Marcelo Cabral: Influxo Cabralha

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Quando Marcelo Cabral avisou que estava voltando da Alemanha para passar um tempo de volta no Brasil, cogitamos rapidammente uma temporada ao redor do universo musical do baixista e de sua recente experiência artística na Alemanha. Próximo à cena de improviso livre de Berlim, Cabral foi descobrindo um método de criação artística que permite fluir por outras linguagens, incluindo literatura, teatro e spoken word e entender como isso influencia diretamente o resultado musical. E assim ele pensou em Influxo Cabralha, uma reunião de amigos e magos da música instrumental que atravessa quatro segundas-feiras de abril no Centro da Terra. Na primeira, dia 8, ele toca ao lado de Mauricio Takara, Thomas Rohrer e Mariá Portugal. No dia 15 ele chama Guilherme Held, Thiago França, Juliana Perdigão e Angélica Freitas. Dia 22 é dia de Kiko Dinucci, Rodrigo Brandão e Juçara Marçal. E a temporada termina no dia 29, com as participações de Thomas Harres, Bella, Patrícia Bergantin, Maria Beraldo e Ná Ozzetti (mais informações aqui). Bati um papo com o Cabral sobre esta safra de shows e a influência de sua estada na Alemanha neste novo projeto.

Os 75 melhores discos de 2018: 25) Marcelo Cabral – Motor

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“Um outro lugar pra guardar nossa dor”

Metá Metá no Centro Cultural São Paulo

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O trio Metá Metá – formado por Thiago França, Kiko Dinucci e Juçara Marçal – despede-se de 2018 nesta quinta, a partir das 21h, e conta com Marcelo Cabral no baixo e Mariá Portugal na bateria – corre que os ingressos estão acabando (mais informações aqui).

Mariá Portugal: Redemunho Zero

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Semana que vem encerramos os trabalhos de música em 2018 no Centro da Terra e a primeira atração desta semana de conclusão de ano é a estreia do projeto Redemunho, da baterista do Quartabê Mariá Portugal. Concebido originalmente para ser realizado na rua, o projeto abre conversas musicais de improviso livre com artistas convidados e para esta primeira edição, Redemunho Zero, ela convidou os músicos Maurício Takara, Marcelo Cabral, Joana Queiroz, Bella e Thomas Rohrer para um salto no abismo dos sons (mais informações aqui). Bati um papo com ela sobre o projeto, sua relação com os outros músicos e sobre o conceito de improviso livre no contexto de sua sessão.

O que é o Redemunho Zero?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/maria-portugal-o-que-e-o-redemunho-zero

Fale sobre os músicos que participarão desta primeira edição.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/maria-portugal-fale-sobre-os-musicos-que-participarao-desta-primeira-edicao

Improviso livre é vale tudo?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/maria-portugal-improviso-livre-e-vale-tudo

Há algo pré-definido antes de vocês entrarem no palco?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/maria-portugal-ha-algo-pre-definido-antes-de-voces-entrarem-no-palco

Vida Fodona #575: Realidade pesada

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Pra dissipar as trevas.

Massive Attack – “Black Milk”
Yo La Tengo – “Shades of Blue”
Nill – “Atari Level 2”
Flora Matos – “10:45”
Isaac Hayes – “Part-Time Love”
Don L – “Mexe pra Cam”
Beck – “Beautiful Way”
Kanye West + Pusha T – “Runaway”
Blood Orange – “Take Your Time”
Marcelo Cabral – “Ela Riu”
Saulo Duarte – “Avante Delírio”
Tatá Aeroplano – “Vida Inteira”
Laura Lavieri – “Me Dê a Mão”
Betina + Bonifrate – “Aluguel”

Vida Fodona #568: Só tem música de 2018

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Pra aproveitar esse domingo de sol…

Rodrigo Campos – “Clareza”
Ava Rocha – “Maré Erê”
Melody’s Echo Chamber – “Visions of Someone Special, On a Wall of Reflections”
Tatá Aeroplano – “Os Novos Baianos Sapateiam Na Garoa dos Sex Pistols”
Stephen Malkmus + The Jicks – “Kite”
Marcelo Cabral + Ná Ozzetti – “Osso e Sol”
Bixiga 70 – “Pedra de Raio”
Glue Trip – “Time Lapses”
E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante – “Como Aquilo Que Não Se Repete”
Spiritualized – “Let’s Dance”
Elza Soares + Edgar – “Exú nas Escolas”
Djonga – “Atípico”
Blood Orange – “Take Your Time”
Betina + Boogarins – “Ruido Tropical”
Gorillaz – “Magic City”
Mombojó – “Ontem Quis”

Thiago França solto no espaço

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Thiago França reuniu mais uma vez sua Space Charanga – desta vez em forma de quarteto – para uma nova viagem pelo espaço sideral do som. Ao lado de seus broders de Metá Metá Sergio Machado (bateria) e Marcelo Cabral (baixo acústico) e do trompete de Amilcar Rodrigues, o músico paulistano parte em mais uma jornada rumo ao desconhecido em seu recém-lançado Suíte Intergaláctica (já nas plataformas digitais mas que pode ser baixado aqui), que ele considera o disco mais de jazz que já fez. Aproveitei o lançamento para conversar com ele sobre a história da Space Charanga (“um spin-off da Charanga do França”, conta às gargalhadas), da influência de Sun Ra e do espaço sideral em sua criação – que vai muito além da ficção científica.

Como surgiu o conceito da Space Charanga e da influência do Sun Ra nessa versão da Charanga?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/space-charanga-2018-como-surgiu-o-conceito-da-space-charanga-e-qual-a-influencia-do-sun-ra-no-grupo

Como a Space Charanga conversa com o Charanga do França?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/space-charanga-2018-como-a-space-charanga-conversa-com-o-charanga-do-franca

Fale sobre a Suíte Intergaláctica.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/space-charanga-2018-fale-sobre-a-suite-intergalactica

Fale de sua relação com a música e o conceito do espaço sideral.
https://soundcloud.com/trabalhosujo/space-charanga-2018-fale-de-sua-relacao-com-a-musica-e-o-conceito-do-espaco-sideral

Vida Fodona #565: Essa é a vibe

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Mantendo a frequência…

Juliana R. – “El Hueco”
Thurston Moore – “See-Through PlayMate”
Ava Rocha – “Continente”
Elliot Smith – “Let’s Get Lost”
Bonifrate – “Rã”
Mutantes – “El Justiciero”
Lô Borges – “Faça Seu Jogo”
Rolling Stones – “Memo From Turner”
Javiera Mena – “Luz De Piedra De Luna”
Glue Trip – “La Edad Del Futuro”
Paul McCartney – “The Back Seat Of My Car”
Pavement – “Grounded”
Cure – “Lullaby”
Sebadoh – “2 Years, 2 Days”
João Leão – “Unwritable”
Lulina – “Argumentos”
Marcelo Cabral – “Ela Riu”
Legião Urbana – “Central do Brasil”

Os 25 melhores discos brasileiros do início de 2018

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2018 tem sido um ano conturbado – mas não para a música brasileira, como dá para perceber por essa lista dos 25 melhores discos de música popular escolhida pelo júri da Associação Paulista dos Críticos de Arte, da qual faço parte ao lado de Marcelo Costa, Roberta Martinelli, Lucas Breda e José Norberto Flesch. Estes são os discos escolhidos, lançados entre o primeiro dia do ano e o último dia de junho, antecipados no blog do Pedro Antunes, do Estadão.

Almir Sater & Renato Teixeira – AR (Universal Music)
André Abujamra – Omindá (Independente)
Anelis Assumpção – Taurina (Pomm_elo / Scubidu)
Autoramas – Libido (Hearts Bleed Blue)
Ava Rocha – Trança (Circus)
Cólera – Acorde, Acorde, Acorde (EAEO Records)
Cordel do Fogo Encantado – Viagem ao Coração do Sol (Fogo Encantado)
Craca e Dani Nega – O Desmanche (Independente)
Dingo Bells – Todo Mundo Vai Mudar (Dingo Bells / Natura Musical)
Djonga – O Menino Que Queria Ser Deus (CEIA Ent.)
Elza Soares – Deus É Mulher (DeckDisc)
Erasmo Carlos – Amor É Isso (Som Livre)
Gui Amabis – Miopia (Independente)
Iza – Dona de Mim (Warner)
Jonas Sá – Puber (Selo Risco)
Juliano Gauche – Afastamento (EAEO Records)
Kassin – Relax (LAB 344)
Malu Maria – Diamantes na Pista (Independente)
Marcelo Cabral – Motor (YB Music)
Maria Beraldo – Cavala (Selo Risco)
Maurício Pereira – Outono No Sudeste
Rashid – Crise (Foco na Missão)
Romulo Fróes – O Disco das Horas (YB Music)
Silva – Brasileiro (SLAP)
Wado – Precariado (Independente)

A hora de Marcelo Cabral

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Lenda-viva do skate paulistano (quando subia e descia as ruas usando o pseudônimo de Cabralha), o baixista Marcelo Cabral atualmente é mais conhecido pela precisão incisiva das linhas de baixo do Metá Metá ou pelos arranjos que faz nos discos em que trabalha (de Criolo a Elza Soares). Ele está prestes a lançar seu primeiro disco solo, batizado de Motor, em que reforça este seu lado arranjador e mostra sua faceta de compositor num álbum sensível, delicado e minimalista, sem baixos elétricos ou acústicos, tocado apenas no bass synth. O disco foi produzido por Daniel Bozzio, Romulo Fróes e pelo próprio Marcelo, e conta com músicas compostas pelo baixista ao lado dos colaboradores Clima, Rodrigo Campos, Alice Coutinho e Romulo, além de participações de velhos chapas como Ná Ozetti, Maria Beraldo, Cuca Ferreira, Criolo e Guilherme Held, além dos broders de Metá Metá, Sérgio Machado, Kiko Dinucci, Thiago França e Juçara Marçal. Motor chega nesta terça-feira nas plataformas digitais e ele antecipa a faixa-título, cantada por Romulo, com exclusividade para o Trabalho Sujo:

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A capa de Motor, mostrada também em primeira mão para cá, foi feita pela companheira de Marcelo, Manuela Eichner, com quem ele vai passar uma temporada na Alemanha logo após o lançamento do disco. Conversei com o Cabral sobre este novo trabalho, em que ele também assume os vocais de suas canções:

Como esse disco surgiu?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-como-esse-disco-surgiu

Ele é um disco mais de arranjador do que de baixista, concorda?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-ele-e-um-disco-mais-de-arranjador-do-que-de-baixista-concorda

Como foi o processo de composição e produção de Motor?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-como-foi-o-processo-de-composicao-e-producao-de-motor

Como você começou a trabalhar com arranjos?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-como-voce-comecou-a-trabalhar-com-arranjos

É um disco de despedida do Brasil? Ou de encerramento de ciclo?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-e-um-disco-de-despedida-do-brasil-ou-de-encerramento-de-ciclo

Você já pensou num show deste disco?
https://soundcloud.com/trabalhosujo/marcelo-cabral-2018-voce-ja-pensou-num-show-deste-disco