do show que encerrou o ano no Centro da Terra, reunindo treze cobras da atual música brasileira: Alessandra Leão, Saulo Duarte, Thiago França, Luísa Maita, Papisa, Negro Leo, Luiza Lian, Tatá Aeroplano, Maurício Takara, Iara Rennó e Tiê, além dos convidados Marcelo Cabral, Rafa Barreto e Charles Tixier.
Que noite!
Convidado a criar uma obra ao vivo que durasse as quatro segundas-feiras de agosto para o palco do Centro da Terra, o músico M. Takara optou por transformar a jornada intraterrena do espaço em uma espiral existencial sonora a partir de improvisos com dois músicos diferentes a cada encontro. Depois da primeira noite, Takara passa, nos shows seguintes, a incorporar registros musicais das segundas anteriores com improvisos instrumentais, criando níveis de compreensão musical que voltam ao ponto de partida na última noite, quando os mesmos músicos que tocaram na primeira noite retornam ao palco acompanhado das gravações de músicos que estiveram nas outras apresentações, incluindo a de si mesmos, além de projeções de imagens e sons pré produzidos. Acompanhando Maurício, que toca percussão, instrumentos de sopro e cordas e eletrônicos, estão ases da música improvisada brasileiro deste século, como o guitarrista André Bordinhon, o baixista Marcelo Cabral, o pianista Philip Somervell, o vibrafonista Victor Vieira Branco, o rabequeiro e saxofonista Thomas Rohrer e o MC Rodrigo Brandão. Conversei com o Maurício sobre este projeto.
O que é a Música Resiliente?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mauricio-takara-o-que-e-a-musica-resiliente
Como foram suas experiências anteriores com este trabalho?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mauricio-takara-como-foram-suas-experiencias-anteriores-com-este-trabalho
Qual vai ser a dinâmica destas apresentações?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mauricio-takara-qual-vai-ser-a-dinamica-destas-apresentacoes
Como você a adaptou para o Centro da Terra?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mauricio-takara-como-voce-a-adaptou-para-o-centro-da-terra
Quem são os músicos que te acompanharão durante o mês?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mauricio-takara-quem-sao-os-musicos-que-te-acompanharao-durante-o-mes
As apresentações viram um produto final ou vale a experiência?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/mauricio-takara-as-apresentacoes-viram-um-produto-final-ou-vale-a-experiencia
M. Takara: Música Resiliente em Camadas Lentas
Local: Centro da Terra (rua Piracuama, 19, Sumaré)
Horário: 20h
Capacidade: 100 pessoas
Preço: R$ 30 Inteira
R$ 15 Meia
http://www.centrodaterra.com.br/
Diva da música brasileira lança disco de inéditas gravado ao lado de nomes como Kiko Dinucci, Rodrigo Campos e Guilherme Kastrup no próximo fim de semana, dias 3 e 4 de outubro, no Auditório do Ibirapuera. No show, além da íntegra do novo disco (você já ouviu “Maria da Vila Matilde” e “Luz Vermelha” por aqui), serão revisitados clássicos da cantora em novas versões.
A contundente “Maria Da Vila Matilde” é a primeira música do novo disco de Elza Soares, A Mulher do Fim do Mundo, produzido pelo Guilherme Kastrup e dirigido por Celso Sim e Rômulo Fróes, em que nossa diva do samba soul é tratada a pão de ló por um senhor time de músicos e compositores paulistanos que inclui nomes como Kiko Dinucci, Cacá Machado, Marcelo Cabral, Clima, Rodrigo Campos, Douglas Germano e José Miguel Wisnik. Dá pra baixar a música aqui.
Você já sabia que o quarteto Passo Torto – formado por Kiko Dinucci, Rômulo Fróes, Marcelo Cabral e Rodrigo Campos – estava prestes a lançar um disco com a Ná Ozzetti e a presença do saxofonista Thiago França na primeira foto de divulgação do trabalho alertava que ela não seria a única participação no disco lançado nesta terça, que chama-se… Thiago França – mas a participação Thiago resume-se ao título. O disco pode ser baixado gratuitamente no site da banda, que lança o álbum nos dias 7 e 8 do mês que vem no Sesc Santo Amaro.
Quando entrevistei o Cidadão Instigado pra Folha de S. Paulo pude olhar através do vidro de gravação daquele que promete ser um dos discos brasileiros de 2015, o de Rodrigo Campos, que redireciona seu canto da deslumbrante Bahia Fantástica de seu álbum mais recente pra uma aventura do outro lado do planeta, como ele antecipou pelo Facebook:
Disco novo chegando! Novos e antigos parceiros se juntando, os arranjos ganhando corpo, a coisa toda ganhando forma e esse personagem obscuro, que permeia o disco, se revelando; Toshiro! Uma espécie de astronauta arquetípico do inconsciente, navegando completamente à deriva, se agarrando a qualquer espaço/tempo possível, a qualquer memória difusa, a qualquer falta de compreensão de si.
E antecipa uma primeira letra:
Toshiro Reverso
Uma nebulosa
Engoliu Toshiro ontem
Expeliu de volta
Um planeta esquisito
De fato, bonito
Pura coincidência
Numa esquina de São Paulo
Foi alçado com violência
À origem do universo
Toshiro reverso
Não dói, não
Toshiro reverso
Não dói, não
Toshiro uma estrela
Na gravação estavam velhos cúmplices como Rômulo Fróes, Curumin, Marcelo Cabral, Juçara Marçal, Thiago França e Ná Ozetti. O disco promete.