Mancha chega ao terceiro ano de seu festival com um avanço considerável: depois de dois anos cobrando ingresso para a entrada do público, em 2017 ele realiza seu Fora da Casinha gratuitamente, montando dois palcos no Largo da Batata neste sábado para apresentar mais uma safra de bandas independentes que passaram pela mítica Casa do Mancha, que completa uma década de atividade este ano, como Giovani Cidreira, Ema Stoned, Glue Trip, Tagore, Negro Leo, Bárbara Eugena e Tatá Aeroplano, entre outros. Como nas duas edições anteriores, o festival começa com a tradicional discotecagem Sussa – Tardes Trabalho Sujo deste que vos escreve (ao lado do Danilo), puxando para o tom do festival (bandas independentes brasileiras), e com o show do padrinho do festival, o mestre Maurício Pereira (os horários dos shows estão no final deste post – além de mais informações que você encontra aqui). Conversei com o Mancha sobre a edição do Fora da Casinha deste ano a seguir.
qual o principal desafio desta terceira edição do festival?
Acredito que nosso desafio desse ano é se manter eficaz na função de apontar novos nomes da música independente nacional desta vez pra um público mais heterogêneo. Até então o festival acontecia dentro de um local controlado e por mais que o público fosse amplo, existia um denominador comum a todos que se dispuseram a comprar um ingresso para ver um festival de música independente.
Agora com o festival gratuito na rua amplificamos a reverberação da nossa proposta chegando em um público que não necessariamente viria até nós. E conquistar esse público que não foi atrás de você é tão complexo quanto prazeroso. A música tem essa função de surpreender, estamos olhando pra isso com um brilho especial desta vez.
E em relação ao elenco, comente sobre os artistas que escolheu.
O Maurício Pereira é nosso padrinho, então dispensa comentários. Todos os outros artistas vem com trabalhos recentes que acabaram de sair ou estão prestes a sair. Alguns com uma caminhada mais longa que outros, mas todos passando por um momento fértil justamente para serem apresentados para esse público heterogêneo que a rua proporciona.
A programação desse ano privilegiou esse diálogo com a rua como um todo.
O festival encerra a programação de dez anos da Casinha. Fale sobre essa comemoração.
Completar uma década nessa empreitada com música já é uma vitória fabulosa. O mês de setembro foi todo dedicado a isso com shows que marcaram a história da casinha, artistas que tem uma relação super íntima e começaram junto aqui conosco. É um orgulho imenso ver todos esses frutos, bandas crescendo, publico interessado, novas bandas surgindo com vontade de tocar aqui.. tudo isso derivou de 10 anos persistência nossa e de muitas outras pessoas que caminharam juntas.
Terminar isso com o festival dessa forma, gratuito na rua, me pareceu a melhor forma de concluir um ciclo que acima de tudo está sendo enriquecedor pra todos que estão envolvidos.
Quais os próximos planos para a Casinha e para o festival no ano que vem?
Uma das coisas que 2017 me ensinou foi de controlar os planos, diminuir as expectativas e prestar mais atenção no processo. Enxergar tudo que foi feito e que já é motivo de muitas felicidades, sentir prazer nisso e no hoje, não enlouquecer com o amanhã e estar sujeito às supresas da vida. Essa lição me deixou mais leve.
Mas claro, pode ser que tudo mude num piscar de olhos. Tudo certo.
13h: Discotecagem Sussa | Trabalho Sujo
14h: Mauricio Pereira
14h40: Bárbara Eugênia + Tatá Aeroplano
15h35: Vitreaux
16h20: Giovani Cidreira
17h05: Aloizio e a Rede + Bratislava
17h50: Ema Stoned
18h30: Raça
19h10: Glue Trip
19h55: Tagore
20h40: Negro Leo
Hora de trazer algumas das minhas colunas mais recentes publicadas na revista Caros Amigos pra cá – e começo com o texto que escrevi na edição de novembro sobre o festival Fora da Casinha, realizado pelo Mancha, e a importância de sua Casinha para a cena independente brasileira.
Começa com uma pessoa
A Casa do Mancha se consagra como um dos principais palcos independentes do Brasil e já está dando passos largos para o futuro
Tudo começa com uma pessoa. Alguém que tem uma ideia e chama alguns amigos para colocá-la em prática. A execução atrai mais gente e aos poucos um senso comunitário vai surgindo ao redor daquela primeira ideia da primeira pessoa, e a partir daí tudo pode acontecer. Empresas, ideologias, fi losofi as, países, manifestações, seitas, passeatas, partidos, greves, cultos, impérios, religiões e movimentos artísticos começaram assim, num misto dúbio de modéstia com a ambição de que uma pessoa com uma ideia pode mudar tudo.
Mancha é uma destas pessoas. De cabelo comprido e barba por fazer, mais baixo que alto, mais escuro que claro (daí o apelido), camiseta de banda, tênis, às vezes boné e bermuda, outras, camisa de flanela e jeans. Ele não é muito diferente dos milhares de skatistas ou integrantes de bandas que nascem em São Paulo como mato. Nativo do interior do interior do estado – uma cidade chamada Castilho –, quase na divisa com o Mato Grosso do Sul, ele viu a cena independente brasileira crescer durante os anos 1990 à distância e quando chegou a São Paulo, quis dar sua modesta contribuição a essa história.
Sem o complexo de épico característico destas decisões, Mancha simplesmente botou a mão na massa. Não criou um selo, nem uma banda, muito menos dirigiu clipes ou organizou um festival. Ele só abriu sua casa para receber bandas e novos artistas e aos poucos a transformou em um dos palcos mais importantes da cidade. Lógico que isso não aconteceu como num passe de mágica. Foi um processo lento de quase dez anos que acompanhou o renascer de uma cena paulistana, ao mesmo tempo em que o transformava em um de seus agentes mais ativos. O segredo foi a chave de seu tamanho.
O nome de seu estabelecimento – Casa do Mancha – deixava clara a dimensão de sua proposta. Era uma banda tocando em uma sala de estar de uma casa na Vila Madalena. A princípio, bandas do tamanho de uma sala de estar, tocando como se estivessem fazendo o primeiro show de suas vidas. Algumas estavam. Outras não. Mas se sentiam tão à vontade como se estivessem tocando para amigos em sua própria sala de estar. E a maioria estava.
A Casa do Mancha virou uma segunda casa para muitos fãs da música produzida às próprias custas na cidade. O caráter doméstico era fundamental para essa referência. Não havia distância entre banda e público – nem na altura do palco, que fica no chão, nem de áreas separadas. Os artistas sempre ficam no meio do público, conversando e bebendo antes e depois dos shows; e muitas vezes são o público – além daquele mesmo público, por inspiração ou osmose, acabar também virando artista. E por mais que o tempo amadurecesse a Casinha – como é conhecida por seus frequentadores – para que ela recebesse atrações de maior porte e até internacionais, elas não descaracterizaram a proposta original.
E além de casa de shows, a Casinha também funciona como incubadora musical, sala de ensaio e até estúdio. Bandas como Holger e Maglore trabalharam seus discos por lá, antes de ir para gravar em um estúdio bancado por uma gravadora. Outros artistas, como Juliana Perdigão e Gui Amabis, usaram o espaço para talhar melhor apresentações ao vivo, e outros ainda como Bárbara Eugênia, Rock Rocket e Stela Campos, gravaram seus discos ali mesmo.
A comunidade que continuava se formando ao redor da Casinha, no entanto, não parava de crescer e cada vez mais fi cou comum, não apenas lotações esgotadas de shows – com o público se aglomerando do lado de fora –, como shows duplos na mesma noite, alguns até improvisados. O caráter caseiro da noite facilita a retirada do público da primeira sessão para a entrada de um novo público, que chegava mais tarde.
Mas como crescer continuando do mesmo tamanho? Mancha até cogitou ir para um estabelecimento maior em outro momento, mas preferiu expandir suas fronteiras mantendo sua base intacta.
Primeiro, levou o nome da Casa para fora da casa em festas e depois em um festival. O Fora da Casinha foi materializado como uma edição comemorativa dos oito anos da Casinha longe do ponto original, como seu nome deixava claro. Realizado primeiro no Centro Cultural Rio Verde, em 2015, ele teve sua segunda edição realizada este ano na Unibes Cultural, indo de dois para três palcos simultâneos. Em duas edições, Mancha pode reunir artistas como Juliana Perdigão, Carne Doce, Dustan Gallas, Gui Amabis, Jaloo, Maglore, Maurício Pereira, Anelis Assumpção, Twinpine(s), Ventre, Stela Campos, Cidadão Instigado, Soundscapes, O Terno, Supercordas, Kiko Dinucci, Hurtmold, Luiza Lian, As Bahias e a Cozinha Mineira e Boogarins. Cobrando barato a entrada e sem contar com nenhum patrocínio.
O Fora da Casinha é o começo de uma expansão da Casa do Mancha para outras capitais. Depois de fazer o palco da Casa do Mancha no festival goiano Bananada, um dos principais do País, Mancha quer levar a curadoria de um palco para outros festivais indies pelo Brasil a partir do ano que vem, como o paraense Se Rasgum, o pernambucano Coquetel Molotov, o paulista Contato e o potiguar DoSol. “O Fora da Casinha é o irmão mais novo”, brinca Mancha, usando a idade do festival para justifi car sua modéstia. Não precisa. Sozinho, ele ajudou a cena paulistana – e, em seguida, a brasileira – a se erguer com uma autoestima intacta, mesmo quando quase não há rádios que toquem este tipo de música, os cadernos de cultura de jornais viraram agendas culturais comerciais, que as grandes gravadoras ignorem estes novos artistas ou que a mídia tradicional sequer perceba sua existência. Para o segundo semestre de 2017, ele planeja a terceira edição do Fora da Casinha e outra coisa para comemorar seus dez anos em atividade – mas ele nem tem ideia do que quer fazer ainda. Ou tem e prefere não falar… E sim fazer.
Nosso experimento mensal de purificação espiritual através de espectros sonoros manipulados pela mente conta com dois desfalques em sua edição de setembro, quando o cientista-fundador Alexandre Matias segue em simpósio metafísico na costa oeste norte-americana e o desbravador de sinapses Danilo Cabral continua sua longa peregrinação pelo reino do misticismo britânico. Cabe então ao metanavegador Luiz Pattoli, único representante presente do instituto de motivação psíquica Noites Trabalho Sujo, a função de capitão de mais um sábado inefável na antena de captação de boas vibrações localizada no centro da maior cidade da América do Sul. E para ajudá-lo em sua pregação carnal de timbres baixos, ele convocou dois ícones da preservação histórica sulista para motivar sua pregação êxtática: o célebre pesquisador Wilson Farina, já conhecido de outras edições deste nosso encontro, e o estudioso estreante no simpósio Tatu, ambos especializados nos efeitos das frequências elétricas sobre os batimentos cardíacos. Neste mesmo auditório surgem também as mestrandas Ana Prado e Nathalia Capistrano, reveladas ao público do colóquio neste 2016, que ministram mais uma apresentação já consagrada sob o codinome de Girls Bite Back. No outro auditório, quem recebe os convivas é a também consagrada dupla Gemini, formada pelos doutores do ritmo Karen Ercolin e Acácio Mendes, mais uma vez testando a fluência do corpo sob altas temperaturas. E nos honrando com uma presença tão intensa, vem a equipe de auditores independentes do centro de estudos Casa do Mancha, que aproveita o encontro para festejar nove anos de estudos ambiciosos e empíricos. O próprio fundador da seita musicologista Mancha Leonel recebe o professor pernambucano Bruno Nogueira e o pesquisador extrafísico Pedro Bonifrate para tensionar a psiquê coletiva levando bons fluidos e recuperando a autoestima dos que se dispuserem a se submeter aos seus caprichos. A presença no encontro só será possível sob a inscrição através do endereço de correio eletrônico noitestrabalhosujo@gmail.com até às 20h do dia de sua realização e o envio do nome à lista autoriza o uso morfológico do pequeno zeitgeist sob condições ideais de temperatura e pressão. Abaixo, uma amostra do que poderá acontecer neste encontro tão querido:
Noites Trabalho Sujo @ Trackers
Sábado, 10 de setembro de 2016
A partir das 23h45
No som: Luiz Pattoli (Noites Trabalho Sujo), Wilson Farina (Heatwave), Tatu, Mancha, Bruno Nogueira e Bonifrate (Casa do Mancha), Karen Ercolin e Acácio Mendes (Gemini) e Ana Prado e Nath Capistrano (Girls Bite Back)
Trackertower: R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
Entrada: R$ 30 só com nome na lista pelo email noitestrabalhosujo@gmail.com. O preço da entrada deve ser pago em dinheiro, toda a consumação na casa é feita com cartões. E chegue cedo – os 100 que chegarem primeiro na Trackers pagam R$ 20 pra entrar.
Neste domingo acontece a segunda edição do festival Fora da Casinha, que o compadre Mancha Leonel – o Mancha, da Casa do Mancha – levanta na raça e na unha, sem patrocínio e reunindo o filé da produção musical brasileira independente. Na edição do ano passado ele bateu na tecla do indie rock brasileiro, crucial em sua formação e na história da casinha. Na edição 2016, ele aponta para o perfil atual do estabelecimmento e seus passos futuros, incluindo ícones do rock independente nacional e novos sabores da atual cena pop brasileira, reunindo dez apresentações (Hurtmold, Jaloo, Mauricio Pereira, Cidadão Instigado, Anelis Assumpção & Dustan Gallas, Luiza Lian, Kiko Dinucci, Maglore, As Bahias e a Cozinha Mineira, Ventre e Juliana Perdigão) em três palcos a partir das quatro da tarde. Como no ano passado, eu, Luiz e Danilo representamos a SUSSA – Tardes Trabalho Sujo, tocando apenas música independente brasileira na área comum, que conta com área de alimentação, feirinha de publicações independentes, lançamento do livro Cena Musical Paulistana dos Anos 2010, do Thiago Galletta, e exibição do documentário Música ao Lado” sobre as pequenas casas de shows em São Paulo. O evento acontece na Unibes Cultural, do lado do metrô Sumaré (mais informações aqui), e eu pedi pro Mancha escolher as dez músicas do indie brasileiro que foram mais importante em sua formação. Sugiro dar play no vídeo e abaixar o volume para ouvir a música comentada ao fundo da explicação da escolha para cada faixa.
Bonifrate – “Cantiga da Fumaça”
Pullovers – “Tudo Que Eu Sempre Sonhei”
PELVs – “Even if the sun goes down”
Astromato – “No Macio, No Gostoso”
Bazar Pamplona- “Faixa Bônus”
Thee Butchers Orchestra – “Sugar”
Motormama – “Coração Hardcore”
Wado e o Realismo Fantastico – “Tormenta”
Apanhador Só – “Não Se Precipite”
Superguidis – “Malevolosidade”
Prontos para mais um Fora da Casinha? Meu amigo Mancha pegpu todo mundo de surpresa ao antecipar a segunda edição de seu festival e desvinculá-lo do aniversário da casa que leva seu nome. Desta vez o festival acontece na Unibes Cultural dia 7 de agosto e ele mais uma vez me deu a enorme satisfação de escolher o Trabalho Sujo para anunciar o festival, que inclui nomes como Kiko Dinucci, Anelis Assumpção, Luiza Lian, Jaloo, As Bahias e a Cozinha Mineira, Maglore, Juliana Perdigão, Ventre, Hurtmold e Cidadão Instigado, além do mestre Mauricio Pereira, único nome presente nas duas edições.
A mudança de lugar e a opção por três palcos (e mais artistas que na primeira edição) foi uma evolução natural do trabalho do primeiro ano. “Este ano o festival está maior, tanto em numero de bandas quanto na expectativa de público”, continua. “Isso é fruto do resultado super positivo que tivemos na edição passada. Nos sentimos melhor preparados para dar um passinho a mais num espaço maior. Também levaremos alguns drinks do cardápio da casa para o bar deste ano. Fora isso, estaremos com a mesma good vibe na edição deste ano.”
Mancha conceitua o novo Fora da Casinha. “Diferente do ano passado, a edição desse ano não tem a função de ser um resumo da história da casinha”, explica. “Desta vez a busca é muito mais de criar um recorte de diferentes caminhos que a música independente percorreu, mesclando estilos e referências que ilustram bem o cenário extremamente fértil que temos hoje. São três narrativas estéticas, uma pra cada palco: um intimista de cantores-compositores onde a história cantada é o foco; um teatro que preza pelas texturas e timbres de artistas refinados; e um palco externo onde a dança comanda a festa.”
Ele também explica porque desvinculou o festival do aniversário da casinha. “Lançar o festival no aniversário da casinha foi uma forma de apresentar essa nova empreitada ao público”, elel conta. “Foi um momento de juntar quem fez parte da história da nossa história e desaguar num evento maior, mais complexo, que mostrava bem a consequência do nosso trabalho ao longo de quase uma década. Feito isso, o festival não tem mais a obrigação de ser um reflexo da casa. Ele continua seguindo os mesmos princípios da casinha, não tem patrocínio público nem privado, é feito por quem ama música para quem ama música e sustentando pelo seu público. Mas sua função é muito mais de ser um recorte da música independente do que da Casa do Mancha. A casa já contou sua história, agora o festival terá a sua própria.”
Os ingressos custam entre 50 e 90 reais e já estão à venda online e em todas as festas na Casa do Mancha até o dia 17 de julho. Assista abaixo aos vídeos que eu fiz na primeira edição do festival.
Se você ainda tem fôlego pós-Virada Cultural ou se o frio te venceu e te deixou em casa nesse sábado, a boa é pegar as atrações do Dia da Música que acontecem pelo decorrer da Paulista. São seis palco espalhados pela avenida, dois a cada estação do metrô entre a Brigadeiro e a Consolação, cada um deles com curadoria de gente que entende mesmo de música nova. São artistas essencialmente novos, nomes que você até pode ter ouvido falar mas que ainda estão em fase de maturação – imagine que você possa assistir à programação de um ano de Prata da Casa, aquele projeto de novas bandas do Sesc Pompeia, em um único domingo. Por isso pode ser que algum deles faz um show histórico para sua carreira, que engatilhe uma série de desdobramentos futuros que os tornarão mais conhecidos.
A programação está toda no site do Dia da Música, mas faço aqui minhas indicações: no palco curado pelo Dago, do Neu, perto do Itaú Cultural, vale sacar o show instrumental dos Soundscapes e as batidas tortas do CESRV, da turma da Beatwise. No palco do Lariú, do Midsummer Madness, perto da Brigadeiro, vale dar uma sacada no Digital Ameríndio, broder dos Supercordas. O palco do Mancha, da boa e velha casinha, fica perto do prédio da Fiesp tem três boas pedidas: Camila Garófalo, o ótimo Quarto Negro e os cariocas Simplício Neto e os Nefelibatas. No palco da Pâmela, da produtora Alavanca, devem valer a pena os shows dos goianos do Carne Doce e o pós-rock do E a Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante. No palco perto do Belas Artes, tocado pela Ângela Novaes, vale dar uma sacada no show dos Vermes do Limbo. E no palco organizado pelo Kamau, perto da esquina com a Angélica, vale ver os shows do Mesclado e da dupla Drik Barbosa & Mike. Fora que tem gente que eu não conheço nem de nome e pode surpreender. Vale passear pela Paulista nesse domingo e torcer pra que um dia, a avenida cartão postal, possa ser fechada (ou aberta?) aos domingos.
Participo mais no final da tarde do primeiro Sacola Alternativa, evento sobre cultura independente organizado pelo Dotta e pelo Rafael da Balaclava Records, que reúne diferentes iniciativas de produção cultural feita na raça em uma feira, debates, filme, show e, claro, muita gente interessada na cena. O evento ocorre durante todo o sábado e a minha participação acontece na mesa “Indie Brasil: de onde viemos, para onde vamos” às 18h30, ao lado do Thiago Ney, do Dago Donato, do Mancha Leonel, do Diogo Valentino dos Supercordas e do Tim d’O Terno, com mediação do Mac do Scream & Yell. Tirando o show do Séculos Apaixonados, todo o evento é gratuito. Mais informações aqui.
Trabalho Sujo e Casa do Mancha, dois nomes importantes da cultura independente da cidade, unem-se formalmente para uma série de festas celebrando a melhor música pop de nossa época no novíssimo Anexo B, recém-inaugurado na Rua Augusta. E para inaugurar essa nova empreitada, neste sábado, chamamos o Garotas Suecas, que com o seu segundo disco Feras Míticas atingiu uma nova maturidade musical, e o DJ Gorky, que promete passear num set só com funk carioca das antigas. A noite ainda conta com discotecagens de Alexandre Matias, Babee, Danilo Cabral e Luiz Pattoli (da Noite Trabalho Sujo) além do Mancha e Tomaz Afs do lado da Casa do Mancha. O alto astral é a regra da noite, que começa 2014 do jeito certo.
TRABALHO SUJO + CASA DO MANCHA apresentam
GAROTAS SUECAS + DJ GORKY
Anexo B: Rua Augusta, 430. São Paulo.
Sábado, 11 de janeiro de 2014 – a partir das 23h – R$ 35 (ou R$ 25 com nome na lista através deste link).
Nosso experimento pop dá um passo além. Depois de anos de dedicação à música reproduzida, a versão Trackers das Noites Trabalho Sujo começa a apostar em apresentações ao vivo – e, para isso, chamamos um dos especialistas nestes eventos performáticos com música na cidade de São Paulo, o senhor Mancha, responsável pelo estabelecimento iniciático Casa do Mancha, que também é conhecida singelamente – e hermeticamente – como “A Casinha”. Nesta primeira experiência, o senhor Mancha conseguiu convocar dois grupos de pesquisas musicais sérios e reconhecidos por seus trabalhos sônicos. O primeiro deles, liderado pelo doutor Pedro, atende pelo sobrenome do líder, e chama-se apenas Bonifrate, dedicado à pesquisas psicodélicas em baixas vibrações e alto astral – sua apresentação será no início da madrugada. Horas adentro será a vez de chamarmos os Soundscapes, que exercitam freqüências elétricas a partir do dinamismo da troca de acordes. Além dos dois conjuntos, Mancha e seu time – composto por Tom e Lu – também tocarão músicas pré-gravadas para ajudar a festa a entrar em alfa. Do outro lado, os pesquisadores Danilo Cabral, Luiz Pattoli e Alexandre Matias (a doutora Bárbara Scarambone não pode comparecer a esta sessão) elevam consciências a partir de memórias e ritmo, sempre induzindo ao delírio a partir do bom gosto. Estas experimentações acontecerão a partir das 23h45 do próximo sábado, dia 14 de setembro, na sede da Associação Brasileira de Empresários de Diversões também conhecida como Trackers (R. Dom José de Barros, 337), no centro da cidade de São Paulo, maior cidade da América Latina. Os voluntários a participar deste experimento devem enviar seus nomes para o email noitestrabalhosujo@gmail.com até às 20h do dia do evento. Sem o anúncio via email anteriormente não é possível entrar no recinto.
Repetindo:
TRABALHO SUJO + CASA DO MANCHA
Shows: Bonifrate (1h) e Soundscapes (3h)
DJs: Alexandre Matias, Luiz Pattoli e Danilo Cabral (Trabalho Sujo); Mancha, Tom e Lu (Casa do Mancha)
Sábado, 14 de setembro de 2013
R. Dom José de Barros, 337, Centro, São Paulo
A partir das 23h45.
Entrada: R$ 25 (até a 1h) e R$ 35 (em diante) apenas com nome na lista através do email noitestrabalhosujo@gmail.com