Mac DeMarco à moda parisiense

Que tal jantar num bistrô em Paris com a turma do Mac DeMarco e ouvi-los fazendo um som depois de uma refeição? Foi isso que a produtora de vídeos francesa La Blothèque fez ao inaugurar uma nova série, chamada Fin de Service. Depois de encarar um frango, Mac puxou cinco músicas, novas e velhas, ao lado de uma banda formada pelo tecladista Alec Meen, pelo brasileiro Pedro Martins no baixo e com Daryl Johns tocando chocalhos e bongôs. É a terceira vez que o compositor norte-americano aparece em vídeos da produtora: a primeira foi em 2018, quando saiu pelas ruas da capital francesa cantando e tocando enquanto fumava um cigarro, e depois em 2020, quando, devido à pandemia, fez uma live no canal do Blothèque. Assista abaixo:  

E esse disco novo do Mac DeMarco?

Lançado nesta sexta-feira sem nenhum alarde, o ótimo disco instrumental Five Easy Hot Dogs foi a forma como Mac DeMarco escolheu pra começar seu 2023: tecladinhos lo-fi, percussões discretas, violões dedilhados, um ar meio praiano, meio estrada, mas também meio frio, meio nublado. No sossego, mas sem esquecer as tensões dos últimos anos Uma deliciosa metáfora pra esse começo de ano.

Ouça abaixo:  

“Stranger Things” no palco

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Enquanto a segunda temporada da série nostálgica do Netflix Stranger Things não começa, seu protagonista Finn Wolfhard vive a vida de rockstar, tocando cover de New Order e tocando com Mac DeMarco – separei alguns destes momentos no meu blog no UOL.

O ator Finn Wolfhard, que faz o jovem Mike Wheeler na série de terror adolescente Stranger Things, sucesso no ano passado, está tendo um semestre agitado. Além de marcar presença no remake do filme It, inspirado no livro de Stephen King, e na adaptação para o cinema de Carmen Sandiego, o ator ainda consegue arrumar tempo para exercitar seus dotes de rockstar. Foi o que aconteceu no domingo passado, quando ele participou do show do herói indie da vez, o ótimo Mac DeMarco, na cidade de Atlanta, nos EUA, e mostrou que não é apenas um aluno da escola do rock, como dá pra ver nesses dois vídeos postados no Instagram da atriz Natalia Dyer, a Nancy de Stranger Things:

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and then this happened

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Isso sem contar a participação que a própria banda do ator fez no festival nostálgico Strange 80s, tocando uma versão para “Age of Consent”, do New Order, no início deste mês.

O garoto tem futuro.

Os 75 melhores discos de 2015: 61) Mac DeMarco – Another One

Se Kurt Cobain fosse da turma do fundão.

Vida Fodona #515: Mais em breve do que você possa imaginar

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A mundança nunca termina.

Buffalo Springfield – “For What’s Worth”
Boogarins – “Mário de Andrade / Selvagem”
Deerhunter – “Duplex Planet”
Wilco – “You Satellite”
Karina Buhr – “Rimã”
Broken Bells – “It’s That Talk Again”
Supercordas – “Espectralismo ou Barbárie”
Letuce – “Todos os Lugares do Mundo”
Tame Impala – “Reality In Motion”
Ogi – “7 Cordas”
Floating Points – “Elaenia”
Ava Rocha – “Mar ao Fundo”
Cidadão Instigado – “Dudu Vivi Dada”
Ryan Adams – “I Know Places”
Mariana Aydar – “Saiba Ficar Quieto”
Mac DeMarco – “Without Me”

Bora!

A ascensão da Balaclava

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É impressionante o ritmo de crescimento da Balaclava. A antiga “gravadora dos Single Parents” afirma-se cada vez mais como um dos principais agentes do novo cenário independente brasileiro, apostando num cânone alternativo que estava se tornando cada vez mais nichado: o indie. A produtora e gravadora aposta em shows internacionais e artistas brasileiros que fazem parte dessa formação que une tradições inglesas e norte-americanas de fugir do mainstream tanto em termos de sonoridade quanto de atitude e aos poucos reacende um interesse do público que já está formado há duas décadas quanto um de outro que está acabando de começar. Fernando Dotta e Rafael Farah coroam um ótimo 2015 trazendo dois artistas de peso internacional dentro da área de escopo do selo. Realizam o segundo Balaclava Fest no ano com a presença do mesmo Mac DeMarco que trouxeram minutos antes de ele explodir lá fora, no início do ano passado, e realizando a primeira vinda brasileira da banda Thee Oh Sees, uma das maiores bandas de rock desta década. Tudo sem abraçar a lógica do crescimento pelo crescimento puro e simples, apostando nessa referência estética da cultura indie como espinha dorsal. Conversei com o Dotta por email sobre a situação atual do selo/produtora.

Segundo Balaclava Fest em um ano? Vai ser assim, vão fazer o festival sempre que der vontade?
O conceito do Balaclava Fest surgiu por acaso, numa informalidade que gostamos e abraçamos de vez. Na primeira edição, em abril deste ano no CCSP, a ideia era simplesmente produzir um show do The Shivas – que trouxemos para turnê pelo país – com uma banda do nosso casting. Na mesma época, estávamos em conversa com Mac McCaughan e veio a possibilidade de lançar seu álbum Non-Believers no Brasil, então não queríamos perder esse timing ideal e decidimos trazê-lo também. Duas noites seguidas, mesmo formato e espaço… Nasceu então nosso minifestival. Chamarmos de Fest vem duma intenção de desmistificar essa ideia de que festival precisa ser longo, cansativo, muitas atrações, preço inacessível. Não depender de um formato único torna viável realizar quando é conveniente, num período e condições boas para todos.

MacDeMarco

Vocês trouxeram o Mac DeMarco algumas semanas antes do hype dele estourar la fora. Foi mais complicado trazer dessa vez? O fato de ele conhecer o trabalho de vcs ajudou na negociacao?
Trazer o Mac DeMarco ano passado foi uma aposta, nossa primeira experiência em produção internacional, junto com nosso parceiro Bruno Montalvão, da Brain Productions. Tínhamos uma noção de que um bom público acompanhava o trabalho dele por aqui, mas não tínhamos como prever shows esgotados, com o público cantando todas as músicas, inclusive as do até então não-lançado álbum “Salad Days”, que vazou dois meses antes.
A turnê toda ter corrido muito bem e termos criado uma ótima relação com a banda e empresária, com certeza foram pontos essenciais na negociação de uma nova vinda deles ao país. É mais complicado agora porque os valores são outros, dado a dimensão do sucesso dele, e a agenda de shows complicada, tendo que achar um período exato que funcionasse tanto para eles quanto para nós e todos produtores aqui.

Como eh trazer bandas gringas para o Brasil em tempos de dólar alto?
É muito complicado e o risco é grande. Por mais que a Balaclava mantenha um ritmo constante de shows internacionais, cada produção é estudada com muita atenção e alternamos entre bandas mais consolidadas e apostas menores. Uma produção tem muitos custos fixos e necessários, então é difícil quando o público não entende que não é mais possível cobrar ingresso barato sem grandes incentivos ou patrocínios, que sempre são muito disputados e difíceis de conseguir. Todo mundo acaba se prejudicando com esse dólar alto. Explicar a um agente gringo que o dólar está explodindo no Brasil e que os valores não podem ser os mesmos negociados há meses atrás pode arruinar uma longa relação. As bandas, empresários e agentes que entendem nosso mercado e essa situação atual são as bandas que escolhemos trabalhar, que apostam numa vinda para ampliar seu alcance, seu público, vender mais merchandising, estar presente na imprensa, que gera um efeito dominó de bons resultados.

TheeOhSees

E como foi negociacao com pra trazer os Thee Oh Sees?
Desde que começamos a produzir shows, trazer o Thee Oh Sees já era uma vontade, mas tínhamos outras prioridades e a agenda da banda sempre foi muito difícil. O grande estalo veio em maio deste ano, quando participamos do Primavera Sound em Barcelona e assistimos o show deles na Sala Apolo – talvez melhor casa de show do mundo? -, numa noite extra do festival um dia após o encerramento. Eu sempre falo que a sensação de estar ali é igual ver aqueles vídeos épicos de shows do Nirvana e Mudhoney em 91. Era um mar de crowdsurfing, mosh, todo mundo pulando ou mexendo a cabeça, som alto pra cacete com pressão, dois bateristas no palco em sincronia, John Dwyer incansável, uma música atrás da outra quase sem pausa. Cara, fiquei realmente impressionado. Eu e o Rafael, meu sócio, saímos dali querendo assinar contrato na mesma hora. Foi até que rápido o processo todo, porque uma agente no Chile já estava em conversa com a banda e nós estávamos 100% dispostos a fazer acontecer aqui.

O que mais voces vao fazer em 2015? Mais shows? Bandas novas? Discos novos?
Temos alguns lançamentos nacionais e gringos planejados para esse ano, alguns já anunciados como Homeshake, Yonatan Gat, Meneio e Supercordas, além de outras novidades. Nós além de lançarmos, nos envolvemos em produzir shows e turnês para a maioria das bandas que trabalhamos aqui no Brasil, então isso demanda um bom tempo também. Além do Thee Oh Sees em outubro e Mac DeMarco em novembro, pode surgir algum outro show internacional, estamos negociando.

Quais os planos de vcs para 2016? Alguma coisa que vocês ainda nao fizeram?
Nós nos esforçamos diariamente a produzir cada vez mais conteúdo e novidades, já estamos pensando no primeiro semestre de 2016. Uma nova edição da Sacola Alternativa, mais shows, novos projetos com música e produção, novas turnês e lançamentos. Há muita coisa encaminhada e outras possibilidades que vão surgindo no caminho. Não temos ainda um patrocinador para entregar um certo número de shows num período de tempo, o que nos dá uma insegurança financeira, mas também abre espaço para improvisar e trabalhar em oportunidades mais imediatas. Estamos nos estruturando mais internamente e fortalecendo boas parcerias, 2016 já vai começar no gás total pra nós.

Vida Fodona #507: 2015 tá sendo um ano excelente

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Sempre em frente!

Pharrell – “Freedom”
Emicida – “Madume”
Siba – “Marcha Macia”
Letuce – “Todos os Lugares do Mundo”
Lana Del Rey – “High by the Beach”
Cyril Hahn + Yumi Zouma – “Same”
Haim – “‘Cause I’m a Man”
Yo La Tengo – “The Ballad Of Red Buckets”
Wilco – “Where Do I Begin”
Mac DeMarco – “Just to Put Me Down”
Destroyer – “Dream Lover”
Foals – “What Went Down”
Cidadão Instigado – “Os Viajantes”
FFS – “The Power Couple”
Nação Zumbi – “Pegando Fogo”
Bixiga 70 – “Ocupai”

Aqui.

Vida Fodona #489: Finalente o Vida Fodona está de volta à Fubap

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E assim o Vida Fodona volta a ser um podcast 🙂 O RSS é este aqui: http://fubap.org/vidafodona/feed/

Skylar Spence – “Practice”
M.I.A. – “Can See Can Do”
Mark Ronson + Kevin Parker – “Leaving Los Feliz”
Dr. Dog – “Broken Heart”
Giancarlo Ruffato – “Estrada da Vida”
Courtney Barnett – “Elevator Operator”
Led Zeppelin – “Brandy & Coke”
Bob Dylan + The Band – “Odds & Ends”
Julio Reny e o Expresso Oriente – “Sandina”
Caxabaxa – “Vizualizada”
Felipe Cordeiro – “Legal e Ilegal”
Mombojó – “Me Encantei Por Rosário”
Sabotage – “Um Bom Lugar”
Single Parents – “Rapante”
Bonobo – “Kong”
Diogo Strausz + Leno – “Se Renda”
Mac DeMarco – “Go Easy”

Aqui, ó.

Vida Fodona #482: O apocalipse desaba no final de cada dia de verão

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Antes do calorão…

Trio Esperança – “Vamos Sacudir”
Curumin – “Doce”
Céu – “Mil e Uma Noites de Amor”
Ty Segall – “The Clock”
Erlend Øye – “Peng Pong”
Tim Maia – “The Dance is Over”
Metronomy – “The Most Immaculate Haircut”
Mac DeMarco – “Brother”
Sinkane – “Yacha”
Goat – “The Light Within”
Damon Albarn – “Hostiles”
Bárbara Eugênia – “Coração”
Angel Olsen – “Lights Out”
Nina Becker – “Coisa de Mulher”
The Band – “When I Paint My Masterpiece”
Stephen Malkmus + the Jicks – “Houston Hades”
Taylor Swift – “I Know Places”
National – “Sea of Love”

Vem cá.

Os 75 Melhores Discos de 2014 39) Mac de Marco – Salad Days

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