Eu tinha comentado com a Fab dia desses que demorou pra aparecer o vídeo em que o Jarvis Cocker aparece aloprando a apresentação do Michael Jackson no Brit Awards de 96, coisa que a gente só conhecia dos NME da vida. Eis que ela me manda o link hoje.
A ironia aos poucos vai matar a publicidade. Enquanto isso…
Antes de abandonar os palcos, os Beatles começaram a experimentar em estúdio, guiados por música erudita, pop norte-americano, aventuras técnicas e drogas psicodélicas, continuando à frente de seu tempo com o fundamental Revolver
Paul McCartney incentivando os Beatles a fazerem pequenos trechos de sons superpostos, inspirados em John Cage e Karlheinz Stockhausen. John Lennon querendo soar como o Dalai Lama no alto do Himalaia ao cantar letras inspiradas na versão do Dr. Timothy Leary para O Livro Tibetano dos Mortos. O dedo oriental de George Harrison em uma canção sem mudanças de acordes. A bateria frouxa e hipnótica de Ringo Starr, mais tarde ressuscitada por moderninhos como Beck (“New Pollution”) e Chemical Brothers (“Setting Sun”). O produtor George Martin obrigando funcionários dos estúdios Abbey Road a sincronizarem gravadores em colagens aleatórias de som. O técnico Ken Townshend inventando os vocais ADT (Artificial Double Tracking) e o engenheiro de som Geoff Emerick metendo a voz de Lennon numa caixa Leslie dentro de um órgão Hammond. E isso tudo no primeiro dia de gravação do sétimo disco dos Beatles, a quarta-feira dia 6 de abril de 1966, para uma única canção. A música se tornaria “Tomorrow Never Knows”, mas ali, no início do álbum, o grupo assinalava a faixa como o começo de uma nova fase, batizando-a sem modéstia de “Mark I”.
Fato – afinal, um ano antes estavam gravando a popzinha “You’re Going to Lose that Girl” e dois anos antes era a vez do rock “A Hard Day’s Night”. A distância era muito grande. “Tomorrow Never Knows” era o início de uma era de experimentação na música popular que iria explodir na renascença psicodélica do ano seguinte, transformando o horizontes da cultura pop no caleidoscópio de referência que conhecemos hoje. Com Revolver, os Beatles entravam numa escalada artística que iria dar em obras-primas como Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, o Álbum Branco e Abbey Road, finalmente atingindo o topo do mundo pop. Até então, com o jovem e moderno Rubber Soul, eram uma banda pop exercitando todo seu potencial. De 1966 em diante, passariam a explorar as novas fronteiras da arte contemporânea, mas sem perder o senso de perfeição que haviam mirado no álbum anterior.
De repente, descobriam as vantagens da manipulação sonora depois de gravada. “Revolver estava sendo conhecido como o disco em que os Beatles diziam: ‘OK, está ótimo, agora vamos inverter isto ou acelerar ou arrastar”, lembra Emerick no livro The Complete Beatles Recording Sessions, “eles tentaram tudo de trás pra frente, só pra ver como soava”. “Quando experimentamos o som de trás pra frente, eles passaram a inverter tudo”, concorda George Martin em seu Summer of Love – The Making of Sgt. Pepper. As inovações técnicas iam além da distorção, aproximando a microfonação o máximo possível: microfones dentro de instrumentos de sopro, grudados em violoncelos, colados na bateria. “Eles ouviam um monte de discos americanos e ficavam perguntando: ‘Como podemos ter este som?’”, recorda o produtor.
Mas enquanto a técnica entusiasmava o lado juvenil de George, Geoff e Ken, o grupo estava sendo ousado mesmo nas novas composições. As drogas exerciam um papel fundamental na nova fase do grupo. “Dr. Robert” cantava sobre um médico pronto para levantar o astral de quem quisesse, uma versão musical para Max Jacobson, o farmacêutico-mor da marginália nova-iorquina; “Got to Get You Into My Life” é sobre o entusiasmo de Paul McCartney com fumo (“é o meu primeiro arroubo sobre maconha”, confessa Paul na autobiografia Many Years from Now); assim como a preguiçosa “I’m Only Sleeping”, de Lennon; e as duas faixas que fechavam cada um dos lados do vinil – “She Said She Said” e “Tomorrow Never Knows” – são sobre viagens de ácido: a primeira disfarça um tour lisérgico que Lennon teve com o ator Peter Fonda (vertido em “she” na faixa, para não dar na cara) e a segunda escancara a exploração de realidades induzidas em versos nada discretos (“Desligue sua mente”, “ouça as cores do seu sonho”).
Por outro lado, abriam continuavam entrando em portas musicais abertas nos discos anteriores. “Eleanor Rigby” é a evolução natural de “Yesterday”, com “cordas à Bernard Herrman”, como pediu Paul ao produtor Martin. “Taxman”, “Yellow Submarine” e “I’m Only Sleeping” brincavam com efeitos sonoros e arranjos superpostos. “Love You To” é George Harrison em sua primeira incursão de cabeça à cultura hindu que havia flertado em “Norwegian Wood”. “Here, There and Everywhere” e “For No One” – esta com solo barroco de trompa – transformavam Paul McCartney num jovem Schubert, compondo pequenas sinfonias em vez de baladas de amor. “Good Day Sunshine”, “Got to Get You Into My Life” e “I Want to Tell You” fazem a ponte com o pop norte-americano, enquanto “Dr. Robert” e “And Your Bird Can Sing” ajudavam a country music em sua própria evolução. Os assuntos abordados pelo disco iam da cobrança de impostos a contos infantis, passando por existencialismo, psicodelia, fossa amorosa, amor à vida, paixão latente, crítica social e metáforas diversas.
Poucos meses depois do lançamento do disco (no dia 5 de agosto de 1966), o grupo encerrou definitivamente a primeira fase de sua carreira, ao anunciar que não iria mais tocar ao vivo. A partir daí, o desafio do grupo seria sintetizar os anseios e dúvidas de uma geração – e assim fizeram ao serem os primeiros a darem o primeiro passo adiante, até seu fim, em 1970. Revolver encontra o grupo no exato momento da mudança, um sofisticado registro da melhor música pop de 1966 que flagra a mudança de parâmetros de toda uma era. “A mudança toda foi gradual”, conta John Lennon no livrão Anthology, “mas estávamos conscientes que, se havia uma fórmula ou algo do tipo, esta era mover-se para a frente”.
Revolver
1966
Produção: George Martin
A capa do disco já havia sido criada por Robert Freeman (uma colagem em espiral das metades de cima dos rostos dos quatro Beatles repetidas vezes) quando o grupo pediu ao velho amigo Klaus Voorman para recriá-la. Voorman, um dos ‘exis’ (grupo de jovens artistas existencialistas alemães no começo dos anos 60), conheceu o conjunto na época em que eles tocavam em Hamburgo, antes de gravarem o primeiro disco. A capa proposta por Klaus agradou em cheio: “Gostamos da forma que ele nos colocava como pequenas coisas saindo do ouvido das pessoas. E ele nos conhecia o suficiente para nos capturar de uma forma bonita em seus desenhos”, lembra Paul, “nos sentimos elogiados”. Na colagem da capa, Voorman usou duas fotos (uma de John e outra de George) que já haviam saído na contracapa do disco anterior, Rubber Soul. – As faixas “Paperback Writer” e “Rain” foram gravadas nas mesmas sessões de Revolver, mas serviram de aperitivo ao público para o novo álbum, sendo lançadas como um compacto no primeiro semestre de 1966 (em maio nos EUA e em junho na Inglaterra). “Rain” trazia a primeira gravação invertida da história da música gravada à luz do dia. “Fomos nós os primeiros”, resmungava John Lennon, “não foi nenhum Jimi Hendrix ou o fuckin’ The Who”.
G
It’s no good trying to place your hand
D
where I can’t see because I understand
A
that you’re different from me
yes I can tell
D
that you can’t be what you pretend
G
and you’re rocking me backwards
A#
and you’re rocking towards the
C D
red and yellow mane of a stallion horse.
E
G
It’s no good trying to hold your love
D
where I can’t see because I understand
A
that you’re different from me
yes I can tell
D
that you can’t be what you pretend
G A#
the caterpillar hood won’t cover the head of
C D
you know you should be home in bed.
E
G
It’s no good holding your sequin fan
D
where I can’t see because I understand
A
that you’re different from me
yes I can tell
D
that you can’t be what you pretend
G A#
yes you’re spinning around and around in a car
C D
with electric lights flashing very fast…
E
Gary Lachman era integrante do Blondie no final dos anos 70 (até escreveu um livro sobre a época, New York Rocker: My Life in the Blank Generation with Blondie, Iggy Pop and Others, 1974-1981, assinando com seu pseudônimo, Gary Valentine), mas sua carreira como escritor voltou-se para um lado pouco ortodoxo entre escritores pop, falando sobre a natureza da consciência (A Secret History of Consciousness), uma biografia sobre o mago Gurdjieff (In Search of P.D. Ouspensky: The Genius in the Shadow of Gurdjieff) e um compêndio sobre a história do ocultismo (The Dedalus Book of the Occult: A Dark Muse). Traçando uma conexão entre estes dois universos – o pop e o oculto -, Lachman escreveu Turn Off Your Mind: The Mystic Sixties and the Dark Side of the Age of Aquarius, em que ele diz que a psicodelia dos anos 60 era uma espécie de continuação do revival do desconhecido que rolou no mundo no final do século 19. Publiquei essa entrevista e essa resenha sobre o assunto, mas a íntegra do papo segue abaixo.
Ex-baixista do Blondie revê anos de paz e amor
Os Beatles na Índia, Mick Jagger com o peito tatuado no programa “Rock’n’Roll Circus”, Timothy Leary usando o “Livro Tibetano dos Mortos” como base de seu “A Experiência Psicodélica”, Jim Morrison escolhendo o nome de seu grupo a partir do livro “As Portas da Percepção” de Aldous Huxley, hippies celebrando a natureza coletivamente. Meros flashbacks dos anos 60? Não é isso que vê Gary Lachman.
Ex-baixista do grupo Blondie (quando era conhecido como Gary Valentine), Lachman revê os anos de paz e amor com olhos pouco deslumbrados no livro “Turn Off Your Mind – The Mystic Sixties and the Dark Side of the Age of Aquarius” (Desligue Sua Mente – Os Místicos Anos 60 e o Lado Obscuro da Era de Aquário). E remonta a psicodelia dos anos 60 não como o caleidoscópio tecnicolor que entrou para a história do pop, mas como um lento e avassalador resgate do ocultismo, relacionando os hippies com a nova geração vislumbrada por Madame Blavatsky no fim do século 19, os Merry Pranksters de Ken Kesey com a “Viagem ao Oriente” de Herman Hesse e o ácido lisérgico com o cogumelo Amanita muscaria, que seria a religião mais antiga do planeta. Em entrevista por e-mail, Lachman falou sobre o assunto de seu livro.
Como você percebeu esta conexão entre a psicodelia e este resgate do ocultismo nos anos 60?
Se você observar a cultura pop dos anos 60, verá que, claramente, por volta de 1966 e 1967 que alguns elementos daquilo que chamamos de “ocultismo” estavam renascendo. Como eu digo no livro, esta tendência começou em Paris, em 1960, com a publicação do livro “Le Matin des Magiciens” (“A Manhã dos Mágicos”, de Louis Pauwels e Jacques Bergier). Mas logo ela passou a se espalhar pela Inglaterra e pelos EUA. Como uma criança nos anos 60, podia perceber isto em coisas como nos quadrinhos da Marvel, graças a personagens como o Doutor Estranho. Os próprios X-Men, que não eram “ocultistas”, funcionavam como precursores dos hippies, no sentido em que eles eram adolescentes mutantes.
Como você entrou em contato, ainda nos anos 60, com o ocultismo da época e como este contato influenciou a pesquisa para seu livro?
Eu nasci em 55, por isso tinha 9 ou 10 anos quando essas coisas estavam começando. Eu comecei a ver isto em filmes, programas de TV, quadrinhos e em livros de literatura fantástica da época. Os livros do Conan começaram a ser republicados em 1966; alguns anos depois houve a redescoberta de H.P. Lovecraft. Entre 1967 e 68, as pessoas estavam falando em Tarô, terceiro olho, viagens astrais e coisas do tipo. Comecei a me interessar mais seriamente em 1972, quando um amigo meu me deu uma cópia do “Sidarta”, do Herman Hesse.
De todos as principais redescobertas mágicas dos anos 60 – como Crowley, Hesse e Tolkien -, quem você considera a mais bem-sucedida de todas?
Hesse e Tolkien eram os mais populares na época, pelo menos em termos de escritores. Os livros de Tolkien começaram a ser republicados nos anos 50, mas não tiveram um grande impacto até que uma edição pirata do “Senhor dos Anéis” saiu nos EUA. Hesse foi imensamente popular – na época em que comecei a lê-lo, praticamente todo mundo que eu conhecia tinha pelo menos um de seus livros. Crowley era conhecido nos anos 60, mas ele não teve um grande impacto até a década seguinte, e hoje é muito mais conhecido do que era quando estava vivo. Mas o trabalho de Tolkien é claramente o mais popular de todos, ainda mais com os filmes e afins.
Falando em nomes, qual popstar dos anos 60 esteve mais envolvido com o Desconhecido? Será que até aí os Beatles são o nome mais influente?
Bem, os Beatles eram as pessoas mais famosas do mundo na época, mas eles não estavam tão interessados em ocultismo como estavam em misticismo oriental. Os Rolling Stones estavam muito mais envolvidos com o lado escuro. Como outras bandas, como o Doors. Os Beach Boys se envolveram com o Charles Manson. Mais tarde, o Led Zeppelin se associou a Crowley e Tolkien.
Você descreve o movimento New Age como sendo uma evolução natural do interesse dos anos 60 com o Oculto. Como você relaciona isto com o atual interesse no assunto – que envolve desde franquias bem-sucedidas como “Senhor dos Anéis” e “Harry Potter”, quadrinhos de Alan Moore e Neil Gaiman e seriados como “Buffy – A Caça-Vampiros” e “Charmed”?
As pessoas sempre se interessaram em “magia” e é muito provável que continue a se interessar nisto. A diferença é que hoje o ocultismo é apenas um dos muitos estilos de vida alternativos, enquanto nos anos 60 era um dos poucos que haviam. Acho que há uma parte da psicologia humana que sempre será atraída pelo misterioso. Eu nunca assisti “Buffy”, por isso não posso falar nada, mas acho que o interesse nos livros de Harry Potter, por mais comercial que seja, é geralmente um bom sinal.
Como o espaço sideral, robótica e engenharia genética se tornaram uma espécie de ocultismo científico? No livro, você relaciona ufologia e extraterrestres ao ocultismo e há uma enorme lista de escritores de ficção científica (L. Ron Hubbard e Philip K. Dick sendo os mais óbvios) que de alguma forma lidam com o tema do seu livro.
Historicamente, em tempos de transição ou crise, a cultura responde de duas formas: revertendo-se a um estágio passado ou olhando em direção ao “futuro”. O que era fascinante nos anos 60 era como isso era evidente. Os hippies estavam advogando uma filosofia de “volta à natureza”, ainda que estivessem relacionados a substâncias químicas modernas, como o LSD. Viagens espaciais eram associadas à sabedoria ancestral, na época: deuses do espaço retornariam e dariam início a uma nova era de ouro. A idéia geral é que se algo está “errado” com o presente, é necessário procurar soluções em outras “épocas”.
Você termina o livro mostrando que filmes como “Matrix” são apenas novos disfarces para o ocultismo voltar ao imaginário comum. Gostaria que você falasse um pouco sobre as formas que o Oculto é vendido atualmente, usando disfarces que à primeira vista não parecem dizer o que eles são na verdade – sendo mídia tecnocêntrica sendo a máscara mais evidente…
“Matrix” lida com idéias gnósticas padrão sobre a natureza da realidade. Os antigos gnósticos acreditavam que vivemos em um mundo “falso” e o objetivo de práticas ocultistas e espirituais é escapar deste para um mundo “real”. Este é o tema central não apenas de “Matrix”, mas de filmes sci-fi dos anos 90 menos conhecidos, como “Cidade das Trevas” e “O Cubo”. Todo o jargão cyber de computador é basicamente uma fantasia de vitrine, para tornar a história contemporânea. Mas o roteiro básico é eterno. O objetivo da magia é escapar da grande ilusão.
Ao final do livro, você acena que a Era de Aquário não lida apenas com a luz do sol e euforia tecnicolor e que também pode ser sombria e doentia.
Os elementos sombrios dos anos 60 estão presentes na filosofia “faça o que quiseres” retirada de Crowley e na cessão àquilo que me refiro como “forças estranhas”, que foi alertado por pessoas como Hesse. Isso não quer dizer que o Oculto é sombrio e deve ser evitado, mas que a ética liberalista pode facilmente se tornar em uma espécie de agressividade fascista. Isto pode ser encontrado, acredito, em boa parte das políticas radicais da época. “Faça o que quiseres” pode se tornar facilmente “faço o que eu gosto” e dar origem à falta de consideração com as outras pessoas. Não é que algum tipo de conservadorismo seja preferível, mas que muitas pessoas que se envolveram com isso tinha um entendimento superficial das idéias com que estavam se envolvendo.
Fora alguns dos nomes que foram resgatados nos anos 60, seu livro é focado entre a Inglaterra e os EUA, os principais centros de produção psicodélica da época. Mas à medida que a psicodelia tornou-se uma tendência mundial, gostaria de saber se você teve contato com artistas ou resgates psicodélicos em outros países estrangeiros e se este interesse no ocultismo ocorreu em um âmbito mundial.
Centrei-me nos EUA e na Grã-Bretanha porque era a cultura pop que eu mais conhecia. Hoje, claro que o ocultismo é uma subcultura mundial. Mas fazia mais sentido centrar o foco naquilo que eu conhecia melhor. O livro poderia ter se tornado uma espécie de enciclopédia, em vez de uma narrativa histórica, mas acho que isso o tornaria menos interessante.
Livro de Lachman destaca fascínio pelo desconhecido
Apesar de repassar a história dos anos 60 com minúcia e abrangência, “Turn Off Your Mind” não é um livro sobre a psicodelia daquela década. Numa prosa deliciosa e enciclopédica, Lachman pega o gancho dos sixties para escrever um pequeno tratado da história da magia.
Por isso, Timothy Leary, Allen Ginsberg e Pink Floyd são motivos para descobrir nomes da pesada (Gurdjieff, Eliphas Levi, Dr. Dee), picaretas (L. Ron Hubbard, Charles Manson, Anton LaVey) e ocultistas do primeiro escalão (Aleister Crowley, Kenneth Anger).
Os popstars dos anos 60 acabam vindo à tona como pontas de um iceberg que se esconde por toda a década –e além. No fim, esse é o grande mérito do livro de Lachman: mostrar que, por mais tecnófilos, científicos ou céticos que possamos fingir ser, o fascínio pelo desconhecido é característica humana. E não há razão que consiga contê-lo –daí ele voltar através do rock’n’roll.
Que cêis vão fazer nessa quarta, dia 14?
Boa coisa daí não pode sair…