Mais esperança em relação à volta dos Talking Heads

, por Alexandre Matias

“Acho que tem sido uma experiência de cura para todos. É como se ‘é, nós podemos trabalhar juntos e fazer isso’ e isso é algo que todos nós estamos orgulhosos”, explicou o guitarrista dos Talking Heads Jerry Harrison em entrevista ao programa que o jornalista norte-americano Kyle Meredith apresenta em seu canal no YouTube. E assim, em mais uma notícia sobre a volta do filme Stop Making Sense aos cinemas, aos poucos vamos assistindo à dissolução da treta master que tornava a volta dos Talking Heads aos palcos algo impensável e impossível. A segunda metade da carreira da banda tornou a convivência entre os integrantes cada vez mais tensa e quando o grupo oficializou que seu término era óbvio, no início dos anos 90, seus integrantes passaram a se falar cada vez menos, à medida em que o vocalista e principal compositor David Byrne se estabelecia como uma personalidade distante do grupo e tanto ele quanto o casal Tina Weymouth e Chris Franz trocaram farpas pesadas em declarações em público. Mas quando o estúdio A24 se dispôs a relançar o filme de Jonathan Demme no cinema, inevitavelmente fez com que os quatro voltassem a se conversar. “Nós somos donos do filme, por isso tínhamos que trabalhar juntos para tomar uma decisão”, continuou o guitarrista na mesma entrevista. “‘Será que a A24 é a melhor distribuidora, o melhor parceiro pra gente?’, tínhamos que ter esse tipo de conversa e tínhamos que tê-las juntos.” Harrison continua: “Podemos deixar de lado conflitos sobre os quais as pessoas passaram muito tempo falando. Não é como se os sentimentos que fizeram as pessoas dizerem várias coisas não existam mais ou algo do tipo, mas é que agora que eles foram ditos, precisamos repeti-los o tempo todo? Eu já dei minha opinião”. Na entrevista, além de falar sobre o processo de masterização do som, o guitarrista também deixa no ar que outros anúncios relacionados à banda podem vir em breve… Ainda coloco minhas fichas em “turnê de despedida”. Imagina isso!

Assista à íntegra da entrevista (em inglês) abaixo:

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